domingo, 10 de maio de 2009

A CDU Apresentou-se ao Povo de Castro Verde

A CDU/PCP-PEV apresentou a sua lista de candidatos aos órgãos autárquicos, que se colocam a escrutínio popular em Outubro próximo.

Para quem se lamenta de falta de chama e novidades, aqui ficam algumas:

Primeiro - a coragem de apresentar de forma pública a lista constituída na sequência de reuniões do colectivo dos apoiantes, na sede do concelho e nas freguesias, sem imposições e sem afastamentos, a não ser daqueles que se manifestaram indisponíveis, pelas mais diversas razões, para integrar qualquer lista.

Segundo: a apresentação das listas completas, com todos os candidatos concorrentes, e não com apresentações parciais, como alguns tentaram impor. Também aqui a CDU/PCP-PEV demonstrou não ir a reboque das vontades alheias ou andar a cumprir o calendário de um qualquer candidato.

Terceiro: a recondução em lugares elegíveis daqueles que têm demonstrado a sua competência à frente das autarquias para que foram eleitos para o mandato que agora termina.

Quarto: É uma lista equilibrada quanto ao género, as origens geográficas, as profissões o nível etário.

Quinto: É uma lista que apresenta pessoas com uma forte ligação ao Concelho de Castro Verde, que cá trabalham, que cá vivem convivem. Não são apenas pessoas nascidas no concelho, são pessoas que sentem o concelho, independentemente do local onde nasceram.

Sexto: São pessoas conhecidas pela sua experiência profissional que colocam ao dispor dos castrenses.

E estas são apenas algumas das características das listas apresentadas pela CDU/PCP-PEV, porque muitas outras se poderiam aqui colocar.

Mas a mais importante e inquestionável de todas é que se apresentam para dar continuidade a um projecto com mais de três décadas, com defeitos como qualquer trabalho humano, mas que mesmo assim colocou o concelho de Castro Verde como um referência ao nível autárquico nacional, apesar de alguns que desfrutam dessa realidade não a consigam enxergar.

Trata-se, pois, de escolher entre pessoas que já mostraram o seu querer trabalhar em prol das comunidades que representam e outras que, para além de falinhas mansas, ainda nada demonstraram ser capazes de fazer pelas populações do concelho; escolha entre a consolidação de um projecto e obra feitos e uma mão cheia de ideias cor-de-rosa, mas vazias de conteúdo e significado.


O Povo do Castro Verde é sábio e em Outubro vai saber escolher, reconduzindo Francisco Duarte no cargo de Presidente da Câmara.




4 comentários:

  1. Por aquilo que já consegui observar de Castro Verde, parece-me que há de facto um poder autárquico consolidado, mas um tecido social que precisa de mais dinamismo. Por exemplo o ambiente e o eco-turismo é um sector a precisar de mais "alma", mais investimento estratégico para o desenvolvimento do concelho. Além disso, o associativismo é, ou poderá ser, o garante de uma cidadania activa. O PC tem sensibilidade para essas áreas mas talvez seja demasiado centralista para promover e exercitar formas de "governança" local mais inovadoras e partilhadas.

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  2. Senhor Elisio Estanque

    Conheço-o de uma participação num programa de TV e conheço-o por ser apoiante de José Francisco Colaço.

    Começo por lhe dizer que apreciei a forma correcta como colocou as coisas.

    Creio que o senhora apenas conhece de Castro Verde aquilo que lhe contam e da forma que lhe contam.

    Provavelmente aquilo de mais forte que passa é que se trata de um concelho que recebe milhões em derramas da mina de Neves-Corvo.

    Aquilo que não lhe disseram, mas que deveriam ter dito, é que essa realidade ´´e muito mais recente do que imagina, e todos os projectos essenciais à qualidade de vida dos castrenses foi realizado antes de haver derramas a receber.

    É dessa data que remontam a construção de sistemas de captação de água a todas as povoações, bem como a instalação de sistemas sanitários; é dessa altura que remonta a construção da adutora que transporta água desde a Barragem da Rocha até Castro Verde; a Biblioteca, a piscina, os pavilhões, o estádio, a gare rodoviária, as escolas, o museu, as ajudas para construção cooperativa, etc. não foram feitas com dinheiro de derramas; o apoio social a estudantes, a idosos e a familias carenciadas é uma realidade muito antiga neste concelho; a cooperação com as instituições associativas e com os organismos dependentes da administração centra são também uma realidade antiga.
    Isto para não falar na cultura, por vezes excessiva nos gastos, mas nunca na alimentação da alma, ou nos espaços de lazer, como os parques e jardins, os centros sociais, ou noutro registo, as casas mortuárias, construídos em todos os povoados que o justificassem.
    Faltam coisas? Faltam sim senhor.
    A mais importante delas todas será, sem dúvida, a zona de actividades económicas, emperrada durante anos devido a problemas realcionados com o ordenamento do território, mas que estão já a ser ultrapassados.
    Existem dficiências? Existem, sim senhor. Aquelas que são justificadas pelo carácter humano da sua natureza. E existirão sempre, porque serão as deficiências que sustentarão a interna insatisfação humana que faz mover o mundo e as coisas.
    Creia, Sr. Estanque, que, provavelmente, nem tudo será como lhe foi pintado.

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  3. Exmo Senhor João Nuno Sequeira,
    Muito obrigado pela sua atenção. Tem razão quando afirma que não conheço a realidade de Castro Verde em toda sua dimensão. É uma terra que conhecia apenas de passagem e apenas recentemente passei a visitar com alguma regularidade. Sou apaixonado pelo Alentejo, onde nasci. É aí que está enraizada a minha identidade. Gosto muito de Castro Verde, e o que vi até agora foram sobretudo os aspectos positivos. Não sei se sabe mas sou sociólogo. E é devido, em primeiro lugar a essa sensibilidade sociológica, mas também às minhas raízes alentejanas que pretendo conhecer melhor a vila, o concelho e naturalmente as suas forças vivas (o poder local, os agentes culturais, as associações, etc). Reconheço portanto a minha relativa ignorância. Porém, não é dificil perceber que, se uma força política que está no poder há mais de 30 anos, como é o caso da CDU/PC, é certamente porque soube construir e consolidar conquistas fundamentais para a população local. E deixe-me dizer-lhe que também já me informei sobre as infraestruturas, as iniciativas culturais, o associativismo, a preservação do património, e a obra social de Castro Verde, Razão pela qual o ex-presidente conseguiu ser consecutivamente reeleito ao longo de 30 ano. Honra seja feita ao Sr Fernando Caeiros. Portanto, aquilo que sei até hoje permite-me ter uma ideia positiva sobre o passado. Mas o facto de olhar os pontos positivos não me impede de me interrogar sobre os problemas. E os sociólogos têm a tendência para procurar os problemas, para tentar ver o que se "esconde por detrás das fachadas". Note-se que estou a falar da atitude do investigador que pretende analisar a sociedade e as suas estruturas. Que pretende compreender o poder e a democracia. Não tenho de modo nenhum uma atitude negativa e menos ainda destrutiva. Simplesmente estou a construir um puzzle que me há-de levar a um diagnóstico mais objectivo. Por exemplo estive presente na apresentação pública dos candidatos da CDU, na passada sexta-feira. Uma cerimómina que, como qualquer outro ritual, emite diversos sinais algo reveladores do modo como funciona essa força política. Caso possa continuar a visitar Castro Verde, terei todo o gosto (de resto é talvez algo inevitável) em conhecer melhor a realidade castrense, em aprofundar o olhar crítico que me caracteriza (seja no Alentejo, seja em Coimbra, onde resido), para consolidar conhecimentos e podê-lo partilhar abertamente com a comunidade, se for caso disso. A minha preocupação será ouvir todas as opiniões e perspectivas, com a maior diversidade possível. Porque o mundo social é muito complexo e cheio de contradições. Acredito que será com base nessas diferentes subjectividades que poderei construir uma análise mais objectiva e mais profunda.

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  4. JNS

    ESTE PARÁGRAFO ABAIXO, QUE TIREI DO SEU TEXTO SÓ ESTÁ PARCIALMENTE CORRECTO , E SE NECESSÁRIO PODEREI FORNECER NÚMEROS, FORNECIDOS PELO PRÓPRIO FERNANDO CAEIROS NUMA RESPOSTA DADA AO VEREADOR DO PS ARLINDO COSTA E QUE CONSTA EM ACTA DA CAMARA MUNICIPAL.
    "Aquilo que não lhe disseram, mas que deveriam ter dito, é que essa realidade ´´e muito mais recente do que imagina, e todos os projectos essenciais à qualidade de vida dos castrenses foi realizado antes de haver derramas a receber."

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