quarta-feira, 8 de junho de 2011

Há DEPUTADOS e ... deputados


Sempre fui contra as situações de miserabilismo, tipo Calimero, de que "é uma injustiça! Tudo me acontece porque tudo me fazem, etc."

Mas há situações em que o miserabilismo se mostra, flagrantemente, uma reacção racional face a uma realidade consequência de uma mentalidade mesquinha e pequenina muito comum nas direcções dos órgão de comunicação nacional.

Começo por dizer que nada me move contra as figuras de cartaz desta história, antes pelo contrário.

O PSD conseguiu eleger um deputado por Beja, facto que não acontecia há cerca de 16 anos.

Calhou ser Carlos Moedas, um jovem com um percurso académico invejável, e uma experiência profissional de referência.

Podia ter sido outro candidato do PSD, até de duvidosas capacidades intelectuais, que o tratamento informativo teria sido o mesmo.

A CDU/PCP-PEV conseguiu eleger um deputado por Faro, facto que não acontecia há cerca de 16 anos.

Calhou ser Paulo Sá, um jovem com um percurso académico invejável, e uma experiência profissional de referência.

Podia ter sido outro candidato da CDU/PCP-PEV, até de duvidosas capacidades intelectuais, que o tratamento informativo teria sido o mesmo.

Já repararam que, facticamente, as linhas que escrevi são exactamente iguais, tal como o são as circunstâncias que são reportados os factos: dois partidos/coligações distintos elegem deputados em círculos onde já há muito tempo não conseguiam eleger, sendo que os eleitos se destacam pelo seu perfil académico e profissional.

Então digam-me, por favor, qual o motivo da perfeita histeria jornalistica que está a ser feita à volta da eleição do deputado do PSD, seja na TV na rádio ou nos jornais, num contraste gritante com a ignorância manifesta em relação à eleição do deputado da CDU/PCP-PEV.

Pois é, até nos deputados uns são filhos da mãe e outros são ... esqueçam.

Digo eu ... sei lá!

1 comentário:

  1. Manuel António Domingos11 de junho de 2011 às 11:28

    Concordo inteiramente que a CDU sempre tem sido mal tratada pela imprensa. Mas sejamos correctos, eleger um terço dos deputados do círculo eleitoral de Beja, certamente é mais díficil, do que eleger um sexto dos deputados do círculo eleitoral de Faro. Digo eu sei lá ... ...

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