domingo, 28 de novembro de 2010

Ainda a Greve Geral

Ministro Vieira da Silva vem a Guimarães
Não posso deixar em claro os comentários dos detractores da greve geral de 24 de Novembro.

O Ministro Vieira da Silva, pai do novo Código do Trabalho, tido como representante da esquerda do PS (faria se fosse de direita) vem a público, muito satisfeito, afirmar que a greve foi parcial e não geral.

De facto não compreendo qual o motivo de satisfação. Será que é por ser uma pessoa inteligente a fazer figura de parvo? Só pode!

É que o Sr. Ministro já devia saber que uma greve geral se encontra em oposição à greve sectorial. Portanto, logicamente, a greve geral abrange todos os sectores da economia ou, ainda mais generalizado, abrange todos os sindicatos de todos os sectores.

Assim, a greve foi uma Greve Geral, que poderá não ter paralisado país mas que teve uma adesão significativa em alguns sectores, e que poderia ter tido muito mais adesão se o PS não tivesse aprovado o Código de Trabalho que aprovou e que está em vigor.
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Mas esta posição apenas vem marcar a completa incapacidade de comunicação deste governo, que prefere entrar numa tradicional guerra de números, completamente inconsequente.

De facto, para que servem os números se o que releva é o impacto que a greve tem junto da população. De que serve dizer que a adesão foi fraca quando as pessoas dão com o nariz na porta da Câmara Municipal? Ou de que serve dizer que foi de 90% se a escola estava aberta para 3 professores darem aulas?

O Governo seria muito mais inteligente se reconhecesse a inquestionável adesão à greve e reconhecesse a sua real incapacidade para resolver a situação.

Entre os trabalhadores portugueses, há quem não faça greve, por princípio, quem não concorde com a greve, quem não pode perder um dia de salário, quem seja espertalhão e alinhe na equipa dos outros que façam a greve que eu depois aproveito das suas conquistas.

Depois temos aqueles que fazem greve, pelas mais diversas razões.

E temos ainda aqueles que num país normal, com legislação normal, fariam a greve, e que não as fazem por recearem perder o eu posto de trabalho. Neste grupo, há ainda aqueles que pedem a quem faz greve que pensem neles durante a luta.

É triste, mas é verdade. Esta é a nossa democracia e liberdade.

Digo eu ... sei lá...

1 comentário:

  1. Manuel António Domingos31 de janeiro de 2011 às 09:41

    JNS - Dois meses de silêncio, causam-me estranheza.
    Em termos de saúde está tudo bem? Faço sinceros votos para que sim!

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