quarta-feira, 12 de novembro de 2008

FASCISMO II - Não Aceito que os Professores não cumpram a Lei



Ouvi hoje, estupefacto, na televisão, em horário nobre, o Primeiro Ministro Sócrates a afirmar naquele seu tom solene muito peculiar que usa quando debita as suas fecais sentenças, não aceitar que os professores não cumpram a lei (da avaliação dos docentes), porque a lei é para cumprir, e era o que faltava (outra expressão que ele gosta muito de usar) serem os professores, logo os professores, a violarem o seu cumprimento.

Primeiro - uma das características da lei, é ser passível de ser violada, não cumprida, total com integralmente, com as necessárias consequências para que viola ou incumpre os normativos em vigor.

Segundo - Uma das características dos regimes fascistas, do tipo daquele que governou durante quatro décadas este mesmo país, era a sua intolerância relativamente àqueles que discordavam do pensar do Chefe de Governo, que eram punidos pelo crime de desobediência, portanto, por violarem a lei, ou não a cumprirem, por manifestarem por palavras ou actos a sua discordância para com ela, sendo apelidados de comunistas, tal como o fez a Ministra da Educação.

Terceiro - Temos que admitir que Salazar era muito mais democrático quanto a estas questões da violação ou incumprimento da lei, porque a sanção era extensível a todos pela mesma medida, fossem eles professores que não concordassem com a lei que os fosse avaliar, os operários do arsenal que fizessem greve, ou simplesmente, o indigente que dissesse que tinha fome.

Quarto - Do ponto terceiro nasceu o velho brocardo: "ou há democracia, ou levam todos".

Quinto - O Senhor Primeiro Ministro esqueceu-se que, há mais de 30 anos, caiu o tal regime.
Sexto - Contra o qual lutou aquele que a Ministra da Educação acusa de a insultar e caluniar por dizer que ela, e o governo a que pertence, está a agir mal.

Sexto - O Primeiro Ministro é a personificação de que, de facto os professores portugueses precisam de ser avaliados, porque num país a sério, ele não seria engenheiro, muito menos civil.




1 comentário:

  1. se as leis fossem sempre cumpridas, nao teria existido o 25 de abril. Este rapaz na verdade não é da geração kennedy, mas sim da geração dos que enviaram portugueses para o tarrafal, com a desculpa da lei.
    há muito que defendo a desobediencia civil como forma de acção

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