Ontem, nova Assembleia Municipal, onde foram aprovados por ampla maioria e por unanimidade duas propostas do executivo municipal - a nova organização dos serviços da Câmara e a alteração ao mapa de pessoal para regularização do vínculo laboral de trabalhadores em situação de precariedade - respectivamente.
Durante o primeiro período destinado a intervenção do público questionei o executivo acerca da instalação de "lombas redutoras de velocidade, concretamente se tinham sido seguidas as directivas constantes da "Nota Técnica" do Núcleo de Fiscalização e Trânsito - Unidade de Prevenção Rodoviária da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Questionei, igualmente, acerca do mecanismo de decisão respeitante à regularização do trânsito, sinalização, etc.
O Senhor Presidente da Câmara preferiu não dar resposta, atirando as minhas questões para o âmbito de uma legado "prurido" que a actividade municipal causa a certas pessoas, "felizmente sempre as mesmas".
Naquele momento fiquei a saber que as minhas dúvidas enquanto munícipe não têm acolhimento junto do senhor presidente - o "campeão" do diálogo - sendo relegadas para a "gaveta" dos "pruridos".
Só relembrar o senhor presidente que há uns meses atrás, quando toda a claque apoiante da sua candidatura atacava o anterior executivo, tratavam-se apenas de criticas saudáveis e não de pruridos.
Aproveitei o segundo momento para intervenção do público para esclarecer o senhor presidente - algo que o mesmo não se dignou a fazer comigo, enquanto munícipe (pode custar-lhe muito, mas sou um munícipe de Castro Verde) - que o que tinha sido questionado não era a instalação de "lombas redutoras de velocidade" mas sim se tinham sido seguidas as recomendações da referida "Nota Técnica", e uma mera informação acerca do mecanismo de efectivação das competências municipais em matéria de tráfego rodoviário, designadamente quem decidia, como, se era sujeito a deliberação do executivo, se havia delegação por parte da assembleia Municipal, etc.
O senhor presidente manteve a sua posição, e não prestou o esclarecimento que lhe foi solicitado.
Enfim, as boas, são como as más acções e atitudes: ficam com que as pratica ou toma.
Questionei, ainda, acerca da nova organização de serviços, se tinha sido efectuada análise acerca das consequências financeiras.
Resposta: fizemos, mas não dizemos! (pelo menos para já, porque mais tarde ou mais cedo lá terão que o fazer, digo eu).
Portanto desta conversa toda, ficámos sem saber como é que as lombas de Castro Verde se transformam em "masarulhos".
Como não tenho assim tanta azia, como alguns para aí propalam, aqui fica a indicação da famigerada "NOTA TÉCNICA INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE" in http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/InformacaoTecnica/Documents/LRV%20atualizado.pdf
Pode ser que alguém se entretenha, e conclua que não basta fazer para ser (e ficar) bem feito.