domingo, 31 de março de 2013

Gente Ruím ...




Certamente já toda a gente ouviu falar de Wolgang Schauble.
Trata-se do Ministro das Finanças da República da Alemanha, Doutorado em Direito, famoso principalmente pelas regras financeiras que, de forma quase ditatorial, impõe aos países da Zona Euro que se encontram em crise, e que se desloca em cadeira de rodas.
Ficou também famoso por ser aquele junto de qual o Ministro Gaspar inclinou a espinha numa célebre cimeira europeia.
Mas há mais alguns pormenores curiosos acerca do personagem.
Foi ministro de Helmut Kholl, designadamente seu Ministro do Interior, ou seja, o chefe das polícias.
Em 1990, quando no desempenho deste cargo, sofreu um atentado, a tiro, tendo ficado com uma bala alojada na coluna, de que resulta a sua paraplegia.
Posteriormente foi eleito Presidente Federal da CDU alemã.
Em 2000, sendo Angela Merckel sua Secretária-geral (do partido CDU), Schauble teve que abandonar a presidência do partido na sequência de um escândalo relacionado com o financiamento ilegal daquela força política.
Tal escândalo deveu-se ao facto de se terem descoberto a realização de umas reuniões com um senhor chamado Karleinz Scheiber, e uma entrada de 100.000,00€ nos cofres do partido.
Parece que na Alemanha o financiamento partidário obedece a regras muitos apertadas, e acontece que o dito Karleinz Schreiber era tão somente alguém com ligações muitos estreitas ao tráfico de armas.
São dois aspectos que não abonam a seu favor.
Para mim, no entanto, o mais grave é que o nosso "amigo" Wolgang Schauble, paladino das lições de moral, ficou também famoso pela defesa utilização de medidas pouco ortodoxas no combate à criminalidade, designadamente a utilização das Forças Armadas em acções no interior na Alemanha, no combate ao crime, o que é inconstitucional por aquelas bandas, bem como da utilização de informações "sacadas" com recurso a tortura pelos serviços secretos de outros países e o rastreio dos computadores pessoais de qualquer um que pudesse ser apelidado de suspeito.
Portanto, nada de grave.
Grave é, no entanto, ser esta uma pequena parte da história do Sr. Schauble, o mesmo Schauble que se permite dar lições de moral aos países da Europa, e emitir pareceres acerca de qual deve ser a conduta de todo e qualquer Europeu.
Cá, pelas nossas bandas, costuma dizer-se que vaso ruim não quebra. Também de costuma dizer que, para bom entendedor, meia palavra basta.
E eu não digo mais.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Importa-se de repetir, s.f.f?!



PSD diz que Constitucional também está vinculado ao memorando da "troika"

"Não consideramos uma forma de pressão dizer que o Tribunal Constitucional deve, no exercício das suas funções, assumir a sua quota parte de responsabilidade", afirma deputada Teresa Leal Coelho.

O PSD considera que todos os órgãos de soberania, incluído o Tribunal Constitucional que está a analisar dúvidas sobre o Orçamento do Estado, estão vinculados ao memorando celebrado com a “troika”. A ideia foi defendida esta quinta-feira, na Assembleia da República, pela social-democrata Teresa Leal Coelho.
“O memorando vincula todos, constitui uma responsabilidade partilhada, vincula este Parlamento, vincula o Governo, vincula todos os órgãos de soberania. Vincula as regiões autónomas e as autarquias, vincula cada português. Repito: vincula todos. O imperativo de mudança estrutural de que depende o futuro de Portugal impõe-se a todos, sem excepção”, afirmou a deputado do PSD.
O comunista João Oliveira considera que esta intervenção da social-democrata Teresa Leal Coelho configura uma forma de pressão inaceitável sobre o Tribunal Constitucional.
“Nem os primeiros-ministros mais atrevidos se atreveram a chantagear o Tribunal Constitucional como fez ontem o primeiro-ministro Passos Coelho. Senhora deputada Teresa Leal Coelho, se o Tribunal Constitucional reconhecer inconstitucionalidades no Orçamento do Estado a responsabilidade é do Governo que propôs o Orçamento e é vossa, do PSD e do CDS, que o aprovaram”, afirmou João Oliveira.
A deputada social-democrata Teresa Leal Coelho insistiu que responsabilidades são responsabilidades.
“Não consideramos uma forma de pressão dizer que o Tribunal Constitucional deve, no exercício das suas funções, assumir a sua quota parte de responsabilidade. O senhor deputado entende que não, mas nós entendemos que o Tribunal Constitucional deve avaliar este Orçamento tal como nós o elaborámos e aprovámos nesta câmara, tendo em consideração o contexto económico, o contexto financeiro, o memorando de entendimento, o Direito europeu, o Direito nacional”, frisou.

Comentário: Será que a insanidade é o mal dos Coelhos do PSD? Esta tipa está doida!

O Governo não tem culpa!!!

Segundo o INE

Dívida pública engorda mil milhões de euros em 13 dias

por Luís Reis Ribeiro


A "insustentável" dívida pública engordou mais 1000 milhões de euros em apenas 13 dias, o que dá um acréscimo anual de 99 euros na fatura
Os números preliminares do fecho oficial de 2012, ontem publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram uma situação orçamental de crescente debilidade.
No que respeita à dívida, o Governo tem conseguido fazer engordar o respetivo rácio, agravando assim a responsabilidade que terá de ser assumida pelos contribuintes atuais e pelas "gerações futuras".


Comentário: numa altura em que se fala tanto em responsabilização pelos actos, certamente o nosso Governo não tem culpa nenhuma no assunto!

Carta aberta ao Ministro das Finanças alemão


O Senhor Ministro afirmou que há países da União Europeia que têm inveja da Alemanha. A primeira observação que quero fazer, Senhor Ministro, é que as relações entre Estados não se regem por sentimentos da natureza que referiu. As relações entre Estados pautam-se por interesses.
Queria dizer-lhe também, Senhor Ministro, que comparar a atitude de alguns Estados a miúdos que na escola têm inveja dos melhores alunos é, no mínimo, ofensivo para milhões de europeus que têm feito sacrifícios brutais nos últimos anos, com redução muito significativa do seu poder de compra, que sofrem com uma recessão económica que já conduziu ao encerramento de muitas empresas, a volumes de desemprego inaceitáveis e a uma perda de esperança no futuro.
E acrescentou o Senhor Ministro: “Os outros países sabem muito bem que assumimos as nossas responsabilidades…”. Fiquei a saber que a nova forma de qualificar o conceito de poder é chamar-lhe responsabilidade!
E disse mais o Senhor Ministro: “Cada um tem de pôr o seu orçamento em ordem, cada um tem de ser economicamente competitivo”. A este respeito gostaria de o informar que já tínhamos percebido, estamos a fazê-lo com muito sacrifício, sem tergiversar e segundo as regras que foram impostas.
Quando o ministro das Finanças do mais poderoso Estado da União Europeia faz afirmações deste jaez, passa a ser um dos responsáveis para que o projeto europeu esteja cada vez mais perto do fim.
Passo a explicar. O grande objetivo do projeto europeu foi garantir a paz na Europa e como escreveu um antigo e muito prestigiado deputado europeu, Francisco Lucas Pires, “… essa paz não foi conquistada pelas armas mas sim através de uma atitude de vontade e inteligência e não como um produto de uma simples necessidade ou automatismo…”. A paz e a prosperidade na Europa só foram possíveis porque no desenvolvimento do projeto político de integração europeia teve-se em conta a grande diversidade de interesses, as diferentes culturas e tradições e os diferentes olhares sobre o mundo. Procurou-se sempre conjugar todas essas variedades, tons e diferenças dos Estados-membros numa matriz de valores comuns.
Esta declaração de Vossa Excelência põe tudo isto em causa, ao apontar o sentimento da inveja como o determinante nas relações entre Estados-membros da União Europeia. Quero dizer-lhe, Senhor Ministro, que o sentimento da inveja anda normalmente associado a uma cultura de confrontação e não tem nada a ver com uma outra cultura, a de cooperação.
Com esta declaração, Vossa Excelência quer de forma subtil remeter para outros Estados a responsabilidade pela confrontação que se anuncia. Essa atitude é revoltante, inaceitável e deve ser denunciada.
A declaração de Vossa Excelência, para além de revelar uma grande ironia, própria dos que se sentem superiores aos outros, não é de todo compatível com a cultura de compromisso que tem sido a matriz essencial da construção do sonho europeu dos últimos 60 anos.
Vossa Excelência, ao expressar-se da forma como o fez, identificando a inveja de outros Estados-membros perante o “sucesso” da Alemanha, está de forma objetiva a contribuir para desvalorizar e até aniquilar todos os progressos feitos na Europa com vista à consolidação da paz e da prosperidade, em liberdade e em solidariedade. Com esta declaração, Vossa Excelência mostra que o espírito europeu para si já não existe.
Eu sei que a unificação alemã veio alterar de forma muito profunda as relações de poder na União Europeia. Mas o que não deveria acontecer é que esse poder acrescido viesse pôr em causa o método comunitário assente na permanente busca de compromissos entre variados e diferentes interesses e que foi adotado com sucesso durante décadas. O caminho que ultimamente vem sendo seguido é o oposto, é errado e terá consequências dramáticas para toda a Europa. Basta ler a história não muito longínqua para o perceber.
Não será boa ideia que as alterações políticas e institucionais necessárias à Europa venham a ser feitas baseadas, quase exclusivamente, nos interesses da Alemanha. Isso seria a negação do espírito europeu. Da mesma forma, também não será do interesse europeu o desenvolvimento de sentimentos anti-Alemanha.
Tenho a perceção de que a distância entre estas duas visões está a aumentar de forma que parece ser cada vez mais rápida e, por isso, são necessários urgentes esforços, visíveis aos olhos da opinião pública, de que a União Europeia só poderá sobreviver se as modificações inadiáveis, especialmente na zona euro, possam garantir que nos próximos anos haverá convergência entre as economias dos diferentes Estados-membros.
As declarações de Vossa Excelência vão no sentido de cavar ainda mais aquele fosso e, por isso, como referiu recentemente Jean-Claude Juncker a uma revista do seu país, os fantasmas da guerra que pensávamos estar definitivamente enterrados, pelos vistos só estão adormecidos. Com esta declaração, Vossa Excelência parece querer despertá-los.
José da Silva Peneda
Presidente do Conselho Económico e Social


Comentário: Não me revejo politicamente em Silva Peneda. Mas a esta atitude que tomou, tiro-lhe repeitosamente o chapéu. Mais a mais, vindo de um notável do PSD e antigo ministro da múmia de Belém.

A Vingança Alemã






Desde o século XIX, após a unificação dos principados germânicos, a Alemanha tomou consciência do seu poder enquanto país, devido à sua localização geográfica e ao seu potencial económico.
E ainda nesse século conseguiu apanhar algumas colónias em África, continente onde nunca tinha tido qualquer influência ou presença.
Exigiram, e logo a prima Vitória lhes satisfez o pedido.
No século XX, por duas vezes, duas, a Alemanha tentou subjugar a Europa, pela via militar, com a complacência dos grandes potentados económicos europeus de sempre, a Inglaterra e a França, não o tendo conseguido alcançar.
Das duas guerras que provocou, resultaram para Alemanha pesadas multas que nunca pagou, designadamente a alguns países que agora estão em dificuldades económicas.
Por outro lado, a união de países europeus numa organização comum, parece ter acalmado a vontade hegemónica da Alemanha durante algumas décadas.
Actualmente a Europa está, e novo, sob assalto germânico, que através do estrangulamento e condenação económica dos países do Sul, tenta a todos o esforço, por um lado, reduzir o peso dos possíveis aliados que a França e a Inglaterra possam agregar num eventual esforço de oposição ao assalto ao poder que o Governo alemão está a levar a efeito, e por outro, a criar as condições necessárias para captar os depósitos bancários fugidos dos países em crise pré-bancarrota.
Claro que, acima de qualquer interesse meramente nacionalista, estará sempre o interesse da banca e do capitalismo.
Pena é que aqueles países que ainda poderiam oferecer alguma oposição à Alemanha estejam cada vez mais submissos, e deixando que a Europa caminhe para uma situação explosiva, capaz de fazer ressuscitar sentimentos que estão adormecidos, designadamente, naqueles que sempre  consideraram que a Alemanha não foi suficientemente punida, enquanto país, após a Segunda Guerra Mundial. 
Entretanto, através da imposição de regras absurdamente humilhantes a alguns países europeus em dificuldades, a Alemanha está a tentar pela via económica e política aquilo que não conseguiu alcançar através da diplomacia e da guerra.
E nós a vermos.

quinta-feira, 28 de março de 2013

PS apresenta Moção de Censura ao Governo



“Só um novo Governo, democraticamente legitimado, com forte apoio popular, estará em condições de interpretar e protagonizar o novo consenso nacional.” A frase faz parte da moção de censura entregue nesta quinta-feira no Parlamento pelo PS e confirma, mais uma vez, a rejeição inequívoca dos socialistas de uma nova solução política de governação que não implique eleições legislativas.
Assim, o PS defende novas eleições para dar legitimidade ao próximo Governo para “renegociar” com a Europa o programa de ajustamento e relançar a economia.
“Este Governo não está à altura do momento e das responsabilidades que devia assumir”, justificou o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, numa conferência de imprensa realizada após a entrega da moção na mesa da Assembleia da República. O socialista invocou a existência de “um novo consenso político” no país sobre o caminho alternativo ao seguido pelo actual Governo. Um consenso, disse Zorrinho, que “não passa por este Governo, por esta maioria e por este primeiro-ministro”.
A iniciativa parlamentar foi agendada para debate e votação na próxima quarta-feira, dia 3 de Abril. O seu primeiro subscritor é o secretário-geral, António José Seguro, seguindo-se a presidente do partido, Maria de Belém, e o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho.
Foi o secretário-geral quem propôs a moção de censura depois de uma volta pelo país, durante a qual assumiu a “ruptura” com o Governo e anunciou ter chegado o momento da “mudança”.
A moção elenca os motivos do PS para avançar com a censura. No Largo do Rato, a sétima avaliação da troika era vista como “o derradeiro momento para o Governo inverter a sua política”.
O documento cita os números da economia. Lembra os 942 mil desempregados, o terceiro ano consecutivo de “recessão profunda”, o contínuo aumento da dívida pública e o défice orçamental que “falha sistematicamente as metas estabelecidas”.



Comentário: Todos nós sabemos qual será o resultado da realização de novas eleições: um dos dois grandes partidos que conduziram o país a este estado de coisas vencerá o acto, com ou sem maioria, e no caso de ser sem maioria, lá terão que se juntar as comadres do Bloco Central, e, se calhar com a muleta do CDS.
Até à data o PS ainda não tinha tomado iniciativa de censurar o Governo, nem sequer acompanhou as iniciativas que foram tomadas pelos restantes partidos da esquerda parlamentar.
Aliás, falando curto e grosso, o PS tem andado de braço dado com o Governo nestas andanças da Troika, mesmo que, de vez em quando, atire umas bujardas (chochas, diga-se de passagem, para inglês ver e continuar a hastear a bandeira de partido líder da oposição.
Não é. O PS não faz oposição. Finge que está na oposição.
Já é tempo de o PS decidir o que quer, e, até prova em contrário, o que o PS tem manifestado é que tudo continue na mesma.
Perdão. Na mesma não. Os boys são para mudar.

Metas eleitorais autárquicas




CDU quer recuperar Beja e Aljustrel e ganhar Cuba e Mértola


Nas autárquicas deste ano, a CDU quer reforçar, de forma geral, as posições dos seus mandatos e para reduzir a diferença de votos verificada em 2009, recuperar Beja e Aljustrel, ganhar em Cuba e Mértola, assim como em mais de uma dezena de freguesias, segundo Manuel Reis, coordenador autárquico da Coligação.
Sobre Beja, Manuel Reis frisou que o objectivo é recuperar a Câmara, mas lembrou também que o combate liderado por João Rocha, a aposta da CDU consensual e sufragada por centenas de militantes e simpatizantes, não obedece apenas a uma pessoa, mas sim a um projecto, que pretende levar os bejenses a encontrarem de novo uma postura de seriedade, trabalho e competência em prol do concelho.
Manuel Reis revelou que a CDU não tem pressa na apresentação dos candidatos e que as pessoas têm assuntos mais prementes com que se preocuparem nas suas vidas, acrescentando, contudo, que no dia 6 de Abril será apresentado o candidato à Câmara de Mértola, e que, durante o próximo mês, serão divulgados os candidatos a Ourique e Vidigueira, sendo os restantes conhecidos até final de Maio, princípio de Junho.
Recorde-se que até ao momento, a CDU só revelou as candidaturas aos concelhos de Beja, Alvito, Cuba, Moura e Serpa.




Comentário: A experiência, designadamente em eleições autárquicas, já devia ter aportado o ensinamento de que não se devem estabelecer metas e objectivos de uma forma concreta e decisiva. Qualquer um deste objectivos que não seja alcançado, será sempre uma derrota, porque se fica sempre "àquem" do pretendido. Penso que o ideal seria traçar objectivos em termos abstractos (conseguir aumentar o número de câmaras), o que trás em si, a garantia de que qualquer uma que seja ganha a mais das que já são detidas, será sempre uma vitória, a juntar a outra muito mais importante, a não perda de nenhuma destas.
Sim, porque é bom lembrar que é sempre possível conquistar o que não se tem, mas também é possível perder o que já se conquistou.
E isto é válido para qualquer força política.
Mas quem sou eu para tentar ensinar seja o que for aos responsáveis políticos? Ou mesmo para relembrar? 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Não fui capaz ....


Não fui capaz, pronto!
Depois de me tentar convencer, após o jantar, e de me instalar no meu posto de comandar o comando (da TV), zappei para a RTP1, a fim de assistir ao regresso de Sócrates, um dos maiores responsáveis pelo estado calamitoso a que este país chegou e um um dos obreiros mais afincados na destruição do Estado pela injecção de incompetentes que promoveu durante o seu consulado.
Não fui capaz.
Tomei consciência de que iria quebrar dois anos de jejum de conversa socrática, his master´s voice, que tanto me agradaram depois de 6 anos de pura picaretice pegada.
Não. Estar impávido a ouvir desculpas para justificar o injustificável era demais para mim.

PS: Quer manter Beja e aumentar o número de Câmaras no distrito…

 
 
 
 
PS: Quer manter Beja e aumentar o número de Câmaras no distrito…

O Partido Socialista (PS) quer voltar a ganhar Beja e aumentar o número de Câmaras no distrito, avançou à Voz da Planície o coordenador autárquico 2013 da Federação do Baixo Alentejo do PS, Nicolau Gonçalves.
Sobre Beja, Nicolau Gonçalves frisou que o trabalho de Jorge Pulido Valente, e do seu Executivo, está à vista e que por isso mesmo, as perspectivas são de manter a liderança na capital de distrito.
Relativamente às restantes Câmaras do distrito de Beja, Nicolau Gonçalves adiantou que os objectivos são manter as actuais e ganhar novas, sem adiantar contudo, aquelas onde o PS pensa ter boas perspectivas de ganhar.
Recorde-se que em 2009, os socialistas ganharam sete Câmaras do distrito, retirando da liderança da capital a CDU e que para as autárquicas deste ano, o PS já apresentou 13, dos 14 candidatos, apostando em recandidaturas nos concelhos de Beja, Aljustrel, Mértola, Odemira e Ourique. Anunciou candidatos novos a Almodôvar, Alvito, Barrancos, Cuba, Castro Verde, Moura, Serpa e Vidigueira.
Falta identificar o candidato a Ferreira do Alentejo, porque a Concelhia ainda não se pronunciou, esclareceu também à nossa estação Nicolau Gonçalves, revelando que a aposta deverá recair na recandidatura de Aníbal Costa.
Daqui: http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/53256

Mariani - Aníbal & Maria S.A.


Como em qualquer país republicano, Portugal elege o seu Presidente da República de tempos a tempos, no caso serão 5 anos. Felizmente apenas pode ser reeleito para dois mandatos consecutivos.
Apenas não compreendo é porque é que tendo sido eleito pela maioria dos portugueses, entre os quais eu não me encontro, o cidadão Aníbal Cavaco Silva, tenho que andar a suportar, sim, andado a suportar as passeatas da cidadã Maria Cavaco Silva.
Não há sítio onde a múmia andante se desloque sem que a outra alma se encontre pendurada, com o nariz metido em tudo. Será que a eleição era para escolher o casal, e eu não dei por nada?
Desde o 25 de Abril, entre eleitos e não eleitos, tivemos 6 Presidentes da República, e tirando as ocasiões em que o protocolo o exige, nunca notei uma presença excessiva da esposas dos primeiros 5.
Nem mesmo a vetusta Gertrudes, esposa de Américo Thomaz, aparecia tanto como a actual primeira dama.
Maria Cavaco Silva está em todas.
E temos que pagar todos os custos do facto, e mais ainda, o pessoal do seu gabinete (que não sei para que serve), a viatura em que se desloca quando o PR está ocupado com outros afazeres, a segurança, etc.
É por estas e por outras que a nossa Presidência da República tem duas vezes o orçamento da Casa Real Espanhola.
Apenas duas pequenas diferenças: estes estão em  Portugal e os outros estão em Espanha e nós somos  (???) uma República e eles são uma Monarquia.
Como diria o "velho" Peça: e esta hein?

Moral e Religião


No seguimento das publicações anteriores, acerca do regime republicano, e do Estado republicano, há dúvidas que há já algum tempo me assaltam a mente.
Sendo os estados republicanos naturalmente laicos, sem religião, e sendo Portugal um país republicano, custa-me a entender porque razão a igreja católica e os seus membros continuam a deter tantos privilégios.
É a concordata que trás uma carrada de isenções e benefícios que isentam a instituição e os seus membros de uma quantidade enorme de obrigações normalmente cometidas aos demais cidadãos.
É a existência de capelães militares, suportados pelo erário público.
É a existência de uma disciplina chamada moral e religião, com professores nomeados pelos bispos mas cujos salários são suportados pelo contribuinte.
São as esmolas que estão isentas de qualquer imposto, e que representam milhões anualmente, quando um donativo de carácter social para ajuda a um cidadão concreto está sujeito a uma taxação estupidamente elevada, como recentemente se viu com um espectáculo a favor de um forcado incapacitado.
E muitos outros exemplos haveria para dar.
É caso para se dizer que poderá haver muita religião, moral é que não há nenhuma.

terça-feira, 26 de março de 2013

“Por Beja com todos” candidata Lopes Guerreiro à Câmara de Beja


O movimento independente e plural “Por Beja com todos” reuniu recentemente o seu Plenário de Aderentes (o mais participado de todos) e decidiu:
Confirmar a decisão (tomada no Plenário de 19 de Janeiro) de apresentar candidaturas aos órgãos autárquicos do concelho de Beja nas próximas eleições.
Reforçar a Comissão Dinamizadora com novos membros, que se disponibilizaram para o efeito, com o propósito de trabalharem activamente no processo eleitoral.
Escolher, por unanimidade e proposta de Maria Angelina Soares, José Lopes Guerreiro para encabeçar a lista de candidatos à Câmara Municipal de Beja, cuja apresentação pública terá lugar no mês de Abril, em data a indicar.

Algumas das funções e actividades exercidas pelo candidato:

José Lopes Guerreiro tem 59 anos, é natural de Selmes e reside no Penedo Gordo. É assessor da direcção da ACOS e director da EXPOBEJA (desde 2003).
Lopes Guerreiro foi militante do PCP (1975/2011), vereador e presidente da Câmara de Alvito; vereador da Câmara de Beja; presidente do Conselho de Administração da AMDB; primeiro presidente da Região de Turismo da Planície Dourada; presidente do Conselho de Administração da AMCAL. Foi também do CEBA – Conselho Económico do Baixo Alentejo; presidente da NOVALVITO. E foi ainda professor provisório do ensino preparatório, guarda-livros, organizador executivo da RuralBeja e sócio-gerente da Estud@lentejo.

Retirado de: http://www.porbejacomtodos.org/2013/03/por-beja-com-todos-candidata-lopes.html


Retirado do http://alvitrando.blogs.sapo.pt/2396920.html#comentarios


Assim, a Câmara de Beja conta já com 4 candidatos: Pulido Valente (PS), João Rocha (CDU/PCP-PEV), João Pedro Caeiro (PPD-PSD) e José Lopes Guerreiro pelo Movimento Beja Com Todos.

República - II


Pois. Como disse, é suposto, num regime republicano, que o Estado seja imune aos interesses individuais e corporativos, nomeada e principalmente aqueles que lhe que lhe possam causar prejuízo.
Parece que este senhor, Jorge Silva Carvalho, enquanto membro dos serviços secretos nacionais, utilizou a sua posição para aceder a informação privilegiada acerca de pessoas e empresas, e parece que terá facultado parte dessa informação a pessoas e empresas concorrentes.
O próprio admitiu pertencer à maçonaria, que por muito que queiram branquear a sua imagem, para mim, uma organização que se esconde atrás do segredo, não deve ter uma face muito clara.
Dessa mesma organização, alegadamente, faria parte o beneficiário das informações que Jorge Carvalho lhe terá facultado.
Também faz parte da mesma instituição o Ministro Relvas, eminência parda do poder vigente, amplamente conhecido pela sua incompetência, para além de outros atributos, cuja extensa lista é impossível de aqui explanar.
Hoje, como brinde, o sr. Jorge Carvalho, adquiriu vínculo ao Estado, com a categoria de Técnico Superior, com vaga criada expressamente para si na Presidência do Conselho de Ministros.
Antigamente, para se entrar no Estado tinha que se fazer prova de idoneidade para tal. ´
Hoje premeia-se quem, no exercício de funções públicas, lesou o Estado, pelo abuso das mesmas, e colocou todo o aparelho em total descrédito.

República - I


Sou republicano. De alma e coração. Defendo que a coisa pública está acima de qulauer interesse pessoal ou corporativo, económico, religioso, político ou desportivo.
Em 1910, o regime republicano foi insturado em Portugal, pondo fim a quase oito séculos de regime monárquico, que favoreceu, por força da hereditariedade toda uma elite que enriqueceu à custa de um povo, e que, com fundamento na mesma prerrogativa sucessória levou à perda da independência nacional.
Ou seja, a força do sangue imperou sobre a vontade de todo um povo, com o beneplácito da santa igreja católica apostólica romana.
Só este simples facto deveria ser suficiente para os monárquicos pensarem no sistema que defendem.
A República tem na sua essência o serviço público, desinteressado, de todos os funcionários do Estado e dos políticos eleitos para o liderarem.
Exemplo extremo do desinteresse republicano está retratado na foto que se encontra acima: o Presidente da República Teófilo Braga dirige-se ao Palácio de Belém, para trabalhar no exercício das funções para que foi eleito, deslocando-se em transporte público, numa época em que o PR não tinha direito a transporte do Estado, casa do Estado, guarda costas do Estado, para além de todas as outra mordomias que, ao longo dos anos foram criando para os diversos cargos políticos.
Como disse, trata-se de um exemplo extremo, que não se deve reflectir no presente.
Mas será que tinhamos de caír no extremo oposto?

segunda-feira, 25 de março de 2013

Capitalismo - II



A Troika decidiu que o défice tinha que ser reduzido.
Subiram os impostos.

A Troika decidiu que o défice tinha que baixar pelo lado da despesa.
O governo decidiu cortar 4 mil milhões na despesa.

A Troika decidiu que as indemnizações laborais tinham que baixar.
O Governo decidiu reduzir as indemnizações laborais.

A Troika decidiu que o Estado tinha que encolher.
O Governo vai despedir.

A Troika decidiu que a banca precisava de dinheiro.
O Governo aceitou injectar 12 mil milhões.

A Troika acha que os preços dos serviços devem baixar.
O Governo cala-se que nem um rato.

A isto chama-se protecção descarada de interesses financeiros privados pelo Estado, em prejuízo dos interesses individuais dos cidadãos e colectivos do país.

É o capitalismo no seu melhor!

Capitalismo - I



O capitalismo é, talvez, a razão principal do "renascimento" deste espaço.


Nunca como agora é tão claro para todo o mundo, nesta é poca de globalização e de tráfego e tráfico de informação e conhecimento que vertiginosamente vamos vivendo, qual a verdadeira face do sistema capitalista selvagem.
Em minha opinião (e já alguém certamente está a levantar as mãos, com e sem pedras) não existem sistemas perfeitos, nem sequer ideiais, a não ser claro a ideia de Thomas Moore e a sua Utúpia.
Aliás, é daí que vem a tradição de dizer que os sistemas perfeitos são utópicos.
Para mim, uma ditadura será sempre uma ditadura, seja ela de direita ou de esquerda. Nestes regimes existirão sempre pessoas e ideais que estarão cerceados.
Também para mim, quaquer democracia está dominada pela classe burguesa, pelo que será ela própria uma espécie de ditadura, sendo que o contraponto reside na origem do poder, porque este, depois de constituir, depressa trata de se esquecer de onde provém a sua legitimidade.
Por cima das democracias paira um outro sistema político-económico, o capitalismo, que frustra toda e qualquer tentativa de humanizar a sociedade, impondo uma verdadeira e terrifica ditadura do dinheiro sobre todos os valores e princípios que devem nortear a Humanidade.
Hoje, como nunca, o capitalismo mostra a sua verdadeira face, maléfica e destruidora, devorando inexoravelmente a vontade dos povos, submetendo-os, sob uma vaga ideia de liberdade individual, a uma realidade de ditadura colectiva.
Curiosamente é essa sensação individualista de liberdade que permite que o sistema capitalista se imponha à vontade colectiva dos povos e das nações.
Pessoal e individualmente, eu, cidadão, recuso-me a estar calado.

Repristinar

repristinar - Conjugar
(re- + prístino + -ar)
v. tr.
v. tr.
1. Restaurar a forma ou o aspecto
.aspeto.aspecto primitivos.
2. [Direito]   [Direito]  Fazer vigorar de novo.


Pois é. Depois de tanto tanto sem actividade, quase se poderia pensar que este blog estava "revogado".
Pois o tempo, o de agora, lembrou-se de o trazer à vida, pela via da "repristinação", ou seja, está de novo em vigor.
E com o mesmo aspecto primitivo: aberto à participação, não isento e independente.