sexta-feira, 20 de junho de 2008

Reacções Socialistas À Eleição de Caeiros



Demissão de Silvino Sequeira deixa autarcas da Lezíria do Tejo em “situação ingrata”.



Sousa Gomes lamenta que PS tenha perdido eleições para comissão executiva que vai gerir fundos comunitários para a região até 2013.



Negociações entre a CDU e o PSD levaram à eleição do autarca comunista de Castro Verde para representante dos municípios na comissão executiva do Programa Operacional do Alentejo. Fernando Sousa Caeiros (CDU) substitui Silvino Sequeira (PS), que recentemente decidiu abandonar o cargo para regressar à presidência da Câmara de Rio Maior. Desta vez os socialistas não conseguiram fazer vingar o seu candidato, o autarca do Gavião Jorge Martins.



O presidente da Câmara de Almeirim, Sousa Gomes (PS), reconhece que a demissão de Silvino deixou os autarcas da Lezíria do Tejo numa “situação ingrata” perante os seus pares alentejanos, já que em Setembro passado apostaram forte no lançamento da candidatura e na eleição do autarca de Rio Maior. Assume que ficou “pesaroso por o resultado não ter sido satisfatório” para as hostes socialistas, já que depositou “total apoio e confiança” no candidato do PS.



A eleição, realizada dia 12 em Évora, ficou marcada pela ausência da maioria dos presidentes de câmara da Lezíria do Tejo, que se fizeram representar por vereadores. Presentes apenas Paulo Caldas (Cartaxo), Sérgio Carrinho (Chamusca), Moita Flores (Santarém) e Carlos Nazaré (Rio Maior), que será brevemente substituído nas funções por Silvino Sequeira. Nenhum dos membros da direcção da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) – os socialistas Sousa Gomes (Almeirim) e Rosa do Céu (Alpiarça) e o comunista António Ganhão (Benavente) - esteve presente. Uma questão desvalorizada por Sousa Gomes. O presidente da CULT garante que as ausências não reflectem qualquer mal-estar com a situa-ção gerada pelo inesperado abandono de Silvino Sequeira.



Refira-se ainda que os municípios socialistas de Golegã e Ponte de Sôr não se fizeram representar na eleição, o que retirou logo à partida dois votos ao candidato socialista. O presidente da Câmara da Golegã justifica a ausência com questões de agenda. Nesse mesmo dia havia reunião do executivo. “Não houve nenhuma atitude de menosprezo ou de falta de atenção”, diz Veiga Maltez (PS), que lamenta a demissão de Silvino Sequeira.



Durante a reunião que culminou nas eleições, houve algumas intervenções críticas à atitude de Silvino Sequeira. Moita Flores, um dos autarcas do PSD que negociou com a CDU, confessou o seu apreço pelo autarca de Rio Maior mas disse não compreender a sua demissão do POA. “Seria coerente se alegasse esses problemas pessoais e se retirasse da vida política. Mas sair para ir para a câmara não faz muito sentido”, diz o autarca de Santarém.



Socialistas desalinhados



Apesar do voto ter sido secreto, a matemática garante que houve pelo menos um município socialista a votar na lista do rival comunista. A soma dos votos da CDU (20), do PSD (8), do Bloco de Esquerda (1) e de um movimento independente (1) garantia apenas 30 votos. E a lista vencedora teve 31 votos, contra 25 da derrotada. Refira-se que o PS é a força maioritária no território da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), com 28 municípios.



Recorde-se que Silvino Sequeira foi eleito com os votos de todos os municípios da CULT e da maior parte das câmaras socialistas alentejanas, que se uniram em torno da sua candidatura e permitiram então uma vitória clara sobre o candidato comunista. Silvino Sequeira (PS) foi eleito a 5 de Setembro de 2007 com 32 votos a favor, tendo vencido na altura o ex-autarca de Évora Abílio Fernandes, que conquistou os restantes 26 votos dos 58 municípios abrangidos pelo POA.



A comissão executiva do Programa Operacional do Alentejo é liderada pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Maria Leal Monteiro, integrando quatro vogais, dois executivos (um representante dos autarcas e outro do Governo) e dois não executivos. O Programa Operacional do Alentejo integra cinco NUT II (unidades territoriais para fins estatísticos) – Alentejo Litoral (que inclui quatro concelhos do distrito de Setúbal), Baixo Alentejo (distrito de Beja), Alto Alentejo (distrito de Portalegre), Alentejo Central (distrito de Évora) e, a partir deste quadro comunitário de apoio, a Lezíria do Tejo (10 municípios do distrito de Santarém e um de Lisboa), num total de 58 municípios.










Comentário:




1º Parece que no PS também há um Rato Mickey.

2º Já se sabia que a eleição de Caeiros não iria agradar sobremaneira o Partido Socialista, mas CDU, por CDU, antes este que outro mais ortodoxo.

3º Caeiros vai ter a dificil tarefa de contrariar as tendências de favorecimeto dos municipio do PS, na atribuição de verbas do PORA. Mas a tarefa da outra parte também não vai ser fácil. Não vai, não.


3 comentários:

  1. 1º O Rato Mickey é esperto e ladino que nem um ... rato! Resolve sempre as situações mais mirambolantes e tem o se quê de detective

    2º Neste ponto faço minhas as suas palavras

    3º mais uma vez estou totalmente de acordo consigo. Obviamente que Caeiros e a outra parte não vão "facilitar a vida" um ao outro. Ninguém vai ser pera doce para ninguém

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  2. Consultem o ANUÁRIO FINANCEIRO DOS MUNÍCIPIOS PORUGUESES 2006 !

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  3. que o ps ja tinha o recorde de pinoquos e de feijões frades já sabia, agora acrescento-lhe um rato mikey. na verdade a politica portuguesa é feita de personagens de BD de segunda qualidade

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