terça-feira, 13 de maio de 2008

Castro Verde: Complexo turismo 600 M€ pode arrancar até 2010

Mais uma notícia acerca da Cavandela, esta anterior à sessão de Sábado passado, em que se refere expressamente que a promotora é a empresa "Cavandela - Sociedade Imobiliária, Lda. do Grupo internacional de investimentos imobiliários E3Property".
De José Roquette, nem fumo.
A construção do complexo turístico da Cavandela, em Castro Verde, poderá arrancar até 2010, num investimento de 600 milhões de euros, que prevê duas unidades hoteleiras, nove aldeamentos turísticos, um campo de golfe e um parque empresarial.
A proposta final de Plano de Pormenor do projecto, promovido pela Cavandela - Sociedade Imobiliária, do grupo internacional de investimentos imobiliários E3 Property, vai ser apresentada sábado, no Fórum Municipal daquela vila do distrito de Beja.
Após a fase de discussão pública, o documento, cuja elaboração tem sido acompanhada por um conselho de opinião, será submetido à apreciação pelas entidades competentes e posterior aprovação pela Assembleia Municipal de Castro Verde, o que deverá acontecer «ainda este ano», disse hoje à agência Lusa o presidente do município local, Fernando Caeiros.
A confirmar-se esta expectativa, segue-se a elaboração dos projectos de arquitectura e o promotor admite que a construção do empreendimento, que vai decorrer em quatro fases e prolongar-se por 16 anos, «poderá começar em 2009 ou 2010», acrescentou o autarca.
O empreendimento turístico e o parque empresarial vão nascer num terreno de 606 hectares, que abrange as herdades da Cavandela e da Ameixieira, na freguesia de Castro Verde.
Apesar de estar contíguo à Zona de Protecção Especial de Castro Verde, o terreno «não intercepta nenhuma área incluída na Rede Nacional de Áreas Protegidas nem na Rede Natura 2000», frisou Fernando Caeiros.
A oferta hoteleira do empreendimento prevê a construção de um hotel tradicional de cinco estrelas com 360 camas e um aparthotel de quatro estrelas com 200 camas e destinado a turistas seniores que pretendam estadias prolongadas.
A componente turístico-residencial inclui nove aldeamentos com 600 apartamentos, 700 casas em banda, 150 casas unifamiliares individuais e 110 casas unifamiliares geminadas.
O empreendimento terá também um campo de golfe com 36 buracos, além de outros equipamentos desportivos, como um complexo polidesportivo, um clube de ténis, um complexo de piscinas e circuitos de manutenção.
Espaços verdes, charcas, uma clínica de saúde, um templo de culto ecuménico, uma zona comercial e equipamentos culturais, como um centro de espectáculos ao ar livre e um centro de artes, são outras das infra-estruturas previstas.
O projecto inclui ainda a construção de um parque empresarial numa área de 38 hectares e com 42 lotes para instalar actividades de indústrias ligeiras e complementares às necessidades ambientais do empreendimento, como empresas ligadas às tecnologias ambientais e agro-alimentares.
O promotor estima que o empreendimento turístico poderá gerar cerca de 2.250 novos postos de trabalho, 500 dos quais associados à oferta hoteleira, 750 indirectos e outros mil induzidos, referiu Fernando Caeiros, frisando que estes números poderão aumentar com a implementação do parque empresarial.
Segundo dados do promotor, o empreendimento poderá contribuir para aumentar a população residente em permanência em Castro Verde na ordem das 3.750 a 4.000 pessoas, enquanto que a população temporária está estimada em 80 a 90 mil pessoas por ano (15 a 20 mil hóspedes na hotelaria e 65 a 70 mil nos aldeamentos).

Diário Digital / Lusa

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