quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Almodôvar: Câmara poderá receber verbas da Derrama da Somincor


Almodôvar: Câmara poderá receber verbas da Derrama da Somincor

A Câmara Municipal de Almodôvar poderá receber parte das verbas da derrama proveniente dos lucros da Somincor. A Autarquia conseguiu um parecer jurídico favorável à sua pretensão de lançar derrama sobre os lucros da Somincor. Recorde-se que, esta era uma reivindicação já antiga do autarca de Almodôvar .
António Sebastião entende que a empresa que explora Neves-Corvo extrai mais-valias do subsolo naquele concelho, pelo que o município deveria ter direito a contrapartidas financeiras.A questão foi apresentada ao governo, no último mandato, e a autarquia recebeu na altura um parecer favorável às suas pretensões.
De acordo com a Lei, a Câmara de Almodôvar tem direito a uma percentagem sobre a “massa salarial” à superfície. No subsolo a situação é diferente uma vez que existem bastantes equipamentos e galerias, no concelho de Almodôvar, que contribuem para a riqueza da Somincor.
Em declarações à Rádio Pax, em Outubro de 2007, António Sebastião dizia estar disposto a travar uma “batalha” para poder lançar a derrama sobre os lucros da empresa mineira de Neves-Corvo, defendendo uma alteração à lei. O autarca considera injusto que o concelho vizinho de Castro Verde arrecade o valor da derrama da Somincor beneficiando a população desse concelho e prejudicando notoriamente a população do concelho de Almodôvar.Agora, ao que tudo indica, a pretensão da autarquia de Almodôvar vai ser uma realidade. O município pediu alguns pareceres jurídicos que lhe são favoráveis. Agora as duas câmaras: Castro Verde e Almodôvar deverão chegar a um acordo para a divisão das verbas provenientes da derrama da empresa Mineira.Contactado pela Rádio Pax, António Sebastião presidente da Câmara Municipal de Almodôvar remete para mais tarde declarações sobre esta questão.





Comentário


De vez enquanto o Presidente da Cãmara de Almodôvar lembra-se desta.


Apesar de um pouco atrasado, fica aqui o apontamento, que de tão repetido nem chega a ser notícia.


Acho que o Sr. Sebastião tem que consultar as leis fiscais para saber onde é que são cumproidas as obrigações das fiscais das empresas.
Desde quando é que pareceres jurídicos são vinculativos?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mentiroso Sem Vergonha!

Eu já nem coloco a imagem dele com nariz de Pinóquio, porque o desgraçado do boneco, apesar de ter cara de pau, não tem nem uma milésima da lata do Primeiro Ministro Sócrates.

Há dois dias, no meio de rasgados elogios à Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, a mesma que conseguiu unir os professores e que está prestes a destruir o sistema de ensino público em Portugal, o Primeiro Ministro Sócrates apresentou um estudo que, segundo ele, e eu, como milhões de portugueses viram e ouviram, atribuir a autoria à OCDE - Organization for Economic Co-operation and Development (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico)http://www.oecd.org/, a mesma cujas previsões de retracção da economia, para o mesmo senhor, não passavam disso mesmo, numa das suas costumeiras atitudes de desprezo por tudo o que não lhe agrada ou convém.
Tal estudo mereceu os mais diversos elogios, claro que apenas nas partes positivas, que nas negativas nem se deu ao trabalho de responder às questões, pelo que se entende que esses aspectos negativos devem ser da autoria daquela OCDE que apresenta ratracções na economia nacional, e não da outra OCDE que teria produzido o relatório que enaltecia os resultados da reforma do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Dois dias depois, em pleno hemiciclo de São Bento, ao ser confrontado pela bancada do PSD (o seu a seu dono), com o facto que a autoria do estudo em causa não seria da OCDE mas de peritos que habitualmente produzem trabalhos para a OCDE, o Primeiro Ministro Sócrates mentindo despuradamente, e descaradamente sem vergonha na cara, afirmou, e novamente eu, como milhões de portugueses, vi-o e ouvi-o afirmar que nunca houvera afirmado que autoria do tal estudo era daquela organização internacional.

É grave atribuir a autoria de um estudo a uma entidade de referência como a OCDE, quando, na realidade os seus autores são peritos que normalmente trabalham, mas que neste caso, o relatório que produziram não tem a chancelha institucional que lhe foi atribuída.

Mais grave é, ir à Assembleia da República, que é o local onde os Governos devem prestar contas perante o Órgão é, desmentir um deputado que o acusa de ter mentido aos portugueses, tendo perfeita consciência que o havia feito.

Infelizmente, aqui, o realce não vai pra as virtudes, ou não virtudes da reforma; nem sequer vai para os autores do relatório, ou sequer para a qualidade de uns e outro.

Infelizmente, aqui, o realce vai para um Primeiro Ministro despudoradamente mentiroso e descaradamente sem vergonha, que ofende os portugueses e os representantes que, neste sistema democrático burguês, elegeram.

Esta é a face do Partido Socialista no poder.

Este é o respeito do Partido Socialista pelos portugueses.

E todos, mas todos, seja em que parte do país for, apoiarem ou, por qualquer forma, suportarem este governo e este Primeiro Ministro, são coniventes na sua prática e na sua atitude.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Um e Outro

Há de facto coisas que é muito difícil escamotear.


Na RTP, Judite de Sousa, meiga como só ela sabe, entrevista António Vitorino que, sabedor como só ele mesmo, a enrola com tecnicismos e conversa de teoria política e jurídica, deixando-a K.O. e sem argumentos para prosseguir uma entrevista decente.

Na SIC, Mário Crespo, jornalista que me tem surpreendido pela positiva, e por quem não nutro uma especial simpatia , mostra o que é jornalismo perante um Ministro da Presidência, tentativa de 15ª categoria de substituição da velha guarda política dos tempos da Constituinte, e que se deslocou prontamente à televisão para tirar coelhos da cartola para justificar, politicamente, o imbróglio Freeport em que o Primeiro Ministro Sócrates se viu embrulhado.





A diferença entre entrevistados é enorme; entre entrevistadores, é abissal. Não. É astronómica!


Acompanhei, as duas entrevistas alternadamente, embora tenha permanecido na SIC a partir do momento em que Mário Crespo decidiu pôr a tentativa de ministro de fazer o que queria na sua entrevista, que era, nem mais nem menos, justificar aquilo que, se alguma coisa há a justificar, deve ser feito nos tribunais e pelo visado, e não por terceiros.




Silva Pereira parecia um moço de recados: " Eh Pá! Vais e dizes isto, e isto, e isto, e os gajos achantram-se, e a coisa fica assim, percebes, pá? Porreiro!" (claro que isto é uma mera hipótese de recado).

Acontece que, Mário Crespo, macaco velho, não foi na cantiga e, pura e simplesmente, borrifou-se para os coelhos e "afinfou-lhe com duas ou três que o outro até ficou roxo como um ovo da Páscoa: se havia um ambiente propício a corrupção no Governo Guterres, se a secretária era prima do ministro, porque é que o ministro estava na reunião se as competências estavam delegadas no Secretário de Estado, etc.

Sejamos claros. O povo não quer saber a sucessão das leis, nem as repristinações nem as revogações. O povo quer é saber os contornos que levaram à tomada de uma decisão POLÍTICA que possibilitou a construção de um monstro onde não era suposto acontecer, e o que é facto, é que de Inglaterra, chegam rumores de que alguém recebeu uma "bolada" de dinheiro em Lisboa, através de off-shores.

Isto, e esta é a minha posição, independentemente de quem tenha sido o responsável, caso o haja, seja ele o Ministro ou o contínuo do Ministério do Ambiente.

Já vai sendo tempo de investigar à séria os fumos de corrupção neste país.

Cultos: um Percurso a Acompanhar


Foi com algum misto de curiosidade e descrença, admito-o desde já, que vi surgir a Revista Cultos do Campo Branco, vulgarmente referida apenas como "a" Cultos, de Rui Rosa.

Curiosidade, por ver nascer uma revista de informação regional, com área de influência limitada, sediada no Monte do Rolão, na Freguesia de santa Bárbara, num local insuspeito de ser palco de tal evento.

Descrença por, à semelhança de outros que nesta região, e mesmo no concelho, apareceram, pensei que esta revista lhes seguiria os passos.

Mas, aí está ela, em mais um número.

E vem anunciar-nos a sua aposta em querer chegar mais longe, através de um portal na internet, que já se encontra disponível em http://www.revistacultos.com/, e que aconselho a visitarem.

Rui Rosa, seu fundador e director, anuncia, também, a equidistância que pretende manter neste ano eleitoral intenso, concedendo a todas as candidatura em disputa, o mesmo espaço noticioso.

É tarefa difícil. Se calhar mais difícil que fazer nascer e evoluir uma revista, mas, depois do exemplo dado, quero acreditar que Rui Rosa, que não conheço pessoalmente, fará todos os esforço para atingir os seus objectivos editoriais.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Evidentemente, Um Sucesso

Há dias atrás, em mais uma das suas visitas ao Parlamento, onde não se sabe comportar como convidado que é, nem sequer respeitar os Deputados que, no seu todo, compõem o órgão de soberania Assembleia da República, o Primeiro Ministro Sócrates (aquele que alguns gostam de ver bem ao longe, não vão eles ser confundidos com apoiantes do Governo), lamentou-se que a oposição (esses malandros!) apenas apontam os exemplos negativos e nunca falam nos positivos, dando como exemplo a empresa Qimonda, recentemente alvo de uma ajuda por parte do Governo alemão e com promessas no mesmo sentido por parte do Governo português.

Ontem, o país acordou sobressaltado com a declaração de falência da Qimonda (cas-mãe), decretada pelos tribunais germânicos.

Dirão alguns: mas o Governo não é obrigado a adivinhar estas situações, ainda por cima em países estrangeiros com empresas estrangeiras.

Eu não penso assim.

A declaração de falência de uma empresa não se faz assim, de um dia para o outro. O processo tinha que andar há muito tempo nos tribunais, ainda para mais tratando-se de uma empresa da envergadura da Qimonda.

Sendo Portugal um país com Embaixada acreditada na República da Alemanha, pergunta-se: para que está o Embaixador em Berlim se nem sequer se apercebe que a empresa proprietária da maior exportadora portuguesa está em vias de ser declarada em falência.

Trata-se, claramente, de um exemplo de sucesso que deve ser apontado e referido muitas vezes pela oposição quando o Primeiro-Ministro Sócrates passar novamente pelo hemiciclo de São Bento.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Partido Socialista de Castro Verde e o Outro

Passei agora mesmo no blogue do Partido Socialista de Castro Verde, que parece ser autónomo e independente do outro Partido Socialista, o que suporta o Governo actual, e encontrei um comunicado lido aos microfones da Rádio Castrense.

Não vou comentar linha a linha o comunicado, mas apenas fazer um reparos, de minha e exclusiva lavra.


Começa logo por assumir como candidata da CDU/PCP-PEV a porta-voz da Comissão coordenadora eleita na reunião do passado dia 16, a ela se referindo como "putativa candidata".

Pois o adjectivo singular "putativo" tem um significado, que não resisto a transcrever:

putativo

do Lat. putativu, suposto
que se supõe ser o que não é;
reputado.

Portanto, ligando uma coisa à outra, o Partido Socialista de Castro Verde, o tal que é independente e autónomo do outro Partido Socialista, o que suporta e apoia o actual Governo, trata como candidata uma pessoa que supõe sê-lo, ou que reputa que é, mas não é. E tem consciência disso, porque se assim não fosse, não usaria o qualificativo.

E também por que ninguém fez nada que levasse a concluir no sentido pretendido.

Vem depois acusar o PCP (novamente a tentativa de obliterar a CDU. Será que pensam que ainda há quem acredite na história das criancinhas ao pequeno almoço?), de querer fraccionar o Partido Socialista de Castro Verde, o tal que é autónomo e independente do outro Partido Socialista que suporta o Governo.

Grande Erro. Nem a CDU/PCP-PEV, nem o PCP, precisam de tentar fraccionar o Partido Socialista de Castro Verde, o autónomo e independente do outro Partido Socialista que suporta e apoia o actual Governo, pela simples razão que essa fractura já existe e foram os seus responsáveis que a criaram.

Acusam o PCP (a tal tentativa de obliterar a CDU. Será que pensam que ainda há quem acredite nas injecções atrás das orelhas dos velhinhos?) de querer imputar responsabilidades pelos resultados da governação socialista, claro que do outro Partido Socialista de que são autónomos e independentes, e eles não suportam nem apoiam, para assim mobilizarem vontades descontentes.

Mas, isso de vontades descontentes existe? Como é isso possível se o Primeiro-Ministro , do Governo apoiado pelo Partido Socialista, o outro de que é autónomo e independente, dizer o contrário.

Lamentou-se ainda o responsável pelo Partido Socialista de Castro Verde, que não apoia nem suporta o Governo, por ser autónomo do outro Partido Socialista, de que o PCP ( começo a acreditar que pretende dar uma ajudinha a esconder a sigla com que concorre o PCP), quer fazer crer que a candidatura "Por Castro" não aceita o Partido Socialista, o do Governo, do qual o PS de Castro Verde é independente e autónomo, e que não suporta ou apoia.

Claro que o facto de nas suas "Linhas de Força que Sustentam a Candidatura", no seu ponto 1 se afirmar:

"1. UMA LISTA APARTIDÁRIA - À parte do tradicional debate ideológico que sistematicamente transvaza da peleja político-partidária nacional para os pequenos lugares, sempre que se elegem os órgãos autárquicos, a lista “POR CASTRO” é alheia à recorrente procura de redefinição de forças que os partidos buscam fazer localmente para que subsequentemente, melhor se possam impor nas esferas da macro política."


foi um mero lapso, tal como foi esquecimento o facto de, nesse mesmo documento, nem uma única vez, uma só, se fazer uma referência breve que seja ao Partido Socialista, seja o de Castro Verde ou o outro que apoia o Governo.

O mesmo se tendo passado com o flyer, (gosto deste inglesismo), onde não há uma única palavra acerca do Partido Socialista, seja um ou outro, e onde apenas aparece metade da sigla do Partido Socialista.

Deduzo que seja a metade que cabe ao Partido Socialista de Castro Verde, não ao outro, do qual é autónomo e independente, e que apoia e suporta o governo actual, que com a sua acção gera vontades descontentes, e com qual os malvados comunistas pretendem conotar.


Quer o responsável do partido Socialista de Castro Verde, o tal, não o outro, discutir ideias e projectos, mas, o que é facto, é que não lançaram para a mesa uma só ideia que se dê ao debate e a à discussão, apenas tendo falado de generalidades, banalidades e situações mais que batidas no passado.


Avancem com algo verdadeiramente novo, para que possamos, todos, não só os partidos e as candidaturas, debater.

Digo eu...

Quem não tem cão...



Ao menos estes reconheceram a sua incapacidade de formar uma lista.




quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Um Pouco de História Nunca Fez Mal a Ninguém




Em 1976, dando cumprimento ao determinado na Constituição aprovada em Abril, foi desencadeado o processo conducente às primeiras eleições autárquicas pós-25 de Abril.

Para esse acto eleitoral, O PCP (Partido Comunista Português), o MDP/CDE (Movimento Democrático Português) e a FSP (Frente Socialista Popular), juntamente com algumas individualidades não filiadas em qualquer partido, juntaram-se formaram uma coligação com fins eleitorais, a FEPU - Frente Eleitoral Povo Unido, que se manteve até 1978.


Em 1978, com o objectivo de avançar para um acordo mais profundo, que levasse, de igual forma, aqueles partidos a concorrer às eleições legislativas, foi fundada a APU - Aliança Povo Unido, já sem a Frente Socialista Popular, de Manuel Serra, o que provocou a alteração da designação inicial.

Assim, entre 1978 e 1983, a APU, integrou, para além do PCP e do MDP/CDE, muitos outros independentes, alguns dos quais oriundos da FSP.
A partir de 1983, às organizações políticas de origem, PCP e MDP/CDE, juntou-se o recém criado PEV - Partido Ecologista "Os Verdes", fruto da grande importância que foram ganhando os temas ambientais, designadamente na sequência das lutas levadas a efeito por toda a Europa contra a proliferação e instalação de armas nucleares e a construção irresponsável de centrais nucleares.


Em 1987, face à rotura que se verificou no MDP/CDE, que levou ao seu desaparecimento, as restantes forças da aliança, formaram uma coligação, a CDU - Coligação Democrática Unitária, à qual se juntaram antigos militantes do MDP/CDE, que formaram uma associação de intervenção política, designada ID - Intervenção Democrática.

É já com esta composição que a lei eleitoral é alterada, exigindo que os símbolos dos partidos integrassem a sigla das coligações, ou melhor, que as siglas das coligações fossem formadas pela junção dos símbolos das forças políticas partidárias que as compõem, é quando se chega ao actual símbolo da CDU/PCP-PEV, que não foi impeditivo de, em 1991, através um acordo específico, o deputado da UDP - União Democrática Popular, foi eleito para a Assembleia da República.

Como se vê, a CDU não nasceu no ano passado, nem foi um presente de Natal. É uma coligação política, com uma história feita em paralelo com o Partido Comunista Português, que tem o seu símbolo bem à mostra na sigla oficial da coligação.

Gostem ou não, foi assim, e é assim. Ninguém renega ninguém, assumindo cada qual as suas idiossincrasias.

Notícia Rádio Voz da Planície

A Comissão Coordenadora da CDU de Castro Verde, já definiu as principais linhas relativas às Eleições Autárquicas de 2009. Não existem ainda nomes aprovados para candidaturas.

A Comissão Coordenadora da Coligação Democrática Unitária de Castro Verde reuniu em plenário alargado de activistas e simpatizantes, onde fez a análise política da situação actual no concelho, tendo abordado as Eleições Autárquicas 2009, e deliberou concorrer a todos os órgãos autárquicos do concelho de Castro Verde nas próximas Eleições Autárquicas. Foi constituída uma Comissão Coordenadora para a definição de trabalhos que têm como objectivo “definir linhas de acção, listas de concorrentes e princípios de conteúdos programáticos”, de modo a que possam constituir documentos de trabalho nos próximos plenários, “não tendo sido abordados nomes de possíveis candidatos”, justificou Manuela Florêncio, porta-voz da Comissão Coordenadora da CDU e presidente da Junta de Freguesia de Castro Verde.


No encontro foi abordado o anúncio público da candidatura “Por Castro”, manifestando publicamente a sua estranheza ao verificar a forma “como a candidatura em causa se procura desvincular do Partido Socialista, sendo uma lista que concorre com a sua sigla”, referiu Manuela Florêncio.


Recorde-se que em Castro Verde o PS apresentou José Francisco Colaço, como cabeça de lista, numa candidatura denominada “Por Castro Verde”, enquanto a CDU de Castro Verde reafirma “a sua metodologia de preparação da candidatura ao acto eleitoral Autárquicas 2009”, pelo que continuará segundo os responsáveis da coligação “a protagonizar um espaço de participação democrática”.
Comentário
Sem comentários. Basta comparar esta com a da Rádio Castrense para estar tudo dito.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Política de Blogue



Por razões óbvias, a partir de hoje este blogue passa a ter comentários moderados previamente à sua publicação.
Trata-se de evitar os excessos que se têm cometido, por um lado, e, por outro, torna-se mais fácil para o moderador encontrar os comentários entretanto efectuados a posts mais antigos.
Nunca deixarão de ser publicados comentários de opinião, mas aqueles que de forma ostensiva pretendam atingir o bom nome e a vida pessoal de quem quer que seja, ficarão suspensos.
Trata-se, igualmente, de uma opção, que constitui um meio termo entre a censura despudorada de opiniões, como foi caso verificado na página da candidatura do Partido Socialista "Por Castro", e a total impunidade para quem chega a este espaço e ofende e lança suspeição sobre os restantes participantes.
Em simultâneo, procedeu-se a uma actualização do visual e dos conteúdos da barra lateral, com mais links, num processo a continuar.

Governo "Socialista"





Acabadinha de chegar via e-mail

"Sabem quem é António Pinto de Sousa?

É o novo responsável pelo gabinete de comunicação e imagem do IDT (Instituto da Droga e Toxidependência).

Tem competência atribuída , para empossar quem quiser, independentemente da sua qualificação académica e profissional, para os cargos dirigentes do Instituto, contrariando os próprios estatutos do IDT.

ahahah... que já me esquecia: é irmão de outro Pinto de Sousa, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa."

Comentário

E assim vai este país, que nem chega a república das bananas porque, de república, não tem nada.

O governo socialista não governa a coisa pública: governa-se a si e aos seus.

E todos aqueles que, embrulhados na bandeira do PS, procuram atingir objectivos pessoais, são coniventes com a actuação do governo que aquele partido apoia e suporta.

São os espinhos da rosa...


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Manipulação Informativa

"Autárquicas: PCP discutiu candidatura em Castro Verde
Militantes e simpatizantes do PCP de Castro Verde estiveram reunidos na última sexta-feira, 16, para fazer uma primeira abordagem às eleições autárquicas deste ano e, também, o balanço do trabalho feito no actual mandato.Em declarações à Rádio Castrense, a porta-voz da reunião, Manuela Florêncio, revelou que foi “um encontro muito participativo, face aos convites feitos”, garantindo que quanto à escolha de candidatos o PCP “tem os seus timings, que não são o dos outros partidos”.Acrescenta Manuela Florêncio que foi decidido criar uma Comissão Concelhia no âmbito da CDU, assim como “foram definidas algumas linhas programáticas” e a aposta num “trabalho de base, ouvindo as pessoas”.O PCP de Castro Verde voltará a reunir no próximo mês de Fevereiro.
19/01/2009 - 08h30"



Comentário


Este comentário é uma iniciativa pessoal e não reflecte de forma alguma qualquer tomada de posição oficial ou oficiosa por parte da CDU/PCP-PEV -Coligação Democrática Unitária.

Esta foi a notícia da Rádio Castrense, reproduzida, nos mesmos termos, pelos blogs mais próximos da candidatura Por Castro.


Trata-se de uma tentativa de manipulação da informação, e de eliminação de um dos pontos mais fracos da candidatura do Partido Socialista.

A candidatura Por Castro aceita ser a candidatura do Partido Socialista, aceita o seu símbolo, mas não aceita ser a face do poder socialista ao nível autárquico.

É apresentada como uma candidatura do Partido Socialista, mas recusa qualquer ligação ao PS e à luta político partidária.

Pergunta: nas eleições europeias e legislativas vão fazer campanha pelo PS? Não sabemos nem teremos nenhuma resposta oficial acerca do assunto. Mas o seu símbolo andará na propaganda de apoio às listas do Partido Socialista e nas caravanas de apoio a Sócrates, e, as bandeiras que sobrarem, serão empunhadas pelos seus apoiantes em Castro Verde na campanha autárquica.

Há manipulação por tentarem dizer que a candidatura da CDU/PCP-PEV faz a mesma coisa relativamente ao PCP. É mentira.
O PCP celebra uma coligação com um pequeno partido e com um movimento de independentes, a maioria oriundos do extinto MDP/CDE, e deixa a porta aberta a que outros independentes se juntem num objectivo comum de lutar por um programa autárquico que melhor se adeqúe a cada concelho e a cada freguesia.

O nome do PCP está no nome da coligação, não é renegado nem renunciado enquanto força política, e nenhum dos seus apoiantes afirma não se encontrar no cerne da luta político-partidária.

São, quer queiram, quer não queiram, coisas diferentes, e tentar reduzir a CDU/PCP-PEV ao PCP é uma atitude maniqueísta reprovável.

Pessoalmente, até sou insuspeito acerca deste assunto, por defender o papel do PCP dentro da coligação, mas daí até retirar ou minorar a participação de centenas de pessoas independentes na CDU/PCP-PEV, é, acima de tudo abusivo.

A Rádio Castrense ao noticiar o encontro de dia 16 de Janeiro desta forma mostra de forma clara que a isenção noticiosa não é o seu objectivo, nem a ética jornalística um valor relevante a preservar, até porque vem demonstrar a sua total ausência na prática noticiosa da estação.

Assumiu-se a Rádio Castrense, desta forma, como apoiante e órgão oficial da campanha autárquica do Partido Socialista em Castro Verde, sendo, portanto, bastante natural que mantenha em antena até às eleições o programa Património, conduzido pelo cabeça-de-lista da candidatura Por Castro.

A ver vamos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

As Autarquias Locais Não São Responsáveis Por Tudo.

Porque é importante ter consciência de "pequenos" pormenores não despiciendos



Do nosso amigo e companheiro beloquista J.L. Guerreiro, transcreve-se, com a devida vénia, o post publicado no seu Alvitrando in http://alvitrando.blogs.sapo.pt/









"As autarquias locais não são responsáveis por tudo
À medida que se aproximam as eleições autárquicas aumentam as críticas às autarquias locais, a quem são imputadas as responsabilidades de todos os males que afectam os territórios e as populações.
Naturalmente que elas são responsáveis por alguns desses males mas não por todos. Por alguns, talvez aqueles que mais afectam directamente as pessoas – saúde, educação, assistência social, emprego, etc. - , os responsáveis são, principalmente, o governo e as suas políticas.
Importa lembrar que a definição de prioridades de investimentos dos seus planos de actividades são muito influenciadas pela possibilidade de obter financiamentos quer do Estado quer da União Europeia.
Não ter estas situações em conta dificulta a análise crítica que, se é sempre necessária, mais necessária se torna num ano em que se realizam eleições para o Parlamento Europeu, Assembleia da República e Autarquias Locais. "

Maléfico

maléfico


do Lat. maleficuadj.,


que faz mal;
malévolo;
nocivo;
prejudicial;
disposto para o mal.


in http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx


Tenho para com o Prof. Marcello Rebelo de Sousa o mais profundo respeito como pensador, comunicador e docente de Direito.

Já em termos políticos, estamos nos antípodas, não podendo, no entanto, deixar de apreciar os seus malabarismos lógicos para sustentar as suas opiniões.

Claro que ele é um opinion maker, e eu sou um mero blogueiro, no meio do Alentejo, que às vezes manda umas bujardas que agradam mais a uns que a outros.

Hoje gostei de ouvir o Professor Marcello a adjectivar o Primeiro Ministro Sócrates, a sua prática e a sua comunicação com os portugueses de "maléfico".

Já chamei aqui muitas coisas ao Primeiro Ministro, mas este adjectivo é, de longe e sem margens para dúvidas, o mais acertivo de todos os cognomes que lhe vão ficar - Sócrates, o Maléfico.

Porque é de maldade que se trata quando de uma forma determinada e obstinada se omite a todo um povo a real situação de uma país.

Mas não é só ele o culpado. Maléficos são todos aqueles que se encobrem na bandeira do Partido Socialista para atingir os seus objectivos,e, com essa finalidade, praticarem o mal.

Hoje ou no futuro.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Autárquicas 09: Aquecem-se os Motores...


Com o avançar dos meses, o mapa dos candidatos começa a tomar forma.


Republico o post acerca das autárquicas de 2009 que se mantém actualizado no texto, tendo sido acrescentados os candidatos entretanto conhecidos ou alvitrados.


Ei-lo, pois:


Pois é. Para além de ser de crise, 2009 é ano de eleições.

E se, face ao recato do PSD em não querer apanhar com os cacos da desgraça socialista, quase que se recusando a ser governo, as eleições legislativas se resumem a saber se Sócrates tem ou não a maioria absoluta, já nas autárquicas a coisa assume outra dimensão.

Nas europeias, acto eleitoral quase secundário, para um Parlamento de limitadas competências efectivas, os partidos guardam os lugares cimeiros para mater as suas reservas em lume brando e num lugar agradável no Centro da Europa.
Assim, o importante mesmo, o verdadeiro campo de batalha, são as autárquicas, com O PSD a querer manter o papel de principal partido e o PS a atacar aquela posição e, em simultâneo, a querer quebrar a influência da CDU/PCP-PEV nesta área, principalmente no Alentejo e Área Metropolitana de Lisboa.

Pouco a pouco vão sendo conhecidos os candidatos nos vários concelhos, sendo de salientar as imposições das direcções nacionais em concelhos chave, como foi o caso de Marco de Canaveses, em que o PS recusou o candidato apoiado pela concelhia, Castro Verde, em que a candidatura liderada por José Francisco Guerreiro foi imposta de supetão, ou, na área do PSD, a imposição de António Sebastião em Almodôvar, com direito a viagem de Manuela Ferreira Leite ao concelho para esse efeito.

No Alentejo, algumas candidaturas vão sendo faladas, e vou tentar compor o quadro que se pode extrair das notícias que vêm a público através do média:


Aljustrel


CDU - Manuel Camacho (?)

PS - Nelson Brito

PSD -


Almodovar


PSD - António Sebastião

PS - João Saleiro

CDU-


Alvito


PS - Vicente Maurício

PSD - Mário Simões

CDU - João Penetra

Ind - João Paulo Trindade (?)

Barrancos


CDU - António Tereno

PS - Canudo Sena

PSD -


Beja


CDU - Franciscop Santos

PS - Pulido Valente

PSD - Pires dos Reis

CDS-PP - Ismael Pimentel

BE -


Castro Verde


CDU - Francisco Duarte (?)

PS - José Francisco Guerreiro Colaço

PSD - Pedro Figueira

BE -


Cuba


PS - Francisco Orelha

CDU - João Português (?)

PSD -


Ferreira do Alentejo


PS - Aníbal Reis Costa

CDU - Francisco Caixinha (?)

PSD -


Mértola


PS - Jorge Rosa

CDU - Jorge Revez

PSD - Martinho Fernandes

BE -


Moura


CDU - José Manuel Pós-de-Mina

PS - Rui Miguel Apolinário

PSD - Amílcar Mourão

CDS - Sílvia Ramos


Odemira


PS - José Alberto Guerreiro

CDU -Cláudio Percheiro (??)

PSD - Raul Albuquerque


Ourique


PS - Pedro do Carmo

PSD - José Raúl dos Santos

CDU -


Serpa


CDU - João Rocha

PSD - Sebastião Rodrigues

PS - António Patinho Pereira


Vidigueira


CDU - Manuel Narra

PS - António Mendes Pinto

PSD -



À medida que forem sendo conhecidos outros candidatos, e outros partidos concorrentes, esta lista será actualizada ou corrigida, consoante o caso.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

E Agora 2009?



Bom, quem ouviu o Primeio Ministro, nem precisa de se preocupar com o que aí vem.

O homem até conseguiu aquilo que mais nenhum governante da Europa conseguiu: baixou as taxas de juro de refrência do BCE. Se o M. Trichet sabe, talvez se lixe o nosso P.M.

Mas, o que interessa, é que estamos a combater a crise.

E, para tal, nada melhor que gastar, gastar, gastar, gastar e gastar, e gastar ainda mais.

De um momento para o outro, surge dinheiro de onde nem se sonharia que ele pudesse sair, e para pagar tudo aquilo que era proibido pagar até há dois meses atrás.


Cursos de formação, remunerados obviamente, mais que muitos; estágios, remunerados obviamente, na administração central e local, aos milhares.

Centros escolares, mesmo aqueles que o Governo não aceitava nem à borla, são os que quiserem construir.

Auto-estradas, TGV, aeroportos, hospitais, tribunais, ruas, terminais ferroviários, de contetnores, maritimos? Os que quiserem! Comprem! Façam! Gastem!

Mais: até já nem precisam de concurso. Até 5.150.000€ façam a adjudicação das empreitadas que entenderem. Mas, por favor, gastem!

Temos que combater a crise.

Ah! E ganhar as eleições. Todas as eleições! Europeias, Yes! Legislativas, com maioria! Autarquias, todas!

Pois é. Creio que o melhor que podia ter acontecido ao Partido Socialista, neste ano de 2009 recheado de eleições, foi esta crise justificativa do despesismo que aí vem, da liberalidade no consumo dos dinheiros públicos, do absurdo das opções.

Não se queixem quando nos vierem exigir, nova e exactamente, os mesmos sacrifícios por que já passámos para alcançar o tão anunciado mas nunca usufruído equilíbrio orçamental.

Mais uma vez, aponto o dedo ao Partido Socialista e a todos aqueles que, embrulhados na sua bandeira, contribuem para a continuação dete Governo no poder em Portugal.

2008 - R.I.P.


O Ano de 2008 chegou, finalmente, ao fim, passo o pleonasmo, que é antes de tudo um suspiro.

Acho que nunca tinha sentido que um ano custava tanto a passar.

Claro que, para nós portugueses, isso não é novidade, dado que, desde 2002, que andamos de tanga, bikini, monoquini, e todo e qualquer modelo de veste intima, desde que seja diminuta, porque, pelo menos para os pobretas, e isso inclui tudo até à tradicionalíssima classe média, o que exclui aqueles que ganhando para cima de 75.000 €, ainda querem incluir nessa faixa social.

Andámos a penar durante estes anos, praticamente desde 2001, o ano do famigerado pântano, e ainda antes da entrada em circulação do Euro.

Em nome do sacrossanto déficit e da sua taxa limite de 3%, tudo foi possível impor aos portugueses, e tudo suportaram os portugueses para satisfação dos governantes.

Vendeu-se de tudo um pouco, desde monumentos a jóias, e até os créditos da Segurança Social, com a agravante de ainda por cima termos que pagar aqueles que o banco que os comprou não consegue cobrar.

Sobrou, irredutivelmente, a Caixa Geral de Depósitos, fornecedora de créditos e avales aos amigalhaços do poder em dificuldades, e onde há sempre um lugarzinho desconhecdido que espera por si, caro boy socialista ou social-democrata, onde poderá auferir um chorudo vencimento como administrador até à reforma por incapacidade ou até ao seu expresso envio para um qualquer banco privado em dificuldades.

Anunciaram-se, 150000 novos postos de trabalho, que teimam em não aparecer, por muito que o Primeiro Ministro diga que os criou, embora o ritmo a que são atirados trabalhadores para o desemprego seja muito superior.

Para quem se escandalizava histericamente com a taxa de 7.1% de desemprego, uma taxa superior a 8%, não está mal não senhor.

Aumentou-se o IVA de 17% para 19%, e quem não se lembra dos pinotes que o Eng. Sócrates deu quando o PSD implementou essa medida, e depois para 21%, obra do mesmo Eng. Sócrates, que depois reduziu para 20%, com mais estridência que o foguetório de fim-de-ano da Ilha da Madeira.

Cortou-se no poder de compra. Criaram-se taxas moderadoras na saúde, aumentaram-se as propinas do ensino superior, enquanto se enchiam os cofres do MIT, que agora nos vem impingir o Lisbon MBA por 30000 €/cabeça. Congelaram-se as carreiras da administração pública.

Enfim, fez-se 30 por uma linha.

No fim do Verão do ano passado, do outro lado do Atlântico, no sagrado solo do ultra liberalismo, desatam a tocar as sinetas da crise económico-finaceira, e desata a Reserva Federal a nacionalizar bancos em crise, devido ao sub-prime.

Por cá, os nossos governantes juram a pés juntos que nada daquilo nos irá afectar.

Pois não. Logo a seguir estala o escândalo BPN, e da sua nacionalização atamancada, ficando o Estado com o prejuízo, e os infractores com lucro. Custo da coisa: 800000€ que depressa cresceram para 1000000€.

Salta o Governo com mais uma oferta, e os bancos ainda não tinham pedido nada.

Tomem lá 4000000000€ de injecção e mais 200000000000€ de avales e garantias.

E nós banzados. As empresas a fechar, nós a tenir, o déficit que se dane.

A dívida externa nos 150000000000€ e os nossos ministros a distribuir dinheiro, nosso, pelos bancos que, para além de apresentarem lucros astronómicos ano após ano, ainda beneficiavam de taxas de iRC mais favoráveis.

Como a coisa ainda não estava bem composta, também o BPP, um banco de capitais de risco, de investimento, de gestão de fortunas, vem declarar que fez umas operaçõeszitas que não correram da melhor forma, e trata de pedir 700000000€ para safar a coisa.

Trata-se de uma banco de fortunas, onde o comum dos mortais não pode sequer passar da porta para dentro, onde o capital mínimo para abrir a conta é de 50000€, e os senhores não sabiam onde estavam a colocar as suas "poupanças".

Enquanto isto, e apesar das manifestações globais de que ma crise global gravíssima estava eminente, o nosso Governo, recusa-se a olhar a realidade com olhos de ver, e aprova um orçamento que prevê, em ano de crise de economia global, crescimento económico para Portugal.

Num ano em que se previa, desde Outubro, viesse a ser de encerramento de empresas, de esfriamento da actividade industrial, de redução drástica de produção e de exportações,com a consequente redução das cobranças fiscais, e com a mais que naturar queda do PIB, o nosso Primeiro Ministro vem fazer o anuncio do optimismo excerbado, porque as taxas de juro vão baixar e a inflacção vai ser mais baixa que o previsto.

Só mesmo um cromo como Sócrates faria tal declaração.

Aliás, tanto entusiasmo do nosso Primeiro Ministro, só se pode dever ao facto de, pela primeira vez no seu mandato, conseguir estar em convergência com a Europa e com o mundo: em recessão.

O problema é que a Alemanha, a França ou a Espanha, quando as causas endógenas da crise forem ultrapassadas, rapidamente recuperarão, enquanto Portugal irá penar muito para conseguir pôr o nariz fora de água.

Infelizmente, até poderia ter piada, não se tratasse do nosso nariz, e o afogamento não se devesse, em grande parte, à irresponsabilidade do Governo do Partido Socialista e daqueles que, enrolados na sua bandeira, contribuem pra a sua permanência no poder.

POR UM NOVO HOSPITAL PEDIÁTRICO EM LISBOA





Sagher teve a amabilidade de me fazer chegar um mail, que, pela sua relevância, transcrevo na íntegra:


"Olá,

Está previsto que até 2012 juntem 4 hospitais centrais de Lisboa e o Hospital D. Estefânia, num novo hospital, o de Todos os Santos em Chelas.

Hoje em dia o Hospital D. Estefânia tem 400 camas para crianças, a nova ala do novo hospital vai ter 80 camas.

Alguns serviços vão ser partilhados entre todos os serviços do novo hospital. Por exemplo, tirar uma radiografia ou sangue para analises vai ser feito num sítio único quer tenhas 8 meses ou 80 anos. É que nem sequer se tira o sangue a um bebé no mesmo sitio que num adulto, nem com o mesmo material, nem com a mesma técnica, para não falar no factor "jeito para crianças".

O que mais me custa é que que me foi dito por uma Dra. indignada do D. Estefânia que as crianças são pacientes pouco rentáveis. A maioria das pessoas sabe que a duração de uma consulta com uma criança ou um bebé é pouco previsível e que costumam surgir novas dúvidas no momento da consulta. Um médico pediatra faz menos consultas que um médico especialista, ele sabe disso e o hospital pediátrico sabe disso. Receio que uma ala pediátrica num hospital seja mais facilmente considerada como "apenas" uma rubrica num orçamento global.

Por isso assinei esta petição "por um novo hospital pediátrico em Lisboa" http://www.petitiononline.com/18772008/ que para já só tem 1.278 assinaturas.


A"


Comentário


Em 1976/77, um Ministro da Saúde de um Governo do Partido Socialista, que ainda não tinha atirado com o marxismo para os fundos de uma qualquer obscura gaveta, o Dr. António Arnaut, dando corpo a uma das imposições constitucionais da Constituiçaõ da República Portuguesa de 1976, lançou as bases de um Sistema Nacional de Saúde, que se propunha a providenciar, em termos de igualdade, cuidados de saúde de qualidade gratuitos à generalidade da população portuguesa.


Mais de 30 anos passaram, e todos temos critícas a apontar ao sistema.


Mas foi, de longe o melhor sistema de saúde que se implementou em Portugal, modelo para alguns países da Europa, e que entrou em declínio com dois factores: o gratuito passou a tendencialmente gratuito, e passou a ser olhado, não como o serviço prestador de cuidados com relevância constitucional, mas como uma despesa a que havia que pôr fim. Aliás, aquela decorrrente desta.


Agravou-se a situação, quando, o tendencialmente gatuito passou a ser piada de mau gosto, designadamente quando se cobram diárias hospitalares a quem não ganha sequer para comprar medicamentos, e passaram a olhar para o sistema já não como uma despesa pesada ,mas como um potencial de lucro imenso, que depressa alguns governos se aprestaram a colocar no à mercê da gula dos bancos e seguradoras.


32 anos passados, é um governo do Partido Socialista que está a tratar de enterrar, de uma forma vergonhosa, o sistema de cuidados médicos, o que resta do Sistema Nacional de Saúde, seguindo medidas economicistas cegas, em que apenas e só se pretende poupar nos direitos para poder dar aos amigalhaços aquilo que eles pedem e não pedem, porque lhes é oferecido de bandeja.


Foi o serviço de oncologia do Hospital de Cascais. É agora o Hospital Pediátrico de Lisboa, tal como foi com o do Porto, já para não falar no encerramento absurdo de maternidades e serviços de saúde de cuidados primários.


Pouco a pouco, vão extinguindo o Estado. Pouco a pouco vão transformando este país numa cópia de tudo o que de negativo acontece nos Esatados Unidos da América, com os seus 30 milhões de habitantes que não têm acesso a uma urgência hospitalar.


O problema é que os Estados Unidos da América, pelo menos assim parece, estão a cair na real e a tentar tirar o país da situação terrível a que as políticas neo-liberais conduziram.


Triste é ver que no Partido Socialista, com as suas políticas neo-liberais , e todos aqueles que se enrolam na sua bandeira em busca dos seus objectivos pessoais, ainda não quiseram entender o mau caminho para onde levam Portugal.


Isso ficou demonstrado na entrevista concedida pelo Primeiro-Ministro Sócrates.


Eu subscrevo integralmente a petição. Faça como eu.