
Desde há uns tempos a esta parte, e fruto de uns escritos surgidos na blogosfera, neste e noutros blogs, tenho sido acusado de tudo um pouco: de ingrato a canalha, os epítetos têm sido à vontade do freguês, umas vezes identificado, outras não.
Mas não é o facto de falarem sob anonimato que me incomoda, porque está no âmbito das liberdades de cada um decidir como se apresenta.
Já me incomoda que me apresentem como ingrato, mormente quando me acusam de ser ingrato para com Castro Verde e para com os castrenses.
Gostava que quem me acusa dessa atitude viesse a terreiro, anonimamente ou não, dizer, em concreto, em que momento é que fui ingrato, e de que forma o fui.
Apenas posso concluir que o mero exercício de liberdade de opinião relativamente a assuntos de política local pode ser automaticamente transformado em atitude ingrata.
Também, já por diversas vezes o fizeram, deram a entender que, quando da minha saída da Câmara, teria recebido subsídios, presumo que de reintegração, o que é completamente falso, e, de novo desafio quem tenha provas em contrário que venha publicamente mostrá-las.
Também fazem muitas referências à minha condição de não nascido no Concelho. Para começar, creio, e que a memória não me falhe, isso ainda não constitui crime, e se o for, então a minha terra de naturalidade, Lisboa, está cheia de criminosos, muitos deles castrenses, e familiares de alguns dos que me apontam o defeito de ser lisboeta.
Se estiver enganado quanto à licitude da minha condição de cidadão nacional migrante, por favor esclareçam-me, porque a última coisa que pretendo é estar fora da Lei.
Relativamente à minha passagem pela Câmara de Castro Verde, que parece que constitui um verdadeiro highlight da vida autárquica local, e que entenderam querer fazer dela uma cruz com que tenho que penar pelo resto dos meus dias, apenas tenho que dizer que tenho a minha consciência tranquila relativamente ao trabalho que desenvolvi, o que só é possível por ter dedicado o melhor esforço no cumprimento das minhas funções.
Quanto à saída, aos motivos, à forma, às causas e às consequências, é assunto sobre o qual não me quero pronunciar publicamente, por se tratar matéria susceptível de maior constrangimento para quem teve a parte activa na situação, muito mais que qualquer dos textos que tenha ou venha a publicar neste blog, e volto a repetir a mesma frase: as boas, como as más acções, ficam com quem as pratica.
Esclareço, ainda, que não pretendi atingir o Arquitecto Duarte, no post sobre a Cavandela em que é referido, até porque se trata de pessoa por quem tenho muito respeito e apreço, apesar de uma relação profissional que foi breve, não entendendo como se pode deduzir que fazendo referência à sua competência técnica, designadamente no acompanhamento do Projecto Cavandela, o estou a transformar num alvo.
Por fim, a todos aqueles que me acusam de ingratidão gostaria que aqui viessem dizer, em concreto, quais as mentiras que foram escritas pela minha pessoa, desde que saibam, é óbvio, distinguir uma facto de uma opinião.
Ficamos a guardar.