domingo, 18 de maio de 2008

Porquê?

Se há coisa que os cidadãos estranham, seja em que lugar for, é encontrar investimentos públicos, centrais ou locais, com uso inadequado, insuficiente, ou, meramente, sem uso algum.


Há uns dias alguém, e bem, questionou a utilidade de uma famosa pála construída na zona de Alcântara, mesmo por baixo da Ponte 25 de Abril.


Parece que aquilo fazia parte de um complexo de edificações, do Porto de Lisboa, e terá custado à sua Administração, empresa pública, a módica quantia de 600.000€, qualquer coisita como 120.000 contos.


Também parece que, como a construção do que falta não avança, a estrutura tem sido aproveitada para uns concertos e umas exposições.


Ao comum cidadão importa acima de tudo saber como se gastam e por onde vão os fundos angariados pelo erário, não achando particular graça aos inúmeros monos que vão surgindo um pouco por todo o país.


Castro Verde tem também tem a sua quota parte.


Equipamentos pouco utilizados, não por falta de oferta de eventos, mas por excesso de equipamentos, são conhecidos de todos, sendo o caso mais grave o do Pavilhão de Mostras e Exposições do Largo da Feira, que ainda o povo anda à procura de saber para que serve ao certo.
Mas, muito mais corriqueiro e prosaico, é a situação do cruzamento das Ruas de Aljustrel, de Casével e Avenida General Humberto Delgado.


É um cruzamento difícil, que, mereceu a instalação de um conjunto de semáforos.


O que não se compreende é porque é que há meses que os ditos estão instalados e se mantêm desligados.


Note-se que não estou contra os semáforos. Antes pelo contrário, sempre defendi a sua instalação como uma das soluções, afastadas que foram outras, no meu entender, mais agradáveis paisagisticamente. O que me custa é saber que alguém sabe porque é que os sinais não são ligados, mas não deixam saber quem deve saber: a população.


Um bocadito de informação à população não fazia mal nenhum.

Aliás, de dia para dia vão-se ouvindo cada vez mais reparos quanto à falta de informação a que a Câmara Municipal vota a população, sendo que o órgão oficial, O Campaniço, é, acima de tudo, um óptimo veículo de propaganda pessoal de quem o dirige, mas muito parco relativamente às questões acerca da quais a população gostava de estar mais esclarecida.

Penso eu.

6 comentários:

  1. 600 000 euros = 300 000 contos só para um jurista!

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  2. Boa noite

    Touché!

    Obrigado pelo reparo.

    De facto, neste caso até seria bom, significaria que o estrago não teria sido tão grande.

    Como conheço pessoalmente a estrutura e considero que 300.000 contos seriam uma exorbitância, nem reparei na patada quando escrevi o blog.

    Assim tenho que lhe agradecer duplamente: por ter chamado a atenção para o erro, e por ter passado por cá.

    Volte.

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  3. você pouco sabe de números. Aliás, pouco parece saber de alguma coisa. Aqui e na Conchichina 600 mil euros são 120 mil contos. Basta fazerem as contas. Se em política forem tão bons como em matemática (como são) é caso para a gente pensar: o que faz gente desta a querer, tão sofregamente, o poleiro? Será só uma questão de números ou lá no fundo do fundo destas mentes terão algum projecto ou alguma ideia que consiga caminhar por si mesma? Sinceramente: não me parece. Au revoir. Um caminhante

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  4. Senhor anónimo

    Errare humanum est.

    Até mesmo duas vezes.

    Tal como não é vergonha agradecer duas vezes, dado que lhe agradeço a por me chamar a tenção por duas vezes.

    Quanto ao resto.

    Não sei quem é o senhor, nem tenho grande interesse em sabê-lo, na mais pura realidade.

    Como tal também não si se me conhece, para afirmar duas coisas: que pouco paracer saber de alguma coisa, e que eu quero sofregamente o poleiro.

    Acerca da primeira, são oipiniões.

    Acerca da segunda, não sei em que é que se baseia para afirmar tal, quando eu refuto, publicamente, o ser candidadto, seja oa que fôr, inclusive, candidato a candidato.

    Como, se me conhecesse, saberia do segundo, tenho que deduzir que V.Ex.º me é completamente estranho, pelo que não sei se aceito muito bem a sua conversa.

    De qualquer das formas, e porque não quero que me venham acusar de não publicar os comentários que me são desfavoráveis, aqui fica o seu (triste) comentário a um post que me saiu com as contas ... furadas.

    Passe bem

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  5. Cento e vinte mil contos é um número bonito para o ovil do Largo da Feira. Já serviu para quê? E assim se vai o dinheiro da Derrama e não só!
    Grande gestão dos dinheiros públicos!
    Que ninguém questione, porque quetionar é usar a canalhice e levantar suspeitas sobre pessoas cuja idoneidade é inquestionável!
    Realmente o problema deste país, é a falta de educação!

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  6. Boa noite

    está bem de ver que esse é o maior problema deste país.

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