Morreu a Margareth Thatcher.
Vai agora levantar-se um coro de elogios à baronesa que ficou famosa pelo cognome de Dama de Ferro.
A mesma Dama de Ferro que deixou Bobby Sands morrer nas cadeias inglesas por se recusar a vestir-se de presidiário, por se considerar um preso político.
Bobby Sands estava preso pela sua actividade no IRA e não por ter roubado, defraudado ou por ter levado um banco à falência.
Limitou-se a lutar, de forma violenta, é certo, mas na defesa das suas convicções, e contra as convicções colonialistas britânicas, as mesmas que justificaram a guerra das Malvinas, outra das marcas de Tatcher.
Mas o que mais marcou a governação de Tatcher foi o seu ultra-liberalismo, a destruição de toda a intervenção do estado na economia britânica, a ideia do capitalismo individual, que levaram a Inglaterra a uma situação de precariedade social gravíssima.
Quase tão grave como a que actualmente se vive em Portugal, o que até é normal, se atendermos que os nossos políticos do governo seguem exactamente as mesmas linhas, pelo que seria de esperar os mesmos resultados.
Morreu Margareth Thatcher, uma das últimas remanescências da guerra fria, que agora irá ser alcandorada aos altares dos heróis.
Não sei porque razão. Por fazer o bem não é.
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