sexta-feira, 10 de outubro de 2008

6 Meses Depois...

Pois é.



Chegámos a Outubro e, em Castro Verde, reina um silêncio sepulcral acerca de dois assuntos que parece estarem adormecidos mas, pelo menos para mim, não estão esquecidos.

Calhando, o silêncio é para não os acordar, ou melhor, para não despertar consciências acerca dos ditos.

Refiro-me, em concreto ao Inquérito efectuado à população de Castro Verde, que ainda ninguém sabe no que é que deram nem a que conclusões permitiu chegar.



E, o outro, a Cavandela, assunto apenas tocado com alguma frequência pelo Manuel António Domingos, nomeadamente acerca das vicissitudes do site do promotor.

Pergunta: ainda é o mesmo? O capital social é mesmo?
Outra pergunta: Com a actual situação nos mercados mobiliário e imobiliário, e de profundo crash financeiro global, a coisa ainda vai para a frente?

Mais: será que ainda vão conseguir o crédito necessário para avançar, ou pretendem começar a coisa apenas com os 5.000,00€ do capital social da E3Propreties.

Da minha parte, e antes de qualquer resposta, que obviamente não vou ter, apenas aconselho cautelas às entidades oficiais envolvidas, porque a coisa não está de feição a certos negócios.

Á parte disso, peço desculpa por ter levantado essas questões, que não devem ser entendidas como qualquer manifestação de bota-abaixismo.

14 comentários:

  1. JNS esteja descansado que mais gente que não se esquece do questionário. O Adelino Do BE poupou-me a pergunta na última Assembleia Municipal. Foi respondido que alguma coisa será comunicada ao povão.
    Já agora poderiam divulgar quanto custou o referido inquérito!
    Aproxima-se a aprovação do orçamento e das GOPs para 2009, era boa altura de começarem a pedir sugestões e divulgar o resultado do inquérito. Eu vi no jornal o Público uma referência a Castro Verde como sendo uma das Câmaras onde se pratica o Orçamento Participado. Quem lhe forneceu os dados lá saberá o que quer dizer orçamento participado. Mas saberá mesmo ?
    Já agora como é que estará o cumprimento do protocolo com a Discount Plus, onde se previa a construção de mais uma superficie comercial a consequente criação de mais uns postos de trabalho?
    Eu não me esqueço que a Câmara passou cá para fora a ideia que fez um bom negócio ao abdicar de quase um hectare de terreno, ( 8127 metros quadrados ) naquela zona nobríssima da vila, pela módica quantia de 250.000,00 euros.
    Daria para fazer quantos lotes para vivendas? Quanto é que custa um lote do sr. Lage ali naquela zona?

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  2. Quanto ao Plus, auilo foi vendido ao Pingo Doce, mas sei que a coisa foi dura para o lado da Câmara, ainda com o anterior presidente.
    Mas, como é óbvio, as contrapartidas recebidas não têm nada a ver com o valor do terreno, nem lá para o perto.
    Não acha estranho que ainda não tenha voltado a ouvir falar da Cavandela depois da sssão pública?
    Nem que se venha dar alguma explicação à luz da nova situação mundial e das influências no mercado imobiliário e financeiro?

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  3. Ainda vão ter de passar mais dois meses e picos para que haja novidades ... Por enquanto a CMCV está em gestão corrente ... nas grandes questões decide e manda quem todos sabemos ainda que não pareça ... digo eu! Sei lá!

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  4. Senhor anónimo está aprever o regresso do homem omnipotente, omnipresente e omnisábio? Dizem-me que ele está contente com a nova vida!
    Que já tem tempo para ele!
    Mas eu também concordo que ele continua a dar os seus toques na pasta dos pendentes!
    Mas também me parece que o Arq. Duarte tem a sua personalidade própria, e não deixará de tomar decisões sem ser pelas ordens da sua própria cabeça! Se assim não fizer, não agirá de forma a salvaguardar o interesse público e a ideia que tenho dele alterar-se-á significativamente!
    Brevemente, porque o tempo e os comprissos urgem, a ver vamos!?...

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  5. JNS quando diz que aquilo foi duro ainda com o antigo presidente, pode ser mais explicito?
    Depois do Plus, já existem mais dois nomes e nenhum é Pingo Doce!
    Está a fazer dois anos que a Câmara assinou o Protocolo com a Discount Plus e projectos nada.
    Habitação Social 16 fogos?
    Superficie Comercial que fazia parte do ordenamento da Câmara zero!
    Projectos em andamento?
    Pagamentos de dívidas aos agricultores, que eram credores da Cooperativa Zero!
    Os trabalhadores teriam recebido aquilo a que tinham direito?
    Teriam sido considerados credores priveligiados? E a Câmara ao abdicar do terreno teve isso em atenção?

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  6. Vamos por partes.

    A cadeia discount Plus foi adquirida pela Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce. Por isso, onde hoje está o Pingo Doce junto do Seminário em Beja, era anteriormente um PLUS.

    Parece que as negociações com o PLUS, aqui em Castro, só ficaram memso concluídas mesmo, mesmo em simultâneo com a aquisição da Plus pelo Pingo Doce.

    Como se sabe falar negociair com um não é negociar com outro.

    Parece que, também, o então omnisapiente presidente só soube do curso das negociações entre as duas cadeias de supermercados quando já tinam alinhavado o negócio aqui da Vila.

    Claro que não gostou, como ninguém gostaria.

    Quanto à outra superfície comercial, creio que esse espaço já está destinado a outra coisa, porque, alguém, finalmente, percebeu que Castro Verde não tem mercado par Intermarché. Ecomarché, Pingo Doce, CoopCastrense e ainda outra superficie.

    Quanto às outras questões penso que não fazem sentido.

    Legalmente, o Município tinha o direito de reversaõ, porque cedeu o terreno para um fim, que não engloba, de facto, a finalidade da garantia sobre dividas,

    por outro lado, os créditos dos trabalhadores mantêm a sua prioridade, tal como os do Estado.

    Creio que o facto do terreno ter revertido para o Município, e bem, não afectou os direitos dos trabalhadores, e do Estado, tendo eventualmente, prejudicados os restantes credores.

    Creio por outro lado que, as contrapartidas passavam pela construção de uma rua entre a Seara Nova e a Capitão Slagueiro Maia, e a cedência de alguns lotes para construção, não de que tipo, para além de uma verba que entretanto até foi divulgada na comunicação social, e de que não me lembro o montante.

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  7. JNS. O protocolo estabelecia que a Câmara abdicava da providência cautelar interposta para recuperar a totalidade do terreno ( 10.327 metros quadrados ) doado á Cooperativa Agricola, sobre o qual havia um ónus, em caso de não utilização do terreno para a finalidade da doacção, ou em caso de dissolução.Do acordo, para a CMCV suspender a Providência Cautelar, resultou a Discount- Plus ceder 2200 metros quadrados à CMCV, que se destinariam a 16 lotes para habitação social e o remanescente dos 2200 metros quadrados, para as inerentes infraestruturas, bem como o pagamento de 250.000,00 euros. A Discount-Plus implementaria a superficie comercial ( nos 8127 metros quadrados, dos quais 900 eram cobertos ) preconizada pela CMCV no plano de ordenamento para aquela zona. Digamos que a coisa foi apresentada na Assembleia Municipal, como sendo uma mais valia para a CMCV, na medida em que juridicamente a coisa não era muito clara, e a CMCV via aquele espaço ordenado como preconizava, ficava com os tais 2200 metros quadrados, e ainda por cima recebia 250.000,00€.
    Atendendo ao valor do terreno naquela zona, não teria sido possível outra saída, de forma a que também os agricultores se vissem ressarcidos dos seus créditos sobre a Cooperativa, a CMCV tirar maior benfício, e inclusivamente a possibilidade da Cooperativa, com o apoio da CMCV não se ter extinguido? É essa a grande questão, que agora poderá ser oportuno colocar, na medida em que nada está feito no terreno passados quase 2 anos sobre a assinatura do Protocolo.
    Os créditos dos agricultores resultaram de cereal entregue para a empresa Bizarro que esta nunca chegou a pagar, argumentando o não cumprimento de um contrato com a Cooperativa, que inclusivamente levou à extinção da própria Cooperativa, em processo judicial.

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  8. com a crise em que o mundo caiu investimentos? só nas bolsas quando tocarem no fundo e acontecerem uns milhares de falencias. Por isso palpita-me que os temas irão escasseando

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  9. Sagher, estou plenamente convencido que percebeste o meus comentários. Mais desilusões aparecerão, e não por culpa da actual conjuntura, mas sim pelo seguidismo cego de muitos, no endeusamento de um homem, que não passa de um dos comuns mortais que por cá andam. Infelizmente o tempo vai dando razão a quem sempre teve como principal preocupação o realismo da nossa situação, o bom senso, e a capacidade de boa gestão dos parcos recursos, que existe na maioria das nossas donas de casa. O que seria delas se fossem mal governadas ? ...

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  10. MAD vamos ver se nos entendemos. 1º Não endeuso ninguém (talvez com excepção de ché guevara, mas esse ta morto nao me pode desiludir). Depois acho que a tua fixação numa pessoa te tira descernimento e te impede de olhar as coisas sem estares constrangido. Por isso tanta abstrair-te de ti mesmo (começo a entender que tu falas para ti, dada a profusão de vezes que repetes o mesmo)

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  11. Sagher, quando digo endeusamento não me estou a referir a ti como é obvio, mas sim a aos que lhes têm estado mais próximo, e nunca ousaram intervir para contrair o seu Deus. Eu tenho consciência que me repito muito, mas não é fácil tomar conhecimento de tanta asneirada e mentiras, da parte de quem tem tão boa imagem, e ficar calado. Cá no meu cérebro não estão armazenados telhados de vidro, e isso impede-me de não dizer pelo menos um pouquinho do que me vai na alma. E pelos vistos, há quem defenda que a nossa alma está no nosso cérebro, e é muito provável que tenha razão.
    Há sempre alguém que resiste... há sempre alguém que quebra os unanimismos. Nesta matéria calhou-me a mim...
    Estou plenamente convencido de que a tua voz também conta!
    Sobre os teus conselhos, e outor idênticos de outras pessoas, digo-te que me ajudam a conter um pouco!

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  12. Acho que o ressurgimento do tema Cavandela não podia ser mais oportuno e dou por isso os meus parabéns ao bloger. Seria também oportuno confrontar os responsáveis da câmara municipal com esta situação. Em primeiro lugar porque um resort que consista na construção de 2800 casas 36 buracos de golfe e dois hotéis de luxo e ainda um vibrante centro comercial como esta referido no site http://www.e3property.com/projects-portugal-cavandela, irá requerer um enorme financiamento mesmo que essa construção seja faseada. E ai é que esta o principal problema, é que não é fácil arranjar um financiamento de 600 milhões de euros prai assim nos dias que correm. O problema que surge a seguir é que não é qualquer empresa que se quer endividar numa quantia tão elevada sem ter certo o retorno certo a médio prazo, e com a crise que existe actualmente no sector imobiliário quanto tempo demorará a vender 2800 casas? Ate porque este sector da economia tal como o financeiro irão sofrer uma grande reformulação nos próximos anos porque a forma em que se baseavam estes modelos de negócio berraram subitamente no espaço de um ano.
    Seria então conveniente na minha opinião que os responsáveis da câmara municipal tentassem obter informações junto dos promotores do projecto acerca do andamento deste e das expectativas destes, e também se os objectivos se mantêm inalterados nestes tempos de turbulência. Seria conveniente porque disso pode depender muita coisa, como a especulação imobiliária na vila e investimentos que alguns privados podem querer fazer dependendo da concretização ou não do projecto.
    Acho tambem muito interessantes algumas questões levantadas pelo senhor M A Domingos.

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  13. Isto dá com cada volta.

    Com estas garantias de 20 mil milhõea, pode ser que alguém vá na cantiga de avançar com 600 milhões, com hipoteca sobre a propriedade, que vale (valia) 600 mil, mais os 5.000 euros do capital social da E3Properties;)

    Como são todos amiguinhos, promotor e banca, e se a coisa der para o torto ninguém vai preso...o dinehiro do erário é que vai pelo dreno...

    Já nem digo nada.

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  14. Amigo RATM;
    Com os ouvidinhos que Deus me deu e algumas testemunhas ao lado, eu ouvi um senhor a quem nos disseram que é o responsável da E3 property, que o financiamento estava garantido pelo BPI, para o projecto turístico, e que para o tal Bioparque eram Fundos Comunitários. Como o presidente com o mandato suspenso é um homem com muita experiência, não tenho o direito de duvidar de que o mesmo acautelou tudo o que legaçmente é possível no sentido de ter confirmadas as informações prestadas pelo promotor quanto ao financiamento, e também quanto à programação das acções no terreno ...
    Até prova em contrário considero-me o maior Cavandela céptico da região... pra mim Cavandela significa: A maior acção de propaganda para a venda de ilusões jamais realizada em Castro Verde.
    Amigo RATM se quer revisitar as minhas posições sobre a Cavandela, vá ao Google e escreva : Cavandela sociedade imobiliária lda. Verá muitos e importantes comentários e posições que tenho divulgado sobre o tema.

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