domingo, 5 de outubro de 2008

Sistema Político Partidário - Local

Mas não se pense que o encostar dos partidos, e do debate em que se de deve alicerçar a vida política, é um fenómeno nacional, e que Sócrates é um campeão.

Não. A nível local, verificam-se fenómenos semelhantes, e com aspectos mais caricatos.

Castro Verde é um paradigma.

Em Castro Verde, à excepção do Bloco de Esquerda que, por ser bastante recente, consegue manter uma estrutura política, minimamente activa, os outros partidos, ditos tradicionais, encostaram às boxes por força da aversão que o auto-suspenso Presidente da Câmara Fernando Caeiros nutre pelas lógicas partidárias, como ele próprio reconhece na recente entrevista à Mais Alentejo.

De facto, ao longo de mais de três décadas, conseguiu extrair todo o interesse que luta político-partidária pode gerar na comunidade, com tudo o de positivo que essa luta pode trazer para a evolução das ideias, designadamente, de desenvolvimento local.

Assim, desde há anos, convivemos com um Partido Socialista local que sobrevive com lideres locais de recurso, e se arrasta apoiado no seu eleitorado tradicional, e com um PSD numa situação ainda mais deplorável, com dificuldades manifestas em se afirmar como um partido consequente a nível local.

Quanto ao PCP, e esta é a componente tristemente caricata, por se tratar da força que sempre apoiou Fernando Caeiros, está relegado para uma situação de semi-clandistinidade, por força da verdadeira perseguição que sempre empreendeu aos seus militantes, vedando-lhes os acesso a trabalho no Município, não lhes concedendo as facilidades que notoriamente concedeu a pessoas de outros partidos ou sem adesão partidária.

Basta ver quantos militantes comunistas entraram por concurso para a Câmara Municipal de Castro Verde.

O mais estranho é que Caeiros andou ao colo do PCP, num sistema político que assenta, pelo menos formalmente, em partidos políticos, passou 30 anos a dar caneladas no PCP, e este nunca o deixou cair, antes pelo contrário, ainda o convidou e apoiou para cargos de destaque.

Diz-se por aí, que Évora é apenas uma paragem. Não sei o que se segue. Mas se for com o apoio do PCP, então começo a acreditar que os partidos são completamente dispensáveis nesta nos sociedade, nacional e local.

4 comentários:

  1. aproveito o ensejo para tornar ainda mais claras as coisas em relação aos partido nomeadamente ao PCP. Para que fique elucidado de como funciona, no baixo alentejo, basta verificar o que sucedeu aquando das eleições para a conferencia nacional há uns anos.
    Um funcionário, perfeirtamente pidesco e com açgu
    em eleito préviamente no seio das suas jantaradas e do seu circulo de amizades, promove uma eleição na qual exclui de imediato um militante por, pasme-se, lhe não ter cobrado a contribuição mensal e pior ainda por em beja alguém lhe ter perdido os documentos de militancia. Claro que desta forma não se pode dizer que terá sido só F. CAEIROS a semear o deserto em seu redor. Também as extruturas do PCP muito fizeram por isso.

    bem haja

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  2. Sagher, açgu em eleito previamente... é ou seria o quê?

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  3. Sagher

    Sem querer justificar atitudes de ninguém, no PCP, tal como em todas as organizações compostas por homens e mulheres, há bons e maus exemplares, a começar pela sacrossanta igreja católica apostólica romana, que à partida deveria ser um mundo se apenas e só virtudes.
    É claro que atitudes dessas afastam as pessoas.
    Tal como as afastam as atitudes de quem usa o poder para as prejudicar, deliberadamente, em função da sua opinião, como foi o caso de FSC, que obviamente não é o único responsável.
    É claro que tal só acontece porque as pessoas tendem mais a defender-se que a desistir.
    Como bem sabe, fui militar profissional por mais de duas décadas, e nunca baixei a cabeça quando senti que tinha razão. E nunca fui punido por isso.
    É contra o medo, mais do que contra o impõe, que se deve lutar.

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  4. MAD O QUE SAIU QUERIA DIZER" ALGUÉM"

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