segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Workshops e Amigos


Algumas pessoas têm-me questionado acerca dos critérios de selecção e contratação de pessoal, pelo Município, designadamente dos docentes/monitores que irão ministrar as actividades de animação do pré-escolar e de actividades extra-curriculares do 1º Ciclo.

E mais estranheza demonstram quando se sabe que a escolha para, pelo menos, uma das actividades, recaiu sobre pessoa que, à partida não possui as adequadas e consensuais habilitações para o fazer, o que é público e do conhecimento geral.

Já tentei informar-me melhor, para melhor responder, e a informação que me deram, timidamente, é que essa pessoa terá feito uns Workshops.

Percebi. Como sou licenciado em Direito, e se fizer uns workshops de dança, pelo Entrudanças, outros de arte dramática, numa qualquer colectividade e aprender a tocar viola num outro workshop qualquer, reunindo o meu tempo de serviço público, a minha conduta social impoluta e a minha integração na sociedade, reunirei as condições necessárias para ministrar aquelas actividades.

Falta-me só conhecer as pessoas certas para me seleccionarem, ou conhecendo-as, estar-lhes no goto.

Portanto, a resposta correcta às questões que me levantaram é: workshops e amigos.

Isso mesmo: Workshops e amigos!
Comentário e adenda
Acerca deste post, surgiu um comentário, perfeitamente legitimo, de quem injustamente se sentiu atingido.
E, de facto, depois de reler novamente o post, o mesmo leva a concluir que todos os seleccionados não possuem as necessárias habilitações, o que, como é óbvio, não é verdade. Que tenha conhecimento os professores/monitores das áreas de música e inglês são pessoas licenciadas nas respectivas áreas. O mesmo não se passa relativamente à área de expressão corporal, em que terá sido seleccionado pelo menos um professor com base nos tais workshops, repito, de acordo com informação que me foi passada por quem, pelo menos, deve saber o que diz.
Aos injustamente atingidos os meus pedidos de desculpas.
Assim sendo, corrijo o segundo e terceiro parágrafos deste post.

10 comentários:

  1. Já agora podiam também contar a história dos estágiários seleccionados para a Câmara. É que pelos vistos há por aí quem se queixe de ficar para trás por causa dos filhos dos partidários da CDU.

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  2. Bem, quanto entendimento na matéria... Consultou os currículos de cada um, foi? Ah não?! Pois... bem me parecia! Pensa que conhece as pessoas e as suas habilitações. Não generalize.

    Eu concorri a esse concurso, fiquei em terceiro lugar (para 2 vagas), entretanto fui chamado, porque abriu mais uma (vaga). E sinto-me lesado pelas suas palavras no blog.

    Ofende-me quando afirma que as pessoas seleccionadas “não possuem as adequadas e consensuais habilitações para o fazerem”, afirmando ainda que tal “é público e do conhecimento geral”.
    Mas desde já Sr. licenciado em Direito, eu lhe digo que sou licenciado em Desporto e estou muito capacitado para dar aulas de dança (ensinam isso na Univ.). Não sei se está a perceber… Desporto, actividade física, movimento, música, arte… Está tudo ligado na dança! Sinto-me completamente à vontade para ensinar a dançar, não só pelos conhecimentos que ao longo de toda a minha vida (não só na universidade) adquiri, mas também por paixão e vocação. E chegamos a um dos pontos que não gostei no seu artigo no blog. O facto de ironizar com os workshops do Entrudanças. Isto porque eu sou um dos poucos indivíduos de Castro Verde (que se contam pelos dedos das 2 mãos), que vai para esses eventos e participa. Não só nos workshops (por mais que se saiba, aprende-se sempre alguma coisa), mas nos bailes (de danças tradicionais - Entrudanças e Planície Mediterrânica). E é aí que se vê quem sabe dançar ou não! Conheço muitas danças tradicionais Europeias e Africanas, o suficiente para não parar num baile. Entende?

    E aí vem a outra parte da questão. Ok, até consegue dançar, mas sabe ensinar a dança?
    (hum… as cadeiras de pedagogia e didáctica não fazem parte de uma licenciatura em Desporto? Claro que sim). Respondido.
    Consegue trabalhar dentro das oitavas musicais e coreografar?

    É do conhecimento geral que eu em Castro Verde faço isso e muito. Dou aulas de aeróbica e step (entre outras). Não só danço, como coreografo. Respondido!

    Terceira parte da questão a formação em teatro, ou melhor expressão dramática: pois, sou actor amador desde 1995 e profissional desde 2006.
    Deixo-lhe apenas 2 exemplos:

    Integrei (em 2006) o elenco do espectáculo Nós Todos 3, da Companhia Arte Pública- Artes performativas de Beja. Representei Quim (um dos 3 irmãos). Este era um espectáculo musical infantil, composto por 8 actores/cantores, que esteve em digressão nacional entre Outubro e Dezembro de 2006. Tendo (o espectáculo) passado por cidades como Amadora, Beja, Castelo Branco, Vila Real de Santo António, por exemplo.

    Entre Maio e Julho de 2007, entrei no Espectáculo Gatos Assanhados, uma comédia para 2 actores, sobre a vida e obra do escritor Fialho de Almeida, da (produtora) Cocas Produções, onde representei o papel de Paulo.

    Continua a achar que as pessoas seleccionadas neste concurso ficaram com os lugares devido aos workshops e amigos? Dá-me vontade de rir! Amigos?! Tenho os meus, os de sempre… E esses não me contratam para dar aulas nas Câmaras. Workshops?! Frequento todos quantos quero e posso, tenham estes lugar em Lisboa ou em Viseu. Não vai querer um currículo detalhado, pois não?!

    Conselho final: Para a próxima pense um pouco mais antes de escrever o que quer que seja, sobre quem quer que seja. Sabe… há pessoas que gostam de responder. E ainda mais quando consideram que certos autores de certos textos em certos blogs, não têm razões para falar! Ah e falo só por mim, não o faço por mais ninguém que concorreu ao lugar de expressão dramática para o 1º CEB.

    Digo-lhe mais: Não fiquei com o lugar! Acabei por não aceitar.

    Saudações artísticas

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  3. A informação de que eu disponho, é a de que; a DGAL é que emitiu parecer sobre a situação, sendo seu entendimento que haveria uma imcompatibilidade. Tem a certeza de que queria referir estágios, ou um programa PEPAL?

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  4. Sr. António Guerreiro

    Parabéns pelo seu currículo, e fico muito stisfeito por saber que tem todas as ahabilitações necessárias para dar tantas áreas, e, com os necessários conhecimentos de pedagogia.
    E digo-o sinceramente, porque o meu filho será um dos ministrandos dessas aulas.
    Fico satisfeito em saber que o sr. se encontra satisfeito pelo lugar que obteve, e que at´+e arranjou algo ainda melhor.
    Não fico satisfeito em saber que pessoas, que pelos vistos não é o seu caso, sem formação de base, e à custa de uns quantos workshops consegue um lugar para ministrar aulas ao abrigo de um contrato público.
    Quanto ao frequentar ou não workhops, estou-me pura e simplesmente borrifando que o Sr António Guerreiro neles participe.
    Agora, e disso tenho a certeza, tais frequências não constituem currículo académico.
    Sr António Guerreiro, se não me conhece, basta perguntar quem sou. Se sentiu tão ofendido e atingido na sua honra, aja como entender.
    Faça o favor de vir a este espaço reconhecer que não censurei uma vírgula do seu texto, não vá alguém pensar isso também.

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  5. Apenas acrescentar, Sr. António Guerreiro, que não inventei a questão dos worshops. Foi uma informação que me foi dada por alguém que, se não sabe, deveria saber.

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  6. Peço desculpa pela invasão, referiram que davam aulas de step e de aerobica, e eu vivo há pouco tempo em castro verde e não estou bem informada, adorava frequentar estas modalidades mas não sei como.
    Agradecia que se tivessem alguma informação me contactassem pelo seguinte email: katia.marina@sapo.pt
    Muito obrigada.

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  7. Cara Catia

    Apenas lhe posso dizer que, segundo consta num papel que está na Cooperativa, o sr. António Guerreiro informa que dá aulas nessas modalidades.

    Passe por lá que está toda a informação necessária.

    Boa noite.

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  8. Parabens antonio! Fantastica resposta!
    O iluminado autor deste blog, como se diz na minha terra, até dá fastio.
    Fala do tudo e de todos num tom que denuncia uma esquizofrenia latente.
    A inveja é uma coisa muito feia.
    E assim não ha-de ter muitos amigos que lhe arrajem o tacho que tanto quer mas que nos outros tanto condena.

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  9. Sr Anónimo

    Não pretendo, ao comntrário do que apregoa, ser iluminado ou tachista.

    Reconheço-lhe o direito de anonimamente aqui vir expressar a sua opinião, memso sem o conhecer.

    Pelos vistos, apesar de saber o meu nome, não me conhece e pretende negar-me o direito a expressar a minha opinião acerca daquilo que bem entendo pronunciar-me.

    Neste caso em concreto, já fiz as correcções necessárias, e tenho pena que haja pessoas, pelos vistos com curriculos mais extensos que rolos de papel higiénico, que não percebam que aquilo que aqui quis salientar e criticar foi o facto de ter havido pessoas tecnicamente mais habilitadas preteridas em favor de outras que baseavam a sua aptência para leccionar determinadas actividades em workshops e oficinas diversas.

    Se não o quiseram entender tudo bem.

    Para terminar, Sr. Anónimo, vá chamar esquizofrénico a quem lhe fez as orelhas, que se forem tão perfeitas como o que tem dentro da cabeça, imagino a figura e a razão porque não se apresenta.

    Se quizer tirar dúvidas ou algum esclarecimento junto da minha pessoa, já sabe que estou ao dispôr.

    Não lhe desejo, obviamente, que tenha um bom ano.

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