No seguimento das publicações anteriores, acerca do regime republicano, e do Estado republicano, há dúvidas que há já algum tempo me assaltam a mente.
Sendo os estados republicanos naturalmente laicos, sem religião, e sendo Portugal um país republicano, custa-me a entender porque razão a igreja católica e os seus membros continuam a deter tantos privilégios.
É a concordata que trás uma carrada de isenções e benefícios que isentam a instituição e os seus membros de uma quantidade enorme de obrigações normalmente cometidas aos demais cidadãos.
É a existência de capelães militares, suportados pelo erário público.
É a existência de uma disciplina chamada moral e religião, com professores nomeados pelos bispos mas cujos salários são suportados pelo contribuinte.
São as esmolas que estão isentas de qualquer imposto, e que representam milhões anualmente, quando um donativo de carácter social para ajuda a um cidadão concreto está sujeito a uma taxação estupidamente elevada, como recentemente se viu com um espectáculo a favor de um forcado incapacitado.
E muitos outros exemplos haveria para dar.
É caso para se dizer que poderá haver muita religião, moral é que não há nenhuma.
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