terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ioga do Riso Para quê?

O Fórum Por Castro, um sucedâneo da candidatura derrotada do Partido Socialista em Castro Verde, certamente preocupado com o ar sisudo dos castrenses, vai promover uma sessão de ioga do riso. Para começar um aviso que tira avontade de rir aos participantes: 5 euros é o preço, a pagar no fim. Ou seja: ri-te, ri-te que no fim logo choras.


Mas podemos rir à borla. Basta ler a última proposta da oposição socialista, leia-se Fórum Por Castro, acerca das intempéries, e que por incapacidade de fazer uma descrição entendível, aqui transcrevo com a devida vénia, daqui: http://forumporcastro.wordpress.com/


"Visando dar resposta a algumas situações gravosas que se repetem no nosso concelho sempre que chove um pouco mais, os Vereadores da Candidatura “Por Castro”, apresentaram na ultima reunião do Executivo, a seguinte proposta contendo medidas para contrariar a habitual aceitação dos prejuízos derivados do “mau tempo” como uma fatalidade:








PROPOSTA


As características orológicas e geológicas do nosso concelho, determinam que os cursos de água existentes tenham pouca profundidade, do que decorre, necessariamente, o alagamento dos terrenos adjacentes logo que a pluviosidade atinja níveis médios.


Em consequência, acautelando a segurança e os bens das populações, importa ter atenção ao estado de elevado assoreamento em que se encontram as nossas ribeiras, bem assim como, resolver diversas situações existentes no concelho que potenciam prejuízos para o nosso bem estar e interesses .


Podemos destacar, a título de exemplo, em Entradas, a zona da Rua da Horta e da Rua do Telheiro junto á ribeira, que carece de intervenção urgente dado o sistemático alagamento de casas e hortas próximas. Também em Entradas, deve ser dada resposta ao devido escoamento das águas pluviais, quer na Rua da Horta quer no loteamento da Rua Álvaro Cunhal.


Impõe-se, igualmente, ainda a título de exemplo, uma solução adequada para a ponte sobre a Maria Delgada nas proximidades dos Geraldos, na medida em que é óbvia a inadequação da obra de arte existente com o caudal daquela ribeira.


Assim, propomos que a Câmara Municipal, com o contributo das Juntas de Freguesia, faça um levantamento dos “ pontos negros ” do concelho em situação de intempérie, elabore um estudo técnico para as várias situações inventariadas e, consequentemente, seja feito um plano de acção com vista a darmos solução a cada um dos problemas existentes.


Castro Verde, 6 de Janeiro de 2010


Os Vereadores do Partido Socialista"

Tirando as questões relacionadas com o escoamento das águas pluviais dentro dos tecidos urbanos, que existem e têm que ser corrigidas com urgência, e não apenas em Entradas, centremo-nos naquilo que é efectivamente relevante nesta proposta:


- Desassoreamento das ribeiras. Diz a lei que a remoção de entulhos e movimentação de terras carece de licença dos serviços do Ministério do Ambiente. Tratando-se de linhas de água, a licença tem que ser previamente concedida pela Direcção-Geral dos Recursos Hidrícos, e creio que actualmente tem que ser do INAG, que leva meses e anos a despachar seja o que for. Portanto, o que o Município pode fazer é requerer a licença para efectuar o tal desassoreamento, por si, e sem ela, nada fazer a não ser em situação de emergência, ou pressionar a Administração Central para o Fazer.


Lembram-se que, antigamente, havia uma carreira na função pública que era a dos Guarda-Rios? Existia para alguma coisita: o dito Guarda-Rios deslocava-se, a pé, ao longo das linhas de água, verificando o assoreamento e as retenções de água ao longo dos respectivos percursos, fossem elas derivadas de mão humana ou natural, reportando aos serviços os elementos constatados.

Esta carreira foi extinta na sanha destruidora do aparelho administrativo do Estado, obra sucessiva do chamado "arco do poder", no qual se integra o Partido Socialista, sózinho ou acompanhado.


Dá vontade de rir, não dá?


A ponte da Maria Delgada. Ainda Caeiros postulava ali para os lados da Praça do Município e fez uma pressão enorme, honra lhe seja feita, junto das entidades competentes para a situação quase dramática em que se encontrava aquela ponte. Logo os responsáveis dos ministérios competentes do Governo do Partido Socialista, se colocaram em campo, com promessas de intervenção imediatamente a seguir à reparação da ponte do Carregueiro, que ainda não tinha sequer começado, como se a coisa fosse começar a ser reparada já para a semana que vem.


Foram colocados limites à circulação rodoviária, designadamente a pesados com tonelagem superior a 20T, com colocação de diversa sinalização balizadora, etc. O festival do costume.


Até à data, NADA! ZERO! Mentiroso, gritam eles! Têm razão, não é verdade aquilo que EU disse.


Com as intempéries deste Inverno, os caudais da Maria Delgada voltaram a "sair da mãe" e devido a alguém ter feito uma obra jeitosa sob a linha da REFER, e de ter, involuntariamente, criado uma barragem com água suficiente para provocar danos eventualmente graves em algumas habitações e montes circundates, foi necessário derrubar parte da via férrea, cortando a via de saída de minério da Somincor e entrada de areia e cimento na mina.


Resultado: o minério voltou a circular por via rodoviária, atravessando a Vila de Almodôvar, em direcção à A2, o que rapidamente foi impedido pelo Presidente almodovarense. Em consequência, os camiões tinham que passar por Castro Verde, ou seja por cima da ponte da Maria Delgada, limitada a veículos até 20T, que qualquer um deles excedia.


Colocado o problema à Estradas de Portugal (?), logo se arranjou solução (?) técnica para ultrapassar o problema: o limite era de 20T, para cada sentido, cortando um sentido, alternadamente, o limite passa para 40T. Fácil, não?


Foi aqui que EU menti: o limite de tonelagem sobre a ponte passou de 20 para 40 toneladas. Aqui fica o mea culpa.


Logo se colocaram as parafernálias do costume, e foi necessário a esposa de um GNR bater num separador, para colocarem um sinal luminoso.


A Câmara foi a última a saber desta solução (?) técnica.


Isto tudo para dizer que, há anos que a Administração Central sabe do estado em que se encontra a ponte, e o anterior Governo do Partido Socialista prometeu resolver e deixou andar até esta situação se verificar.


Dá para rir, não dá?


Assim, e acreditando piamente que a Câmara Municipal de Castro Verde não deixaria de intervir, mesmo contraiando a lei, se as exigências de segurança de pessoas e bens se verificasse, creio que a proposta da oposição do Partido Socialista deveria ser directamente re-endereçada aos competentes órgãos da Administração Central.


Olhem, entretanto, só para não desatarem a chorar, percam lá o amor aos cinco euritos e vão lá fazer ioga para rir.

Digo eu...


O programa está no post anterior.

4 comentários:

  1. Muito bom!Deixe-me só dizer que este foi o seu melhor post até agora! Continue e Parabens pelo blog
    P.M

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  2. Terá sido escrito pelo candidato derrotado? A avaliar pela pobreza do texto tudo indica que sim ...

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  3. Aconselho-o vivamente a participar numa sessão de yoga do riso talvez lhe faça bem! É que esse constante azedume faz mal à saúde!

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  4. Azedume ou não, nos dias de hoje, e sendo que isto corre tão mal, não há nada como pregar uma boa gargalhada. Só ri quem quer.

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