Depois, assinaram entre si, contrato de promessa de compra e venda de uma fracção do dito imóvel.
Passados uns tempos, ainda a procuração não tinha caducado, eis que o actual ministro convida o então director do banco supervisor par presidir uma entidade, supostamente para ser independente, mas que depende do dito ministro.
Diz que foi devido ao currículo...
O primeiro ministro, veio, nas mesmas declarações em que zurziu nos professores por quererem violar a lei, dizer que não via nada de anormal na situação acima descrita, e que mantinha total confiança, tanto no ministro/gestor de fundos como no director supervisor/presidente da tal entidade, e que a escolha deste se deve, única e exclusivamente, ao seu currículo e carácter impoluto.
Primeiro - é imoral um primeiro ministro dizer uma coisa destas, sendo-lhe exível, não pela pessoa (que da pessoa nada se espera) mas do cargo que exerce, algum recato.
Segundo - aquele negócio tem uma classificação legal clara: negócio consigo (actual ministro) próprio (actual ministro), e é punível pela lei, a mesma que o primeiro ministro exige que os professores respeitam.
Terceiro - Este caso vem confirmar a democracia socraciana, porque só alguns é que levam.
Quarto - Chamem-se os actores desta ópera bufa, pelos nomes, :
- Actual ministro, e então gestor do fundo do BES - Manuel Pinho
- Actual Presidente da Entidade Regualdora da Concorrência, então director do Banco de Portugal (supervisor do sistema bancário português onde se insere o BES) e procurador de Manuel Pinho na compra do imóvel pertencente ao fundo do BES, e promitente comprador de uma fracção do mesmo imóvel - Manuel Sebastião.
- Primeiro ministro conivente com esta história, a partir do momento em que a mesma se tornou pública, e que olha para o lado para não ver, e mantém o status quad - José Sócrates.
- Os que levam por violar ou incumprir a lei - os professores
- Os que se safam - os dois primeiros.
Viva a democracia burguesa socraciana!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário