quinta-feira, 28 de março de 2013

PS apresenta Moção de Censura ao Governo



“Só um novo Governo, democraticamente legitimado, com forte apoio popular, estará em condições de interpretar e protagonizar o novo consenso nacional.” A frase faz parte da moção de censura entregue nesta quinta-feira no Parlamento pelo PS e confirma, mais uma vez, a rejeição inequívoca dos socialistas de uma nova solução política de governação que não implique eleições legislativas.
Assim, o PS defende novas eleições para dar legitimidade ao próximo Governo para “renegociar” com a Europa o programa de ajustamento e relançar a economia.
“Este Governo não está à altura do momento e das responsabilidades que devia assumir”, justificou o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, numa conferência de imprensa realizada após a entrega da moção na mesa da Assembleia da República. O socialista invocou a existência de “um novo consenso político” no país sobre o caminho alternativo ao seguido pelo actual Governo. Um consenso, disse Zorrinho, que “não passa por este Governo, por esta maioria e por este primeiro-ministro”.
A iniciativa parlamentar foi agendada para debate e votação na próxima quarta-feira, dia 3 de Abril. O seu primeiro subscritor é o secretário-geral, António José Seguro, seguindo-se a presidente do partido, Maria de Belém, e o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho.
Foi o secretário-geral quem propôs a moção de censura depois de uma volta pelo país, durante a qual assumiu a “ruptura” com o Governo e anunciou ter chegado o momento da “mudança”.
A moção elenca os motivos do PS para avançar com a censura. No Largo do Rato, a sétima avaliação da troika era vista como “o derradeiro momento para o Governo inverter a sua política”.
O documento cita os números da economia. Lembra os 942 mil desempregados, o terceiro ano consecutivo de “recessão profunda”, o contínuo aumento da dívida pública e o défice orçamental que “falha sistematicamente as metas estabelecidas”.



Comentário: Todos nós sabemos qual será o resultado da realização de novas eleições: um dos dois grandes partidos que conduziram o país a este estado de coisas vencerá o acto, com ou sem maioria, e no caso de ser sem maioria, lá terão que se juntar as comadres do Bloco Central, e, se calhar com a muleta do CDS.
Até à data o PS ainda não tinha tomado iniciativa de censurar o Governo, nem sequer acompanhou as iniciativas que foram tomadas pelos restantes partidos da esquerda parlamentar.
Aliás, falando curto e grosso, o PS tem andado de braço dado com o Governo nestas andanças da Troika, mesmo que, de vez em quando, atire umas bujardas (chochas, diga-se de passagem, para inglês ver e continuar a hastear a bandeira de partido líder da oposição.
Não é. O PS não faz oposição. Finge que está na oposição.
Já é tempo de o PS decidir o que quer, e, até prova em contrário, o que o PS tem manifestado é que tudo continue na mesma.
Perdão. Na mesma não. Os boys são para mudar.

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