O Ministro da Economia, o inqualificável Manuel Pinho, acompanhou o Sr. "acima de zero é caro", Belmiro de Azevedo, na inauguração da primeira fase do Tróia Resort.
De lembra que, com um investimento de 60 milhões de euros, não se deverá esperar que o senhor que considera que o preço justo para tudo (o que não é seu) é zero, se destine à população deste país, ou seja, não está ali a investir para que o Zé, com o seu palhinhas, e a Maria, com o tacho de arroz de bacalhau, atravessem o Sado com a sua Vanessa e o seu Micael, para se irem banhar nas águas límpidas das praias de Tróia.
Trata-se, sim, de um Resort de luxo inacessível à esmagadora maioria dos portugueses.
À semelhança, alias, daquilo que se pretendia com a extinta Torralta, com accionistas de topo como o então Presidente da República Américo Thomaz, que pretendiam fazer a mesma coisa, mas para as classes dominantes do final do regime anterior.
Apenas separam, da Torralta e da Sonae, 34 anos, com uma Revolução pelo meio, com diversos governos do Partido Socialista, mas mantêm-se os mesmos objectivos: retirar à grande maioria dos portugueses o direito de usufruírem das excelentes condições naturais com que a Península de Tróia foi bafejada.
Eu tive a sorte de poder conhecer a Tróia quando apenas existiam uma dúzia de casas de pescadores no areal, que serviam para veraneio de algumas famílias de Setúbal, uma mata natural intacta, e uma praia excepcional onde rumavam grande parte dos residentes de Setúbal.
Assisti a todas as promessas feitas na altura, os bares de praia que começaram a nascer como cogumelos, aos hoover-craft que faziam a travessia em apenas 5 minutos, tal como assisti ao desaparecimento das casas de veraneio que acima referi.
Quem lê este post, e ler o que está no anterior, perceberá o que digo quando afirmo que algo não bate certo no caminho traçado por Sócrates para este país.
Oxalá estivesse eu enganado.
Para nós casrenses só nos resta uma consulação ou duas para o nosso orgulho concelhio. Enquanto em Troia segundo a informação dada ontém,pelo mministro Manuel Pinho, o total daquele investimento só rondará os 400 milhões de euros,portanto não chegando aos calcanhares da Cavandela que atingirá os 600 milhões, e para além disso aqui não haverá proibição de qualquer cidadão aceder livremente ao empreedimento e até de bicicleta a pedal, o que convenhamos é altamente ecológico.Estou ancioso pela colocação da primeira pedra, que certamente está para breve... A não ser que esteja condicionada pela Avaliação de Impacte Ambiental dOs porcos da Serrana?
ResponderEliminarE depois virá a Nossa Senhora de Fatima. E claro Os Três Porquinhos com Pantera Cor de Rosa enfim... EMPRIENDIMENTOS CAVAIDELA
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