2018
Rejeição do orçamento dos SIMAR “é inaceitável”
04.01.2018
A rejeição, pela Assembleia
Municipal de Loures – com os votos contra de PS, PSD e PPM, abstenção do
BE, e os votos a favor da CDU, CDS e PAN – do orçamento dos SIMAR para
2018 “constitui um acontecimento da maior gravidade”.
A afirmação é do presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino
Soares, que, hoje, em conferência de imprensa, apelidou a posição do
Partido Socialista de “irresponsável”, que, “depois de ter viabilizado o
tarifário e o orçamento em Reunião de Câmara, veio rejeitar este último
na Assembleia Municipal, sem qualquer aviso prévio ou questionamento”.
Para Bernardino Soares, “trata-se de uma votação que causa sérios
prejuízos às populações, aos trabalhadores, e à atividade dos SIMAR, que
não tem qualquer fundamento válido e é por isso politicamente
inaceitável”.
Recorde-se que o orçamento e tarifário dos Serviços
Intermunicipalizados de Loures e Odivelas para 2018 foram aprovados na
Câmara de Loures, beneficiando dos votos a favor da CDU e das abstenções
do PS, tendo os votos contra do PSD. Foram também aprovados na Câmara
de Odivelas e, no caso do orçamento, também na Assembleia Municipal de
Odivelas. “O orçamento dos SIMAR para 2018 foi rejeitado apenas na
Assembleia Municipal de Loures”, esclareceu Bernardino Soares.
Tarifário não estava em discussão
Segundo Bernardino Soares, a invocação como pretexto da discordância
com o tarifário para 2018 não tem qualquer justificação porque,
primeiro, “se trata apenas de uma mera atualização no valor da inflação,
aliás de acordo com a recomendação da ERSAR. No primeiro mandato da
atual gestão só houve tarifários com aumento zero ou apenas com a
atualização da inflação”. Em segundo lugar, acrescenta, “porque entre
2015 e 2018, perante o aumento de 16,4% do custo do m3 da água que nos é
vendida pela EPAL e em 14,3% do custo de tratamento por m3 de águas
residuais, foi opção dos SIMAR não repercutir nas tarifas estes
valores”.
O presidente da Câmara de Loures lembra ainda que “na Assembleia
Municipal não estava em discussão o tarifário, que tinha sido
viabilizado, com a abstenção do PS, em Reunião de Câmara, e que está
aliás em vigor desde o passado dia 1 de janeiro”.
Potenciais consequências negativas
Bernardino Soares avançou que estão a ser avaliadas neste momento
“todas as potenciais consequências negativas da rejeição do orçamento
dos SIMAR, desde importantes investimentos até às progressões
remuneratórias dos trabalhadores, que oportunamente comunicaremos às
forças políticas e aos órgãos municipais”.
Em todo o caso, conclui, “queremos transmitir à população do concelho
de Loures a nossa determinação em continuar a melhorar os serviços que
sabemos serem essenciais para a qualidade de vida e boa gestão do
território. Mas a população tem de saber da gravidade que esta decisão
comporta para a satisfação das suas necessidades e para a o futuro dos
serviços públicos dos SIMAR”.
Na conferência de imprensa marcaram também presença o vice-presidente
da Autarquia, Paulo Piteira, e os vereadores António Pombinho e Maria
Eugénia Coelho.
Leia aqui o documento distribuído na conferência de imprensa.
in http://www.cm-loures.pt/Conteudo.aspx?DisplayId=3768
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