Manuela Ferreira Leite foi eleita Presidente do Partido Social Democrata, em eleições directas, conseguindo obter cerca de 37% dos votos expressos pelos 58% de militantes inscritos e em condições de votar.
Pelo caminho ficaram Pedro Passos Coelho (31%), Pedro Santana Lopes (30%) e Patinha Antão (0,70%).
Não tenho absolutamente nada a ver com a vida interna do PSD, dado que não sou militante nem simpatizante, mas tratando-se de um partido do chamado arco do poder, que alternam neste sistema de democracia simulada, como cidadão, tenho o direito de me pronunciar acerca daqueles que são escolhidos para, futuramente, disputarem o lugar de Primeiro Ministro.
Digamos que, a meu ver, foi o mal menor.
Já sabemos que as credenciais de Manuela Ferreira Leite não são as melhores.
Como Ministra da Educação limitou-se a desestruturar, segundo critérios meramente economicistas a Reforma Carneiro do sistema educativo.
Como Ministra da Finanças limitou-se a vender os anéis para controlar o défice, ficando depois a olhar para as mãos, e com o défice na mesma.
No entanto, comparando o seu histórico com a desgraça que foram os meses de Santana Lopes à frente do Governo, e da sua prestação na Câmara de Lisboa, creio que ela ainda merece alguns créditos.
Pedro Passos Coelho apresentou-se com um projecto completamente anacrónico e dessincronizado com a realidade que as economias capitalistas estão a viver.
Foi o paladino do ultra-liberalismo que se apresentou a o PSD. O que defendeu foi a desestruturação completa do estado nas suas componentes sociais, como a saúde, a segurança social e a educação, extinção completa do sector público, reforço das capacidades de cobrança do Estado.
Ou seja, um Estado minímo, com capacidade de cobrar impostos e alerta para subsidiar a economia, dominada por privados e grandes grupos, em momentos de aperto.
Era o que realmente nos faltava. Para além da situação em que nos encontramos, devido às políticas de carácter capitalista desenvolvidas nos últimos anos, e cujos resultados colocam em causa, inclusive nos EUA, as opções liberais, teríamos que suportar um putativo candidato a Primeiro Ministro cujo objectivo seria endurecer o caminho pela via ultra-liberal.
Quando a Patinha Antão, dos quatro candidatos, um dos melhor preparados em termos económicos, não conseguiu descolar devido à falta de apoios dos barões partidários. Porque será?
Agora só nos resta aguardar como irá ser a oposição do PSD, liderado por uma Presidente que até concorda com a maioria das medidas do Governo Sócrates.
Foi, por isso, e acima de tudo uma grande vitória do PS e de José Sócrates, que deixam de ter a já fraca oposição do PSD.
Foi uma grande vitória do PSD, que vai conseguir manter no poder por mais uma legislatura o seu melhor Primeiro Ministro de sempre, aquele que conseguiu fazer os que os seus eleitos sempre desejaram mas nunca tiveram a coragem de fazer, José Sócrates.
Lembra-se de eu ter votado contra a contratação de um empréstimo de médio prazo , destinado a pagar diversas situações das Grandes Opções do Plano e também um novo carro par o executivo?
ResponderEliminarLembra-se de eu na altura ter dito que não era politicamente correcto concordar com a Dra. Manuela Ferreira Leite, em relação ás limitações que introduziu no montante máximo do endividamento municipal?
Lembra-se que a nossa Câmara chegou a dever sete milhões de euros, apesar do manancial que recebeu de Derramas e Fundos Comunitários?
Lembra-se que uma parte significativa desses recursos foi gasta em Activos não Realizáveis?
E depois admiram-se de aparecerem, Manuelas Ferreira Leite e Teixeira dos Santos!
Nem tudo o que é feito por uns está sempre bem, tal como o que outros fazem, não está sempre mal!
Não concordo!
ResponderEliminarManuela Ferreira Leite tem um ano para moatrsr à plebe que é diferente de Pinto de Sousa e em que é que é diferente.
Assim a ajude o novo líder da bancada parlamentar (Ou para lamentar...não sei)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarManuel António
ResponderEliminarTambém não é o facto de alguns fazerem mal, o que no caso concreto não sei se estamos de acordo, que justifica que se diga que a Manuela Ferreira Leite tenha feito um bom trabalho.
É que, e esta aprendi com alguém que me ensinou muito profissionalmente, uma pessoa que prejudica outra, ou outras, sem tirar disso proveito, pessoal ou não, não sabe o que anda a fazer.
E o que é facto é que a senhora deliberadamente prejudicou o povo deste país e não obteve nada do que pretendia, pelo contrário, agravou a situação grave que encontrou.
No entanto, volto a repetir, acho que de entre os três reais candidatos, é o mal menor.
Eu só me referi, ao estar de acordo com os limites impostos pela Dra. Manuela Ferreira Leite ao endividamento municipal. Porque convenhamos, como estava anteriormente, dava aso, a que os menos responsáveis, fizessem asneiras das grandes, para quem viesse a seguir ficar atado de pés e mãos, sem mais poder fazer, do que pagar os desgovernos dos seus antecessores.
ResponderEliminarÉ lógico que tem que haver um travão.
ResponderEliminarNo entanto as plíticas pragmáticas, tão ao gosto da Dra Ferreira Leite, gerlamente fazem com que pague o justo pelo pecador.
O travão deve ser posto a quem prevarica e não aos restantes que com restrições àquele nível impede de fazer um trabalho minimamente decente em prol das populações, nomeadamente quando se trta de recuperar as finanças municipais deixadas nas lonas pelos antecessores.
E olhe que nã foram tão poucos os casos como isso: Lisboa, Setúbal, Ourique, são apenas exemplos.
Já agora, parece que apagou um comentário seu, não foi?
Não estou a ver qual! Como não guardo todos os comentários que faço...
ResponderEliminarFoi engano da minha parte.
ResponderEliminarO comentário não era seu, mas sim um repetido de APS.
Peço desculpas pela confusão.