Ainda ninguém aqui, ou noutro local qualquer, leu, escrito pela minha mão, que a votação de 7 de Junho seria um prenúncio daquilo que se irá verificar em Outubro.
Antes pelo contrário, até escrevi que se tratou, em Castro Verde, de uma situação atípica a vitória da CDU a nível local já que, normalmente, o Partido Socialista vence os escrutínios que não se destinam à eleição autárquica.
Há por aí umas mentes atormentadas com a realidade dos factos, consistente na vitória do PSD, e que ganhou porque o PS perdeu, não conseguindo obter mais votos que aquele, dado que, para além de perder 5 deputados, perdeu os votos que elegeram os dois deputados do CDS e mais dois eleitos do BE, que duplicou a votação, e que ainda contribuíram para o reforço da CDU, em termos de votos, e a manutenção dos dois deputados que já elegiam.
Acresce ainda que, pela primeira vez, a CDU consegue ganhar mais distritos que o PS: Beja, Évora e Setúbal.
Isto a nível nacional.
A nível concelhio, com o mesmo número de votantes (apenas mais 20), o PS perde 450 votos, a CDU ganha o concelho, crescendo 185 votos, o BE ganha 175 votos, o PSD e o CDS conseguem, juntos, mais 73 votos.
Curiosamente o crescimento que se verificou nos partidos da oposição somou 433 votos, mas isto, mais que uma conjectura é uma constatação .
Portanto, por muito que queiram negar, por muitas cabeçadas que dêem nas paredes, por muito fundo que queiram enterrar as cabeças, nada mudará estes factos, já verificados e vividos: o Partido Socialista perdeu a nível nacional e local.
E nem sequer podem dizer que foi só o Partido Socialista de Lisboa, porque o resultado por estas bandas também não foi nada famoso para o Partido Socialista de Castro Verde, o de cá.
Em Outubro logo se verá quem cantará vitória. A CDU não embandeira em arco. Se calhar outros não devem estar já a fazer contas ao molho dos borregos que ainda não foram paridos.
Digo eu, sei lá...
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