quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Um Pouco de História Nunca Fez Mal a Ninguém




Em 1976, dando cumprimento ao determinado na Constituição aprovada em Abril, foi desencadeado o processo conducente às primeiras eleições autárquicas pós-25 de Abril.

Para esse acto eleitoral, O PCP (Partido Comunista Português), o MDP/CDE (Movimento Democrático Português) e a FSP (Frente Socialista Popular), juntamente com algumas individualidades não filiadas em qualquer partido, juntaram-se formaram uma coligação com fins eleitorais, a FEPU - Frente Eleitoral Povo Unido, que se manteve até 1978.


Em 1978, com o objectivo de avançar para um acordo mais profundo, que levasse, de igual forma, aqueles partidos a concorrer às eleições legislativas, foi fundada a APU - Aliança Povo Unido, já sem a Frente Socialista Popular, de Manuel Serra, o que provocou a alteração da designação inicial.

Assim, entre 1978 e 1983, a APU, integrou, para além do PCP e do MDP/CDE, muitos outros independentes, alguns dos quais oriundos da FSP.
A partir de 1983, às organizações políticas de origem, PCP e MDP/CDE, juntou-se o recém criado PEV - Partido Ecologista "Os Verdes", fruto da grande importância que foram ganhando os temas ambientais, designadamente na sequência das lutas levadas a efeito por toda a Europa contra a proliferação e instalação de armas nucleares e a construção irresponsável de centrais nucleares.


Em 1987, face à rotura que se verificou no MDP/CDE, que levou ao seu desaparecimento, as restantes forças da aliança, formaram uma coligação, a CDU - Coligação Democrática Unitária, à qual se juntaram antigos militantes do MDP/CDE, que formaram uma associação de intervenção política, designada ID - Intervenção Democrática.

É já com esta composição que a lei eleitoral é alterada, exigindo que os símbolos dos partidos integrassem a sigla das coligações, ou melhor, que as siglas das coligações fossem formadas pela junção dos símbolos das forças políticas partidárias que as compõem, é quando se chega ao actual símbolo da CDU/PCP-PEV, que não foi impeditivo de, em 1991, através um acordo específico, o deputado da UDP - União Democrática Popular, foi eleito para a Assembleia da República.

Como se vê, a CDU não nasceu no ano passado, nem foi um presente de Natal. É uma coligação política, com uma história feita em paralelo com o Partido Comunista Português, que tem o seu símbolo bem à mostra na sigla oficial da coligação.

Gostem ou não, foi assim, e é assim. Ninguém renega ninguém, assumindo cada qual as suas idiossincrasias.

1 comentário:

  1. Considero positivo que para as coisas objectivas haja semprer alguém para nos contar como foi...

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