sábado, 25 de abril de 2009

Quando os Cravos Murcham

Uma das características em que se fundou o sucesso do Estado Novo consistia na capacidade de enganar e de omitir o povo português que, de uma forma impressionante, acreditou piamente em tudo o que o regime lhe quis impingir.

Ainda hoje há milhares e milhares de portugueses que acha que Portugal era um país rico antes do 25 de Abril, porque Salazar tinha os cofre cheios de ouro; que não havia inflação no tempo de Caetano, quando a inflação, desde 1970, esteve sempre acima dos 20%; que a guerra colonial se justificavaporque tinhamos um Império que nos tornava ricos, quando a despesa da guerra era superior à riqueza gerada pelas colónias; que a mioria dos mortos na guerra colonial haviam falecido em acidente de automóvel (pois a minas rebentavam debaixo dos camiões, nas picadas!) e não em combate.

E continuam hoje a acreditar em mitos bacocos destes.

E continuam a acreditar num primeiro ministro que, despudoradamente, afirma na televisão que o objectivo é facultar medicamentos genéricos aos pensionistas com pensões inferiores ao salério nacional, mas, pasme-se, só agora (no meio de uma crise económico financeira tão desmesuradamente profunda que nem se consegue aferira a sua verdadeira dimensão) tal é possível, não o sendo há três anos atrás.

É preciso ter lata.

Já estão a perceber o Presidente quando falou em acções de propaganda dispendiosa à custa do erário, não percebem?

E depois aparece de cravo vermelho ao peito, o tal que fica bem, especialmente a certos filhos da mãe.
São estas que fazem om que os cravos de Abril murchem cada vez mais.

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