sexta-feira, 28 de novembro de 2008

XVIII Congresso do PCP



Este fim-de-semana, em Lisboa, no Campo Pequeno

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A Blogosfera Tem Destas Curiosidades


As eleições municipais de 1908


A Internet tem destas curiosidades:


«Neste dia 1 de Novembro, passa o primeiro Centenário das eleições municipais em Portugal que deram ao Partido Republicano Português (P.R.P.) uma expressividade inédita nalgumas localidades, com especial destaque para Lisboa, onde o executivo camarário passou a ser totalmente republicano (...)

«À Urna pela Lista Republicana!»

Esta inscrição, extraída do título das Comemorações do Centenário da Primeira Vereação Republicana em Lisboa, das quais sou membro da sua Comissão Executiva, também serve de mote a algumas palavras evocativas da conquista dos republicanos em diferentes municípios portugueses, provocando o gérmen de novas políticas urbanas, raiadas de utopia e de espírito de missão para construir um tempo novo.
As vitórias republicanas situaram-se em Lisboa, Alcochete, Aldeia Galega (actual Montijo), Almeirim, Benavente, Castro Verde, Cuba, Grândola, Lagos, Moita, Odemira e S. Tiago de Cacém e acabaram por servir de ensaio para a implantação do novo regime, dois anos depois. Para além destes 12 municípios, totalmente republicanos, o P.R.P. teve alguma expressão nos concelhos de Abrantes, Alvito, Barquinha, Caldas da Rainha, Cartaxo, Castendo, Castro Daire, Constância, Crato, Nazaré, Paços de Ferreira, Penalva do Castelo, Penedono, Porto, Ponte de Sor, Porto de Mós, Régua, Silves, Sobral do Monte Agraço, Sousel e Vila Franca de Xira.(...)»





Comentário


Pois é: às vezes encontramos coisas engraçadas na internet e na blogosfera.


Através deste post ficamos a saber duas coisas curiosas: que em 1908 se realizaram as primeiras eleições autárquicas; que em Castro Verde venceu o Partido Republicano Português.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

manifestação de Professores em Beja - 28 de Novembro de 2008

Professores continuam a sua luta pela alteração do Estatuto da Carreira Docente e pela suspensão do modelo de avaliação de desempenho.

No Largo de S. João, em Beja, pelas 17H30 de 28 de Novembro de 2008

domingo, 23 de novembro de 2008

De Zé a Dr. José foi só um passo


Concelhia do BE dá negativa a Sá Fernandes e admite retirar-lhe confiança política
Hoje às 17:47

A concelhia do Bloco de Esquerda (BE) de Lisboa faz uma «avaliação negativa do mandato» de José Sá Fernandes na Câmara de Lisboa, admitindo retirar-lhe confiança política da estrutura.
A direcção da concelhia do BE/Lisboa tem já pronto um documento sobre a avaliação do mandato de Sá Fernandes, advogado independente eleito nas listas do Bloco, e que será analisada numa reunião do plenário de militantes, terça-feira à noite, em Lisboa.
Apesar de não ter sido divulgado, fonte do BE, citada pela agência Lusa, diz que o balanço feito pela direcção de Lisboa do trabalho de Sá Fernandes «é negativo».
A reunião da concelhia acontece um dia depois da prevista transferência de novos pelouros para José Sá Fernandes, segundo noticiou sábado o semanário «Expresso», no executivo do município de Lisboa, liderado pelo socialista António Costa.
O Bloco de Esquerda tem um acordo com o PS, no âmbito do qual António Costa atribuiu a Sá Fernandes o pelouro dos Espaços Verdes.
As divergências entre Sá Fernandes e o BE/Lisboa são antigas, tendo a concelhia acusado o vereador, em Julho, de se ter remetido a um «mero voto seguidista» na aprovação na generalidade da alteração dos estatutos da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).
Contactado pela Lusa, o líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, evitou comentar a reunião de terça-feira, mas admitiu que «a distância» entre o partido e o seu vereador na câmara de Lisboa «é muito grande».

Comentário

Que o Directório e a demais estruturas do BE se sintam enganadas, até se admite e compreende o embaraço e se aceita o afastamento.
Mas, e quem explica aos eleitores do Bloco de Esquerda em Lisboa que o seu voto foi, na realidade, em António Costa e no PS?

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Financial Times Elege Teixeira dos Santos Como o Pior Ministro das Finanças



Financial Times elege Teixeira dos Santos como o pior ministro
18 NOV 08 às 13:58

Teixeira dos Santos foi considerado o pior ministro das Finanças pelo Jornal Financial Times, que avaliou o desempenho dos responsáveis das Finanças de 19 países da União Europeia. O melhor ministro foi o da Finlândia.
O Financial Times teve em conta os indicadores económicos de cada país e a opinião de um painel de especialistas.
Ao ministro português foi atribuída a pior «performance» política, revelando um fraco perfil a nível europeu.
Teixeira dos Santos está também entre os ministros europeus com o pior desempenho a nível macroeconómico, ainda assim melhor do que os ministros espanhol e britânico.
Apenas na apreciação relativa à estabilidade é que Teixeira dos Santos consegue uma posição melhor - a 11ª entre os 19 países deste ranking.
O melhor ministro das Finanças é o da Finlândia que ganhou pontos graças à estabilidade do sistema financeiro e ao equilíbrio orçamental.





Comentário


Porque é que será que tenho a leve sensação de que não nos estão a dar nenhuma notícia de que não tivessemos já conhecimento?....

Onde é que eu já vi isto?


Relativamente poucas vezes se vê um político congregar ferozes oposições que abranjam to o arco político, da esquerda à direita, mesmo que por razões diversas, mas que pretendem o mesmo objectivo.

A equipa do Ministério da Educação conseguiu congregar esse sentimento até mesmo dentro do seu próprio partido, sendo certo que o Partido Socialista era dominante entre a classe dos docentes.

Eles conseguem ser os únicos a estarem certos: todos os restantes agentes da educação estão errados. Pelo menos a esmagadora maioria que está em desacordo com o processo de avaliação dos docentes e, agora, também, com o Estatuto do Aluno, e o famigerado despacho "aclarativo" que mais não é que um atestado de incompetência à classe docente, passado por um Secretário de Estado que ainda não deu mostras de competência, nem política nem pedagógica ao longo da sua vida política e de docente, respectivamente.

Agora até os pais, à excepção do inefável Albino Almeida, que neste momento não tem legitimidade moral para falar pelos pais, dada a sua colagem inqualificável ao poder, compreendem que a razão está do lado dos professores, e não do M.E. como a RTP gosta muito de fazer transparecer.


Faz lembrar aquela do militar que ia com o passo trocado, mas dizia que o resto do batalhão é que ia fora da cadência.

Faz também lembrar um determinado regime que defendia o orgulhosamente sós, e que consegui congregar a discordância do mundo inteiro, mas que se considerava detentor da razão.

Sócrates, Lurdes Rodrigues e Salazar estão bons uns para os outros, e a eles podem-se juntar todos aqueles que por acção e omissão contribuíram para criar este clima de crispação na educação.


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Propaganda Política Desavergonhada









Para onde foi o Magalhães?


O que aconteceu ainda está por se saber. Se por um lado a directora Regional de Educação do Norte garante ser falso que os alunos de uma escola de Ponte de Lima tenham sido obrigados a devolver os computadores Magalhães, Artur Correia, pai de um aluno citado pelo Correio da Manhã, refere que "os computadores foram como uma faísca. Vieram e esfumaram-se logo", referindo-se à recolha dos equipamentos após a apresentação dos mesmos às crianças. Em causa está a mais recente polémica a envolver o computador de baixo-custo português. Ao que tudo indica, mais de duas centenas de alunos foram colocados nas salas de aula e "apresentados" ao Magalhães. Foram feitos discursos, tiradas fotografias e, logo após as cerimónias da passada quarta-feira os portáteis foram recolhidos e armazenados na escola. Margarida Moreira, responsável da Direcção Regional de Educação do Norte, desmente e, em declarações à Lusa, refere que os portáteis não foram retirados e garante que os computadores apenas estão na escola até que os alunos se socializem com a nova ferramenta.




Comentário


Já tinha ouvido qualquer coisa neste sentido.


A ser verdade, trata-se de uma abusiva utilização das crianças pela máquina de propaganda do Governo.


Só espero que, quando algumas crianças aparecerem nos tempos de antena do Partido Socialista algum pai com eles no sítio pregue com um Magalhães nos cornos de alguém.


Perdoe-me a crueza das palavras.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

GOP 2009 - Encontros com a população

Parece que a adesão da população das freguesias tem sido assinalável, pelo que se confirma a justeza da medida da realização destes encontros que, em meu entender devem ir para além deste período de preparação dos documentos previsionais.

Note-se que se trata de dar à população a mera possibilidade de se manifestar, quanto aos seus anseios, junto dos seus eleitos.

Hoje é o encontro agendado para Castro Verde.

Conto estar presente.

No entanto, no sentido de dar a conhecer aos que não vão estar presentes, ou perante uma impossibilidade manifesta de comparecer, deixo aqui algumas medidas que gostaria de ver contempladas no Plano de Actividades, já agora com a respectiva dotação orçamental:

- Auditoria técnica, externa, ao sistema de distribuição de águas de consumo doméstico.

- Arranjo do Parque Infantil.

- Ligação rodoviária entre a Rua de Timor Lorosae e a zona do campo pelado do Estádio Municipal.

- Reordenamento do trânsito nas ruas envolventes da escolas do 1º e Ciclo e Pré escolar.

- Criação de empresa Municipal para gestão do parque de campismo, e entrada deste ao serviço, no mais curto espaço de tempo.

Estas são apenas algumas ideias com que gostaria de contribuir para organização do Plano de Actividades. Outras mais haveriam, mas não são exequíveis em período pré-eleitoral, como a recuperação da Estrada entre Castro Verde e Santa Bárbara, pelo que ficam para outras núpcias...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MALDADE!


No primórdios do presente ano veio a lume a notícia de que os aposentados da função pública iriam passar a descontar 14 meses para a ADSE, e não os 12 a que estavam habituados e que eram cobrados aos funcionários em actividade de funções.

Salta o Ministro para as páginas dos jornais, que se tratava de um erro, um engano, que seria corrigido rapidamente.

O rapidamente deu para chegar até ao fim do ano sem correcção nenhuma.

Pelo contrário. A correcção do engano veio na forma de confirmação da medida, com o anúncio, em brinde, que os novos contratados da função pública irão descontar os tais 14 meses desde o momento em que iniciarem a actividade.

Afinal, e havemos de lá chegar, o objectivo, mesmo, é de pôr todos os funcionários, aposentados ou no activo, a fazer descontos para ADSE sobre os 14 vencimentos que auferem anualmente.

Dirão os trabalhadores do sector privado que a eles não lhes toca. Estejam descansados que o Ministro Teixeira dos Santos há-de descobrir mais esse erro, ou engano.

Mas, a coisa não acaba aqui. Ontem o Ministério da Finanças vieram declarar que os aposentados não vão ser prejudicados, porque se trata de manter o mecanismo de descontos existente.

Pronto. O erro passou a mecanismo existente e em vigor.

Perguntam: onde está a maldade.

A maldade está no facto de esta medida, se por um lado não deixará, concerteza, os atingidos mais pobres, pelo menos os aposentados com rendimentos superiores a determinado montante, também, concerteza, não irá salvar a ADSE da situação em que se encontra.

Creio até, que se fizermos as contas, o que vão cobrar não chega para pagar apenas e só as mordomias dos administradores da dita.

Há vinte anos, estava na tropa, e um chefe ensinou-me (sim, porque na tropa também se aprendem umas coisas) que o maior parvo é aquele que prejudica deliberadamente alguém, e não retira nenhum proveito de facto.
Cheira-me que, e perdoem-me a franqueza, tanto ministro como secretário de estado são dois parvos que para aí andam.

Maldade, porque, mentindo descaradamente, aliás, como tem mentido desde que foi para o governo, o ministro vem dizer que existe um erro que vai ser corrigido, e, passados meses, vem confirmar como boa a decisão que antes reconhecera como erro.

Maldade porque confirma o erro e ilude que ninguém vai ser prejudicado porque o sistema já se encontra em vigor.

Maldade porque em nome e às custas deste povo estão no governo, e mentem-lhe descarada e despudoradamente de cada vez que aparecem na TV.
Maldade porque isto não é política, é malformação de carácter e personalidade, e estes comportamentos são são possíveis em pessoas de maus fundos, e com uma compulsividade para a mentira, passível de estudo psiquiátrico.







GOP 2009 - Câmara de Castro Verde Promove Encontros com as Populações



Autarquia está a promover encontros de Preparação das Grandes Opções do Plano - Participe!
13/11/2008

A Câmara Municipal de Castro Verde vai promover encontros com as Juntas de Freguesia e a população, com o objectivo de definir prioridades e reunir contributos, para a elaboração das Grandes Opções do Plano 2009.


Os encontros estão agendados nas seguintes datas:

• 12 de Novembro, 20h30 – S. Marcos da Atabueira, na Antiga Escola Primária;

• 13 de Novembro, 20h30 – Casével, no Centro de Convívio;

• 14 de Novembro, 18h00 – Sta. Bárbara de Padrões, na Junta de Freguesia;

• 14 de Novembro, 20h30 – Entradas, no Pólo da Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca.

• 17 de Novembro, 21h00 – Castro Verde, na Junta de Freguesia;




Só hoje tive conhecimento deste facto, pelo que se pede desculpa pelo atraso na informação.


Para os encontros que ainda vão a tempo - Entradas, Santa Bárbara de Padrões e Castro Verde, aconselho à participação.


É bom saber, e ajudar a tornar público, que a nossa autarquia pratica a preparação participada dos documentos previsionais.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

INFANTIS





JS diz ser incompreensível como alguns socialistas se deixam "capturar" por discurso dos sindicatos


Lisboa, 12 Nov (Lusa) - A Juventude Socialista (JS) acusou hoje os sindicatos de instrumentalizar os professores, considerando incompreensível que alguns socialistas se deixem "capturar" pelo seu discurso.

"Não compreendemos que alguns socialistas se deixem capturar por este discurso. Não percebemos a sua radicalização e a sua incapacidade de ver algo de positivo nas políticas implementadas. Não nos parece democrático, nem tão pouco socialista", refere o secretariado nacional da JS em comunicado.

Recusando participar ou contribuir para a "campanha de descrédito" em relação às políticas de Educação do Governo que está a ser "montada" por alguns partidos e sindicatos, a JS admite, contudo, compreender alguns dos motivos que levaram os professores a manifestarem-se, como a avaliação e o Estatuto da Carreira Docente, "especialmente porque afectam a vida das pessoas".

Porém, acrescenta a JS, "é fundamental e absolutamente necessária a avaliação dos professores, como acontece com qualquer profissão".

Por isso, continuam os jovens socialistas, as mudanças deverão ser graduais, dando tempo de adaptação aos professores.

"Encaramos, por isso, como um sinal positivo o facto da avaliação não contar para a progressão nos próximos anos. Percebemos a vontade do Ministério da Educação de dar tempo para se poder testar este modelo de avaliação e melhorá-lo antes de começar a contar para a progressão.


Não percebemos a reacção dos sindicatos de ignorar este gesto", salienta a JS.

Os jovens socialistas sublinham, a este propósito, que a existir diálogo, os sindicatos também têm de mostrar disponibilidade e "acabar com a actual posição irredutível, que confirma as suspeitas de quem acha que estes têm uma agenda que vai contra os reais interesses dos professores".

No comunicado, a JS assinala ainda a atitude do Governo ao longo deste processo, considerando que o executivo de José Sócrates "sempre esteve disponível para ouvir os professores e questionar as suas políticas".

Prova disso, argumentam, foi o acordo obtido, tendo sido os sindicatos a quebrar com o que foi assinado.

"Para a JS é inadmissível que se assuma a posição de procurar desacreditar todo o trabalho e as importantes reformas que têm sido implementadas pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Ensino Superior", sublinham ainda os jovens socialistas.


Na nota enviada à comunicação social, a JS pergunta ainda como é possível "ignorar" alguns resultados alcançados nos últimos anos, nomeadamente o "aumento histórico" do número de alunos no ensino secundário e no ensino superior, o facto de todos os estudantes do ensino básico terem agora acesso ao inglês, o reforço do apoio no abono de famílias ou a disponibilização de computadores a baixo preço para todos os alunos.

"Como se pode, sabendo destes dados, afirmar que não foi valorizada a escola pública ou que não se está a procurar esbater desigualdades? Como se pode reduzir todo este trabalho a manipulação estatística? Como é possível ignorar os efeitos positivos na vida futura dos alunos e das suas famílias", questiona ainda a JS.




Comentário


Não posso comentar este comunitado dos Jotas do PS porque estaria aqui o resto da noite a desmontar, ponto por ponto, devidamente embrulhado num conto de fadas, todos os engodos em que estes jovens se deixaram "capturar".


Só faltava aqui uma frase do género: "e depois fomos todos de combóio com o coelhinho ao circo" e terminaria com um "e viveram felizes para sempre".


Fica sempre bem.


Olhem ... cresçam!

O vosso logotipo mostra bem como andam enrolados pela rosa!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

FASCISMO III - Sócrates, Pinho e Sebastião

Consta por aí, concerteza nos círculos mais comunistas do país, como a SIC, a TVI e a RTP, que um dado ministro do actual governo, enquanto gestor de um fundo de um determinado banco, passou procuração a um director do Banco supervisor do seu banco, para que outorgasse uma escritura de compra e venda de um imóvel pertença do fundo que ele próprio, o actual Ministro, geria.Adicionar imagem


Depois, assinaram entre si, contrato de promessa de compra e venda de uma fracção do dito imóvel.


Passados uns tempos, ainda a procuração não tinha caducado, eis que o actual ministro convida o então director do banco supervisor par presidir uma entidade, supostamente para ser independente, mas que depende do dito ministro.


Diz que foi devido ao currículo...




O primeiro ministro, veio, nas mesmas declarações em que zurziu nos professores por quererem violar a lei, dizer que não via nada de anormal na situação acima descrita, e que mantinha total confiança, tanto no ministro/gestor de fundos como no director supervisor/presidente da tal entidade, e que a escolha deste se deve, única e exclusivamente, ao seu currículo e carácter impoluto.



Primeiro - é imoral um primeiro ministro dizer uma coisa destas, sendo-lhe exível, não pela pessoa (que da pessoa nada se espera) mas do cargo que exerce, algum recato.

Segundo - aquele negócio tem uma classificação legal clara: negócio consigo (actual ministro) próprio (actual ministro), e é punível pela lei, a mesma que o primeiro ministro exige que os professores respeitam.

Terceiro - Este caso vem confirmar a democracia socraciana, porque só alguns é que levam.


Quarto - Chamem-se os actores desta ópera bufa, pelos nomes, :


  • Actual ministro, e então gestor do fundo do BES - Manuel Pinho

  • Actual Presidente da Entidade Regualdora da Concorrência, então director do Banco de Portugal (supervisor do sistema bancário português onde se insere o BES) e procurador de Manuel Pinho na compra do imóvel pertencente ao fundo do BES, e promitente comprador de uma fracção do mesmo imóvel - Manuel Sebastião.

  • Primeiro ministro conivente com esta história, a partir do momento em que a mesma se tornou pública, e que olha para o lado para não ver, e mantém o status quad - José Sócrates.

  • Os que levam por violar ou incumprir a lei - os professores

  • Os que se safam - os dois primeiros.


Viva a democracia burguesa socraciana!!!

FASCISMO II - Não Aceito que os Professores não cumpram a Lei



Ouvi hoje, estupefacto, na televisão, em horário nobre, o Primeiro Ministro Sócrates a afirmar naquele seu tom solene muito peculiar que usa quando debita as suas fecais sentenças, não aceitar que os professores não cumpram a lei (da avaliação dos docentes), porque a lei é para cumprir, e era o que faltava (outra expressão que ele gosta muito de usar) serem os professores, logo os professores, a violarem o seu cumprimento.

Primeiro - uma das características da lei, é ser passível de ser violada, não cumprida, total com integralmente, com as necessárias consequências para que viola ou incumpre os normativos em vigor.

Segundo - Uma das características dos regimes fascistas, do tipo daquele que governou durante quatro décadas este mesmo país, era a sua intolerância relativamente àqueles que discordavam do pensar do Chefe de Governo, que eram punidos pelo crime de desobediência, portanto, por violarem a lei, ou não a cumprirem, por manifestarem por palavras ou actos a sua discordância para com ela, sendo apelidados de comunistas, tal como o fez a Ministra da Educação.

Terceiro - Temos que admitir que Salazar era muito mais democrático quanto a estas questões da violação ou incumprimento da lei, porque a sanção era extensível a todos pela mesma medida, fossem eles professores que não concordassem com a lei que os fosse avaliar, os operários do arsenal que fizessem greve, ou simplesmente, o indigente que dissesse que tinha fome.

Quarto - Do ponto terceiro nasceu o velho brocardo: "ou há democracia, ou levam todos".

Quinto - O Senhor Primeiro Ministro esqueceu-se que, há mais de 30 anos, caiu o tal regime.
Sexto - Contra o qual lutou aquele que a Ministra da Educação acusa de a insultar e caluniar por dizer que ela, e o governo a que pertence, está a agir mal.

Sexto - O Primeiro Ministro é a personificação de que, de facto os professores portugueses precisam de ser avaliados, porque num país a sério, ele não seria engenheiro, muito menos civil.




FASCISMO I - Tribunal de Viseu Condena Jovens da JCP por Pintarem Mural




Tribunal condena jovens da JCP por pintarem mural


A juíza não considerou a "liberdade de expressão um direito absoluto" e os dois jovens militantes da JCP que pintaram um mural de propaganda em Viseu acabaram ontem condenados. A propaganda tem espaços próprios cedidos pela câmara, o que não era o caso do viaduto, justificou.


Odete Santos diz que em Viseu "falta democracia"O Tribunal de Viseu aplicou uma pena de multa de 350 euros a dois militantes da Juventude Comunista Portuguesa, condenados por um crime de dano simples. O crime foi a pintura de um mural onde anunciavam o congresso da JCP. Os jovens foram ainda condenados ao pagamento de uma indemnização à Câmara Municipal de Viseu (CMV) de 102 euros.


A defesa, a cargo da antiga deputada Odete Santos, anunciou o recurso da decisão, "até à última instância", e considerou que Viseu "é uma terra conservadora e com falta de democracia".A 11 de Abril de 2006, cerca das 23.00, Luís Barata e Catarina Pereira, de 25 e 29 anos, estavam a pintar o mural, no viaduto do Hospital, quando foram identificados pela PSP de Viseu.


A Câmara de Viseu, proprietária da infra-estrutura apresentou queixa e constituiu-se assistente no processo. Ontem no tribunal apenas compareceu Luís. Catarina foi mãe esta semana e pediu escusa.


O Tribunal considerou provado todos os factos da acusação e sustentou a sua decisão no facto de a afixação de propaganda ser "garantida aos partidos políticos nos espaços cedidos pelas câmaras, o que não era o caso do viaduto". A juíza que presidiu à sessão considerou ainda que os jovens pintaram uma inscrição e não um mural. "Um mural tem pictografia e apela a memórias", justificou. No entender do tribunal "a CMV agiu legitimamente e não podia proceder à remoção da inscrição porque o viaduto não é amovível".


No entendimento da juíza "a liberdade de expressão, garantida num Estado de direito, não é um direito absoluto. Acaba onde começa a liberdade dos outros e neste caso colidiu com o direito de propriedade que se lhe sobrepõe". Argumentos que não convenceram Odete Santos. Apesar disso, a antiga deputada não se mostrou surpreendida com a decisão. "Quando se pergunta ao arguido se pediu autorização à Câmara para fazer uma inscrição mural é estar a restabelecer a censura prévia", afirmou.


Odete Santos garantiu que irá recorrer da decisão porque "a propaganda política não está dependente de autorização nenhuma e o viaduto não está proibido por lei". A advogada criticou ainda o tribunal por "fazer uma distinção entre pintura mural e inscrição mural, quando a própria lei se aplica às inscrições e pinturas murais".


Odete considerou que a sentença "foi um desconhecimento da jurisprudência muito rica que há" e lembrou um acórdão do Tribunal Constitucional que concluiu que o facto de a lei delimitar os locais reservados, "não quer dizer que não pudesse ser feito fora desses locais".Num comentário político, a militante comunista disse que "o concelho de Viseu é conservador e o único onde neste país se condenam pessoas por fazer inscrições murais".


A advogada apontou o exemplo do sul do país, "onde a CDU tem a maioria nas câmaras e se cumprem as regras da democracia", concluiu. Odete Santos mostrou-se esperançada no recurso e garantiu que irá recorrer até ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, "por violação da Convenção Europeia dos Direitos do Homem que garante um direito fundamental que é o direito à liberdade de expressão".


Já Filipe Marques, advogado municipal lembrou que este "é um processo judicial relativo a um crime de dano e a sentença apenas o reflectiu", acrescentou.


Para já o recurso impede os jovens de concretizarem a sentença: uma multa de 50 dias à taxa diária de sete euros e, solidariamente, 102 euros de indemnização à CMV.




Comentário


Aquela de a CMV não poder remover a inscrição porque o viaduto não é amovível é um mimo das decisões judiciais.


Será que já ouviu falar de jacto de areia?


E o dano de 102 euros? Refere-se ao preço do viaduto? À demolição do viaduto? Não deve ter sido referente à remoção da inscrição, pois o viaduto não é amovível. Ou será?


E em quanto terão montado os custos da CMV com o processo? Seria curioso saber, não seria?

Capricho e Soberba

CAPRICHO E SOBERBA
Baptista-Bastos Escritor e jornalista b.bastos@netcabo.pt





Cento e vinte mil mil professores na rua não emocionaram o Governo. A ministra e Sócrates afirmaram-se renitentes nas decisões tomadas: é assim que dissemos, é assim que fazemos. Capricho, desdém e alarde não constituem excepção neste Executivo, o qual, sem ser, notoriamente, socialista, também não é carne nem peixe nem arenque vermelho. Mas 120 mil pessoas indignadas não são a demonstração de uma birra absurda nem a representação inútil de uma frivolidade. A cega teimosia de Sócrates pode, talvez, explicar que não está à altura do seu malogro, mas sim do seu umbigo. Porque de malogro e de narcisismo se trata. A qualidade de um Governo afere-se pelo grau de comunicabilidade que estabelece com os outros, e pelo sentido ascensional que possui do tempo e do espaço para elevar a vida colectiva. Sócrates esqueceu-se, ou ignora, que o homem é ele e a sua circunstância, como ensinou Ortega. E que num político a circunstância é criada por ele próprio, sem negligenciar os outros. A verdade é que não conhecemos os seus desígnios criativos, mas sim as variações desafortunadas da sua política. Há tempos, João Lopes, o amigo e o crítico por igual excelente, dizia-me que Portugal tinha falta de compaixão. A palavra "compaixão" adquiria o sentido de simpatia e compreensão pelo outro. É verdade. Ausentamo-nos e negamo-nos, escarnecemo-nos e desprezamo-nos, deixámos de nos ouvir uns aos outros; nem transeuntes somos: trespassamo-nos porque dissipámos a consistência e, acaso, a ternura. Com a nossa desmedida indiferença permitimos o nascimento de gente presumidamente detentora da verdade. A soberba de Sócrates, ante o protesto dos 120 mil, advém, certamente, desse sombrio e feio convencimento. Em Fevereiro de 1947, quando, em França, se preparavam eleições, Camus escreveu, no Combat, um texto que assim começava: "Os problemas que há dois anos nos excedem vão cair no mesmo impasse. E, sempre que uma voz livre procurar afirmar, sem pretensões, aquilo que pensa, logo uma matilha de cães de guarda, de todas as cores e feitios, começará a ladrar furiosamente, para abafar o eco dessa voz." Em consciência, a impassibilidade de José Sócrates e a crispada frieza de Maria de Lurdes Rodrigues podem abafar o eco de 120 mil vozes, que protestam muitas razões de que não é preciso reter senão as mais importantes? Um Governo que recusa, constantemente, a obrigação de ouvir o outro, admite a possibilidade do direito à desobediência. A rigidez decisória não conduz ao apaziguamento e distancia-se dos verdadeiros interesses, criando rancores e ressentimentos desnecessários e duradouros. Conversar, escutar, dialogar, debater, por vezes com furor e impaciência, é solução muito mais eficaz do que alimentar uma inconsiderada teimosia, de consequências imprevisíveis.
Comentário
Quem sou eu para comentar uma crónica de Baptista Bastos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Palavra aos Cidadãos


Aproximando-se o final do Ano de 2008, chega o momento de as autarquias se preocuparem de elaborar o seu Plano de Actividades e estruturar o Orçamento que o suportará no próximo ano, com responsabilidades acrescidas por ser ano recheado de actos eleitorais.



Assim, creio que fará ainda mais sentido chamar as populações a participar na elaboração do Plano de Actividades, contribuindo com as suas preocupações e anseios, evitando a tendência natural destas épocas, de eivar tais documentos com acções eleitoraleiras, deixando para trás aquilo que, de facto as populações querem e precisam.



Almodôvar (PPD/PSD), Aljustrel, Montemor-o-Novo, Vendas Novas e Serpa (CDU/PCP-PEV) já começaram a ronda de reuniões com a população.



Castro Verde, que o ano passado, depois de muita pressão, começou a realizar estas reuniões preparatórias do Plano de Actividades e Orçamento, este ano ainda não começou.



Esperemos que não abandone esta prática positiva.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

8 de Novembro - Todos ao Terreiro do Paço



8 de Novembro: MANIFESTAÇÃO GIGANTESCA DE PROFESSORES OBRIGA A NOVA ALTERAÇÃO DE PERCURSO

TODOS AO TERREIRO DO PAÇO!

Tendo em consideração a previsível dimensão do Plenário e da Manifestação Nacional de Professores previstos para o dia 8 de Novembro, tendo como indicadores a mobilização que existe nas escolas e o número de autocarros que ultrapassa os utilizados em 8 de Março de 2008 [cerca de 600 em Março de 2008; já se atingiram os 700 a dois dias de 8 de Novembro de 2008], o local de concentração e o percurso da manifestação tiveram de ser novamente alterados, sendo, agora, e em definitivo, os seguintes:


– 14.30 horas: Concentração no Terreiro do Paço:
– 15.00 horas: Plenário Nacional de Professores;
– 16.00 horas: Manifestação Nacional que passará por Rossio, Restauradores, Avenida da Liberdade e Marquês de Pombal;
– 17.30 horas: Aprovação da Resolução da Manifestação e encerramento da iniciativa.



Mais que uma obrigação, ou um dever, é um imperativo.


Trata-se de lutar por uma classe essencial para a determinação das gerações futuras.


A função do professores é ENSINAR!!!

Deixem-nos Trabalhar!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vergonha Nacional

O que se passou na Assembleia Legislativa Regional da Madeira foi, pura e simplesmente vergonhoso, e apenas veio confirmar as acusações que o deputado do PND fez ao PSD-Madeira: são nazi-fascistas.

Em que país do mundo se admite que os deputados decidam expulsar, ou mesmo suspender um dos seus pares, por ter tido uma opinião ou conduta, por muito reprovável que ele tenha tido?

Neste momento o único que me ocorre é o Zimbabwe de Mugabe, e mesmo assim, não sei ...

Um deputado recebe um mandato através do voto e só através do voto, ou pela via judicial, pode perder esse mandato, ou ser privado do seu exercício.

Por muito que discorde das~posições do PND e do deputado José Manuel Coelho, não posso deixar de repudiar a atitude da maioria do PSD-Madeira.
Agora decidem suspender a actividade plenária do Parlamento Regional, cortando, assim, a palavra a toda a oposição. Inaudito.

Depois destas duas atitudes, a maioria regional merece, e penso que se deve exigir, da parte do Presidente da República, a dissolução da Assembleia Regional, e dar aos madeirenses a hipótese de, através do voto, confirmarem quais os deputados que querem para os representar

Se querem brincar à democracia burguesa, brinquem, mas ao menos respeitem as regras da brincadeira que escolheram.

Sócrates, O Menino Prodígio



Sócrates, o menino prodígioFenómeno



José Sócrates acompanhou com três anos de idade as presidenciais norte-americanasBebés assim só em Vilar de MaçadaAs palavras são do primeiro-ministro José Sócrates na extensa entrevista que concedeu no último fim-de-semana: "Sou, digamos assim, da geração Kennedy. Essa eleição representou já um momento histórico. Lembro-me do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente. O próprio Kennedy teve de vincar bem que nunca receberia ordens do Papa enquanto presidente dos EUA. Lembro-me bem do que isso significou."


Nos meios socialistas e não só estas palavras causaram espanto ou perplexidade. O caso não é para menos: se a biografia oficial está correcta, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu no dia 6 de Setembro de 1957 em Vilar de Maçada, concelho de Alijó, distrito de Vila Real. E John F. Kennedy foi eleito presidente dos EUA em Novembro de 1960, com uma vantagem de 112 881 votos sobre o republicano Richard Nixon. Isto é, nesse tempo José Sócrates tinha três anos de idade.


Perante estes factos, há quem entenda que o primeiro-minitro é um sobredotado. Mas há quem tenha outra explicação para este facto extraordinário. A certidão de nascimento pode ter sido adulterada por alguém ou o registo ter sido feito mais tarde e Sócrates ser mais velho do que pensa.


António Ribeiro Ferreira
Sagher perguinta se isto é ser Pinóquio ou mentiroso compulsivo.
Eu digo que ao pé deste artista o pinóquio só tem que meter o ... narizito no saco.

Cidadania e Poder Local


O Bloco de Esquerda Promove, no Domingo, 9 de Novembro, em Castro Verde, no Fórum Municipal, o Primeiro Encontro Autárquico do Distrito de Beja, que contará com a participação de Alberto Matos e Francisco Louçã, subordinando-se ao tema: Cidadania e Poder Local.

Programa em http://beja.bloco.org/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

E Agora América?


A América elegeu os Grandes Eleitores do Colégio que irá escolher o novo Presidente, e deu indicação de qual os cidadãos consideram como melhor para o seu futuro.


Esta é uma das ideossincresias dos EUA: eleger os que irão votar naquele que eles próprios já escolheram. Enfim, feitios...


Mas, mais que escolher o que consideram melhor para o seu país, os americanos tomaram uma decisão que importa a todo o mundo, que, como nós sabemos é um ovo, muito embora, eufemisticamente, insistam em chamar-lhe "aldeia global".


E nem sempre as escolhas deles são as melhores, nem para eles próprios, e às vezes, muito menos para o resto da "aldeia".


Veja-se o caso do consulado de George W. Bush, coadjuvado pelo Dick Cheney e pelo Sr. Donald Rumsfeld, e que só vai terminar em 20 de Janeiro de 2009.


Foi tão bom para os americanos que, nunca se havia visto em eleições anteriores, literalmente, o povo saiu à rua para comemorar o início da mudança do poder republicano para o democrata.


como já referi no post anterior, não serão as diferenças entre os ideais democratas dos republicanos que farão a diferença, mas creio, por aquilo que é do conhecimento público, que pessoas tão repulsivas como os que saem, e, eventualmente, algumas que se preparavam para entrar atrás de Sarah Palin, não terão lugar na futura administração Obama.


E digo eventualmente, porque os americanos, inclusive os seus Presidentes, são habituées nas surpresas que pregam aos seus concidadãos e ao mundo.


A América está inebriada pela festa, apesar de o escolhido, "the chosen one", já ter dito que os tempos não vão ser fáceis.


E quando a festa acabar? Quando surgir a ressaca e se verificar que há certos milagres que não acontecem de um dia para o outro, supondo que existem dos outros acontecem com o tempo.


E quando, se isso acontecer, espero que não, o novo Presidente começar a invocar o interesse nacional, sagrado para todos os americanos, para não implementar as políticas que sedimentaram o programa que foi votado?


E quando, se isso acontecer, e espero que não, os americanos se virem perante a dura realidade que não será para amanhã que os seus soldados regressam a casa, nem que as suas hipotecas vão ser congeladas, nem que o FED vai tomar medidas para regular, de novo, o mercado capitalista?


Então será tempo de perguntar: e agora América?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Barack Obama X Jonh McCain


Estão a decorrer as votações para a eleição do novo Presidente do Estados Unidos da América.


Boa notícia: George W. Bush vai-se mesmo embora.


Em minha opinião, nunca o mundo esteve tão perigoso como durante o consulado deste senhor, da extrema direita americana. Nem mesmo durante a détente da Guerra Fria.


Hoje debatem-se duas gerações, de partidos que, formalmente diferentes, têm muito de igual, até mesmo devido às ideossincrasias do país a que pertencem.


De facto, há políticas defendidas pelos democratas que estão muito à direita das defendidas pelos republicanos, tal como como se verifica o inverso; um democrata dos estados do sul, como a Luisiana ou o Mississipi, poderá muito bem ter convicções bem mais à direita que um republicano de Nova Iorque.


O que quero dizer é que, ganhe quem ganhe, o país será o mesmo, com os mesmos cidadãos que, colectivamente, entendem como um destino sagrado do seu país o mandar no mundo.


McCain está, definitivamente, à esquerda de George W. Bush. Obama é um produto refinado do marketing político americano, e consequência de uma vingançazinha de alguns sectores democratas relativamente ao clã Clinton.


McCain deu um tiro no pé, diria mais, uma rajada nos dois pés, com a escolha de Sarah Palin, que, com a cabeça cheia de moralidades bacocas, não tem espaço para colocar um travão de língua.


Obama foi buscar Biden numa tentativa desesperada de colher a experiência que ele próprio não tem, e, creio, não fez a melhor escolha, por se tratar um homem do sistema, que ele, Obama, tanto diz querer contrariar.


Claro que espero que Obama vença.


Mas não terei qualquer desilusão se se vier a verificar que se tratará de apenas mais um Presidente dos EUA.


Kennedy foi um Presidente revolucionário para os EUA. Era jovem, católico, progressista, mas foi, também, o presidente que levou os americanos para o Vietname e que fez a invasão da Baía do Porcos.


Para mim, só que Obama se virasse para dentro dos Estados Unidos, para resolver a crise que por lá vai, mãe da actual crise global, já era bom. Que ele retirasse rapidamente do Iraque e do Afeganistão, já seriam mais valias acrescidas, e se não agisse como cão de guarda do mundo, seria a cereja no cimo do bolo.


Mas, se calhar, já estou a pedir demais...


PS (de post scriptum, não daquele que alguns gostam muito): sabiam que o país com maior divida externa mundial e aquele em que é maior o fosso entre ricos e pobres são os Estados Unidos. Neste último indicador, Portugal é o terceiro. Pensei que gostassem de saber...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Valter Lemos

Ao meu mail chegaram duas mensagens, quedivulgo, pelo seu interesse, ainda mais acentuado pela proximidade da Manifestação dos Professores, no próximo dia 8 de Novembro, em Lisboa:

"achei que gostariam de saber que o TAF de Castelo Branco, acaba de anular mais um concurso aberto pelo Valter Lemos, (DR nº 122, Edital nº 580/2004 de 25 de Maio)"

e


A actual equipa do Ministério da Educação é, em meu entender, macabra, tétrica e obscena na forma com que tem desmontado o sistema de ensino português, ou o que restava dele, transformando os professores em meros burocratas do sistema, e culpados dos insucessos sucessivos das políticas de educação dos diversos Governos desde que Manuela Ferreira Leite foi titular da pasta.
Da pena de Valter Lemos saíram, entre outras pérolas, as leis, leia-se, a destruição, do ensino da música e do ensino especial, e só por isso, já devia ter sido afastado há muito tempo.

Não podia deixar de chamar a atenção de que os Secretários de Esatdo parecem estar ao desafio entre si, e ao despique com a ministra a ver quem consegue lixar mais o pessoal adstrito à educação.

Mudar de política de educação é preciso, mas mudar de euipa é ainda mais urgente!

domingo, 2 de novembro de 2008

Sócrates e a banha da cobra


Sócrates e a banha da cobra
Por Alfredo Barroso


SINTO-ME ENVERGONHADO ao ver o primeiro-ministro do meu país a desempenhar o papel de vendedor de banha da cobra numa cimeira de chefes de Estado e de Governo. De cada vez que a cena passa na televisão [v. aqui], sinto vontade de me enfiar num buraco. A cena revela falta de sentido de Estado, falta de bom senso e falta de vergonha.

Não é verdade que – como ele diz – o computador «Magalhães» seja um produto genuinamente português e, ainda menos, ibero-americano. Mas, mesmo que o fosse, um mínimo de pudor deveria ter impedido o primeiro-ministro de vestir a pele de um vulgar promotor de vendas de um produto comercial que está bem longe da excelência.


Para o engenheiro José Sócrates, a ausência de oposição à altura e de alternativa credível, em Portugal, convenceu-o de que tudo lhe é permitido aquém e além-mar – por cá, na Europa e na América Latina – sem medo de que o ridículo dê cabo dele.


De facto, não há situação mais lamentável do que aquela em que se encontra o PSD. Num país de comentadores «politicamente correctos», ainda não apareceu quem tenha coragem de apontar a dedo as medíocres prestações políticas da doutora Manuela Ferreira Leite, fazendo como o miúdo daquela velha história d’ «O Rei vai nu».


No fundo, o engenheiro Sócrates é como o computador «Magalhães»: está longe da excelência e não é genuíno, mas podem atirá-lo ao chão que ele nunca se parte.


NOTA: Esta e outras crónicas do autor estão também no seu blogue Traço Grosso.
In: blogue Sorumbático em http://sorumbatico.blogspot.com/
A foto foi escolhida e colocada pelo autor deste blogue, que assume inteira responsabilidade pelo facto.