sexta-feira, 29 de março de 2013

A Vingança Alemã






Desde o século XIX, após a unificação dos principados germânicos, a Alemanha tomou consciência do seu poder enquanto país, devido à sua localização geográfica e ao seu potencial económico.
E ainda nesse século conseguiu apanhar algumas colónias em África, continente onde nunca tinha tido qualquer influência ou presença.
Exigiram, e logo a prima Vitória lhes satisfez o pedido.
No século XX, por duas vezes, duas, a Alemanha tentou subjugar a Europa, pela via militar, com a complacência dos grandes potentados económicos europeus de sempre, a Inglaterra e a França, não o tendo conseguido alcançar.
Das duas guerras que provocou, resultaram para Alemanha pesadas multas que nunca pagou, designadamente a alguns países que agora estão em dificuldades económicas.
Por outro lado, a união de países europeus numa organização comum, parece ter acalmado a vontade hegemónica da Alemanha durante algumas décadas.
Actualmente a Europa está, e novo, sob assalto germânico, que através do estrangulamento e condenação económica dos países do Sul, tenta a todos o esforço, por um lado, reduzir o peso dos possíveis aliados que a França e a Inglaterra possam agregar num eventual esforço de oposição ao assalto ao poder que o Governo alemão está a levar a efeito, e por outro, a criar as condições necessárias para captar os depósitos bancários fugidos dos países em crise pré-bancarrota.
Claro que, acima de qualquer interesse meramente nacionalista, estará sempre o interesse da banca e do capitalismo.
Pena é que aqueles países que ainda poderiam oferecer alguma oposição à Alemanha estejam cada vez mais submissos, e deixando que a Europa caminhe para uma situação explosiva, capaz de fazer ressuscitar sentimentos que estão adormecidos, designadamente, naqueles que sempre  consideraram que a Alemanha não foi suficientemente punida, enquanto país, após a Segunda Guerra Mundial. 
Entretanto, através da imposição de regras absurdamente humilhantes a alguns países europeus em dificuldades, a Alemanha está a tentar pela via económica e política aquilo que não conseguiu alcançar através da diplomacia e da guerra.
E nós a vermos.

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