domingo, 30 de junho de 2013

Onde pára o PS em Castro Verde?




Já tinha dito que as eleições para as autárquicas em Castro Verde estavam mornas.
Mas tão mornas assim até aborrecem.
Afinal, o PS, perdão, António José Brito, anunciou quem são os SEUS compagnons de route.
E digo que são meros compagnons de route de António José Brito, porque o PS não apresentou ninguém, a crer na página da campanha que se chama "António José Brito 2013", tão só, e só nos apercebemos que se trata de uma candidatura apoiada pelo PS devido ao timido símbolo que aparece no local.
Pois é, a ligação ao Partido Socialista e à herança de Sócrates continua a ser uma dor de cabeça para algumas pessoas...
Aliás, o passado é de tal forma pesado que nem sequer se faz referência à qualidade de Verador, sem pelouro, é certo, do Mandatário Político da campanha de Antonio José Brito.
Não admira ssim que, tendo sido divulgada a lista de candidatos na passada quarta-feira, dia 26 de junho, só no Sábado, quando decorriam as Festas da Vila (mais uma vez excelentes) é que eu descobri que tal evento tinha ocorrido.
Lamentável, para uma candidatura que tem a sua sede na redação de um jornal, e toma café nos estúdio de uma rádio local com acesso directo às rádios regionais.
Com este manancial de órgãos de comunicação social, é de espantar a falta de feed back da divulgação da iniciativa, ou a pouca adesão da população à mesma.
Claro que eu nunca iria saber da mesma por aqueles meios. Não leio, por regra, notícias de órgãos de comunicação políticos (sim, também não leio o Avante!), razão pela qual, por uma questão de coerência, não poderia ler o Correio Alentejo, ou sequer ouvir os noticiários da Castrense ou da Rádio Pax.
Aliás, dá que pensaer o que seria a câmara nas mãos de quem, com dever deontológico de ser isento, o não é.
Bom, mas os candidatos que acompanham António José Brito estão aí, e a todos desejo saúde.
Claro que não posso desejar felicidades para a sua actividade política autárquica, apesar das relações mais próximas que existem em relação a alguns deles.
Termino com um aforismo, que tanto se aplica a quem se candidata como a quem irá exercer o direito de eleger:

"Lê o passado e ficarás preparado para o futuro"

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manuel António Emília Domingos - Entradas, 1956-2013



Morreu o Manuel António.
Conheci-o ainda antes de saber onde ficava Castro Verde e Entradas.
Foi numa Festa do Avante, ainda no Alto da Ajuda.
Sempre o conheci como pessoa de fortes convicções pessoais, que se sobrepunham às opções políticas.
E sempre as defendeu de forma frontal, aquela forma própria dos Homens de coragem.
Desentendemo-nos. De uma forma impensada e com motivos tão fúteis como só a política pode prover.
Admito-o, sem qualquer reserva, que maior quota parte desse desentendimento foi meu.
Tal desentendimento, para mim, nunca significou menor consideração pessoal pelo Manuel António e, estou certo, também ele deixou de considerar a minha pessoa, e muito recentemente, tínhamos encetado uma aproximação.
Trata-se de alguém que defendia aquilo que considerava certo e, sempre, o que entendia melhor para o concelho de Castro Verde, da "sua" freguesia de Entradas e do "seu" Lar Frei Manoel das Entradas, de quem foi pedra basilar no seu nascimento e crescimento.
Ficam na memória os momentos bons, inclusive aqueles que o calor da luta política nos colocou em posições opostas, ou aqueles comentários que produzia na blogosfera, em que expunha, até à exaustão as suas razões.
Fica a obra de quem deu o seu melhor em prol da comunidade.
Fica a saudade e a memória de um Homem Bom.
Fica a sua obra material, que se perpetua no tempo.
À sua família deixo um Abraço solidário, colocando-me à disposição para tudo o necessário.

João Nuno Sequeira, 20/06/2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cavaco: "O Cavador#


Cavaco brindou-nos com a divulgação de mais um dos seus predicados: sabe trabalhar com a enxada e fazer buracos.

Até seria motivo para nos regozijarmos com a vitalidade momentanea de tão estática figura, não fosse o facto de conhecermos na pele as consequências do seu árduo e profíquo labor em prol do imenso buraco, ou melhor, imensa cratera para onde os governos do centrão nos levaram.

Pena que não cai lá para dentro.

Pergunto-me se esta árvore irá medrar ...

Morno ...







Este processo eleitoral autárquico está morno, chocho.

Basicamente apenas se sabe que se vão apresentar a escrutínio três candidaturas, CDU/PCP-PEV, PS e PPD/PSD.

Que os cabeças de lista, são, respectivamente, Francisco Duarte, António José Brito e Mário Lopes Mota.

Que as listas à juntas de freguesia de Castro Verde serão encabeçada por José de Brito (CDU/PCP-PEV) e António José Paulino (PS).

Que os cabeças de lista para a Assembleia Municipal são Maria Fernanda Espírito Santo (CDU/PCP-PEV) e Filipe Mestre (PS)

Que a CDU/PCP-PEV apresenta como cabeças de lista às juntas de freguesia de (Casével) Fernanda Felicio, (Entradas) António Jerónimo, (Santa Bárbara de Padrões) Ana Luisa Fatana e (São Marcos da Ataboeira) Alexandra Batista.

Os mandatários das candidaturas que se conhecem são Maria de Fátima Silva (CDU/PCP-PEV) e José Francisco Colaço Guerreiro (PS).

Como se pode constatar, ainda se sabe muito pouco acerca das candidaturas em confronto.

À parte disto sabe-se também que o acto eleitoral irá decorrer em 29 de Setembro, nos locais do costume.

Da minha parte, apenas apelo à participação massiva dos munícipes, salientando sempre a importância da seu voto na determinação do futuro do nosso concelho.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Autárquicas Castro Verde: já fumega


"Seguro visita mina de Neves-Corvo

O secretário-geral do PS, António José Seguro, visita esta quarta-feira, 10, pelas 9h30, o complexo mineiro de Neves-Corvo, situado no concelho de Castro Verde.

A visita decorre no âmbito da iniciativa “As Pessoas Estão Primeiro”, que tem feito o líder socialista percorrer todo o país no sentido de “ouvir as precupações e os problemas das pessoas, da empresas e entidades”.

“Esta iniciativa tem dois objectivos específicos: fazer o levantamento dos graves problemas que afectam os cidadãos e as empresas e destacar a necessidade de um estudo antecipado dos temas considerados prioritários na acção de um futuro governo socialista”, sublinha ao “CA” fonte oficial da Federação do Baixo Alentejo do PS.

Este é o segundo dia de Seguro no Baixo Alentejo, depois de esta terça-feira, 9, ter estado em Beja a apreentar aos militantes a moção com que vai a votos para o cargo de secretário-geral do PS. As eleições internas dos socialistas realizam-se sábado, 13."


 
Eu bem disse que que as autárquicas estavam a aquecer em Castro Verde. Já cá temos o Secretário-geral. Agora vamos ver quem vai integrar a sua comitiva. Aposto que um certo candidato andará por lá.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O senhor que segue


Parece que Luís Montenegro, actual líder parlamentar do PPD/PSD irá substituir Miguel Relvas.
Mais um maçon, da Loja Mozart, a mesma do ex-espião Silva Carvalho, no Governo.
Sai maçon, entra maçon.
Há coincidências do caraças, não há?

Autárquicas em Castro Verde: a aquecer


Parece que já há mais um candidato a presidente de câmara para Castro Verde.
segundo ouvi dizer, o PPD/PSD irá candidatar Mário Mota, professor do 1.º Ciclo.
Aguarda-se confirmação, tal como se aguarda saber se este candidato tem o apoio do CDS/PP.
Junta-se, assim, ao já confirmado António José de Brito, candidato pelo Partido Socialista.
Entretanto, na CDU/PCP-PEV, Francisco Duarte, actual Presidente da Câmara, já declarou a sua disponibilidade para avançar, o que, no meu entender fará todo o sentido.
Falta ainda saber qual a estratégia do Bloco de Esquerda.
A coisa vai, paulatinamente aquecendo, o que dá tempo a que alguns se vão já dando a conhecer às populações locais.

Objectivo: ZERO



Passos Coelho deu a conhecer quais as áreas em pretende reduzir despesa, aliás, aquelas que já havia indicado no seu célebre plano de reformulação do Estado: saúde, segurança social, educação e empresas públicas.
Não é inocente esta escolha sectorial.
Trata-se de desmontar o Estado social, peça a peça, e extinguir, definitivamente, o sector empresarial público, o pouco que resta.
É mais um passo na implementação do sistema ultraliberal e capitalista, coordenado globalmente, pelos senhores do Goldman Sachs, tão bem representados em Portugal por Moedas e Gaspar.
A meta é entregar nas mão de privados, sempre grandes organizações, intimamente ligadas à banca e aos seguros, todas as actividades que podem ser desempenhadas pela sociedade civil e sem intervenção do Estado, ou seja, trata-se de criar áreas de negócio, geradoras de lucro para os privados em sectores actualmente geridos pelo Estado, pelo que os utentes terão que pagar os serviços, tendo incorporadas nas taxas os valores que vão constituir o lucro das corporações.
O Estado português endividou-se para construir um Estado Social, e vai agora endividar-se para o destruir.
A falácia está em querer incutir nas pessoas na necessidade de implementar estas políticas e de que, apesar de tudo, os cidadãos vão ganhar com elas.
Chama-se a isto vender banha da cobra, actividade muito pouco meritória cujo desempenho o Primeiro Ministro está cada vez mais habituado a desenvolver.
Mas, a verdade é  que só se vende banha da cobra se houver quem esteja disposto a comprá-la, e isso só o futuro vai mostrar se há ou não. 

Afinal em que ficamos?



Que Passos Coelho sofre de problemas com a verdade já o sabemos.
Tivemos dois anos para aprender ... de letra.
No Domingo veio declarar que não iria haver novo aumento de impostos, e que iria antecipar a destruição do estado social para recuperar os "danos" que o acórdão do Tribunal Constitucional provocou no Orçamento de Estado que este governo, teimosamente, quis impor.
Acórdão que, por sinal, declarou inconstitucional medidas que sejam mais gravosas opar grupos específicos de pessoas que para os restantes.
Hoje já se fala em agravar os impostos, mas apenas para funcionários públicos, reformados, pensionistas e aposentados.
Bom. Parece que estamos perante mais uma (outra) mentira de Passos Coelho, porque parece que vão haver novos aumentos de impostos.
E parece-me que, à luz da Constituição, e do recente acórdão, é inconstitucional aplicar medidas fiscais e para-fiscais que sejam dirigidas a grupos ou corpos de cidadãos concretos.
Será que estamos perante um braço de ferro entre governo, leia-se, Vítor Gaspar, e o Tribunal Constitucional, e quem se lixa é o mexilhão?
E a múmia de Belém? Será que vai continuar calada?
Nós já aprendemos muito. Os nossos governantes é que ainda não aprenderam que o povo português é pacífico, mas só até ao dia em que deixa de o ser...

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Thatcher


Morreu a Margareth Thatcher.
Vai agora levantar-se um coro de elogios à baronesa que ficou famosa pelo cognome de Dama de Ferro.
A mesma Dama de Ferro que deixou Bobby Sands morrer nas cadeias inglesas por se recusar a vestir-se de presidiário, por se considerar um preso político.
Bobby Sands estava preso pela sua actividade no IRA e não por ter roubado, defraudado ou por ter levado um banco à falência.
Limitou-se a lutar, de forma violenta, é certo, mas na defesa das suas convicções, e contra as convicções colonialistas britânicas, as mesmas que justificaram a guerra das Malvinas, outra das marcas de Tatcher.
Mas o que mais marcou a governação de Tatcher foi o seu ultra-liberalismo, a destruição de toda a intervenção do estado na economia britânica, a ideia do capitalismo individual, que levaram a Inglaterra a uma situação de precariedade social gravíssima.
Quase tão grave como a que actualmente se vive em Portugal, o que até é normal, se atendermos que os nossos políticos do governo seguem exactamente as mesmas linhas, pelo que seria de esperar os mesmos resultados.
Morreu Margareth Thatcher, uma das últimas remanescências da guerra fria, que agora irá ser alcandorada aos altares dos heróis.
Não sei porque razão. Por fazer o bem não é.