Semana 3 do ano da Graça de 2018.
O que é notícia em Castro Verde?
Vejamos.
Saiu mais uma edição do indescritível Correio Alentejo.
Aquele que ao longo dos últimos anos foi o grande veículo de comunicação do Partido Socialista de Castro Verde, para alardoar pela negativa o quotidiano do concelho, conseguiu fazer uma edição na qual não só praticamente não se fala de Castro Verde, e quando o faz, fá-lo de uma forma falaciosa, enganadora mesmo.
A edição é a n.º 434, com data de cabeçalho de, pasme-se, "2017-12-08", apesar de ter sido lançada a a 12-01-2018. É uma gralha, dir-se-á, mas o que é facto é que quando se trata da data de um "jornal", e das "notícias" que difunde, a data é algo de importante. penso eu.
Página 6 -"Campo Branco - Câmaras definem metas"
Câmara de Castro Verde: "ANO MUITO EXIGENTE": (...) " O novo executivo socialista espera "um ano muito exigente e difícil", até por ter sido confrontado "com a eliminação das transferências da Autoridade Tributária, em sede de Derrama, uma verba volumosa, na ordem de 1.314.104,78 euros. (...)"
A falácia está aqui: trata-se de uma notícia referente às "metas" para 2018.
Que se saiba, nunca houve perspectiva de a Câmara receber, em 2018, em "sede de Derrama" a referida quantia de 1.314.104,78 euros.
A Câmara de Castro Verde não recebeu, em 2017, uma quantia que ficou retida para ser devolvida às entidades às quais foi indevidamente cobrada.
Em 2018, não se sabe se haverá direito ou não a Derrama, nem se, numa situação de muito bons resultados de exploração, a Somincor não tenha até que pagar derrama em valor superior àquela quantia, ou sequer se ficará algum montante retido para ser devolvido a quem pagou anteriormente de forma indevida.
Portanto, está-se a tentar enganar o povo, dizendo que a Câmara não pode contar com 1.314.104,78 euros com que estava a contar entrassem nos cofre em 2018, porque isso não é verdade.
Mas também não se compreende tal situação de emergência, quando se propõe levar a efeito o cumprimento do projecto "Castro Casa", para aquisição e recuperação de imóveis, sendo certo que alguém irá lucrar com isso, nomeadamente quem vende e quem intermedeia os negócios.
Também não se compreende, perante tal nível de contenção, a insistência em querer implementar uma unidade móvel,"médico-social", num concelho onde todas as freguesias estão dotadas de gabinete médico, e onde o clínico de família se desloca com regularidade.
Depois disto, nada mais de notícias acerca de Castro Verde.
A não ser na última página, em que a notícia, é velha de 3 meses, mais concretamente, da véspera da data da tomada de posse do novo "Prefeito" socialista: a firma dona do "jornal" Correio Alentejo mudou de mãos, passando a titularidade das suas quotas para o seu Director, Dr. Carlos Pinto, ao que consta familiar dos anteriores proprietários, que assim sucede aos anteriores sócios, entre os quais se destacava o novo "Prefeito".
Claro que isto, em substância nada muda, uma vez que o conteúdo vai continuar a ser o mesmo, e até arrisco que, quando o novo "Prefeito" deixar de o ser, também a titularidade societária da empresa mudará de novo.
Mas tenho a certeza que em termos substanciais, o Correio Alentejo continuará a cumprir cabalmente a sua função de ser "his master´s voice", que é como quem diz, a voz do seu dono.
Podiam ao mesmo ter feito um pouco de futurologia, e anunciar a comemoração solene, em almoço de equipa, dos 3 meses de cumprimento de mandato, que teve lugar no passado dia 17, numa conhecida casa de pasto da vila.
E podiam, ainda, ter noticiado que, nesses 3 meses este novo executivo socialista, e o seu "Prefeito", nada fizeram pelo concelho e pelas suas gentes.