quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

À RASCA!!!



É oficial: eles estão à rasca!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ai a Crise, a Crise

O nosso país está numa encruzilhada fenomenal.

Sem dimensão internacional, está à mercê da volutibilidade da conjuntura externa, dominada que está pelos detentores do capital, por um lado, e dos seus braços políticos, os governos dos grandes potentados económicos, a que se juntam agora a China, a Rússia e o Brasil.

De facto, é impossível uma economia diminuta passar incólume por esta situação económica gravíssima com consequências sociais de ainda difícil projecção.

Não resta aos países com peso económico semelhante senão minimizar os efeitos económicos e sociais daqueles que sempre mais sofrem nestas alturas.

E é aqui que o problema se agrava para o lado dos portugueses.

Com um governo que se limita a operações cosméticas, sem uma estratégia económica decente, que decidiu cuspir para o lado e assobiar para cima quando toda a oposição lançou os alertas que lançou aquando da discussão do Orçamento de Estado, negando a pés juntos a evidência dos factos que demonstravam que o mundo estava a mergulhar numa profunda crise, que se satisfez com os resultados mais negativos dos seus parceiros da União Europeia, com os sucessivo fracasso das suas medidas para injectar capital no tecido empresarial, deixando que os bancos se locupletassem com os rios de dinheiro público que colocou à sua disposição, com a vergonha de aprovar um orçamento rectificativo antes do O.E. entrar em vigor, este país entrou em desnorte e em desespero.

Cabe às autarquias, perante um cenário surrealista de crise, em que o Primeiro Ministro se entusiasma, qual Nero perante uma Roma em chamas, a comparecer a inaugurações pornograficamente dispendiosas, para lançamento de obras já gastas de esperar e de inaugurações já anteriormente repetidas, implementar no terreno as medidas básicas tendentes a minorar os efeitos da crise na vida dos comuns cidadãos.

E, felizmente, as autarquias, independentemente da sua cor política, mas com a lucidez que se exige aos eleitos e, portanto, também ao primeiro-ministro, têm sabido cumprir o seu importantíssimo papel.

Em Castro Verde também, e aí está um pacote de medidas aprovado em reunião do executivo municipal. E a par, as criticas de quem durante 35 anos não fez ouvir a sua voz. De quem durante 35 anos soube aproveitar aquilo que agora renega, que diz que está mal, mas para o que nunca apresentou solução. Nem mesmo agora, em que se limitam que tudo o que foi feito foi bem feito, mas que se consegue fazer melhor, e mais, criticam o que se faz, porque se faz, e criticam se não se faz, porque não se fez.

Quem originou a crise não foi, de facto, o governo de José Sócrates. Mas podemos afirmar, sem qualquer rebuço, que este governo foi responsável pelo atraso das parcas medidas que lançou, de não precaver a utilização errada de fundos públicos pela banca privada, e pelos vistos também da pública, de continuar a apregoar sucessos que mais ninguém vê senão os seus ministros e seus sequazes, designadamente os do Partido Socialista em Castro Verde.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

E porque razão não será mesmo assim?

Sou uma pessoa com alguma curiosidade. Ponto.

E quando não compreendo ou percebo alguma coisa, questiono.

Acho que faz parte do ser curioso.

Quando obtenho resposta às minhas perguntas, o que nem sempre acontece, analiso-as, e faço um juízo que pesa sobre dois aspectos: é uma opção ou é uma factualidade concreta e indiscutível?

Se é uma opção, para além de questionar, analiso quais as outras hipóteses que se perfilaram no mesmo plano, e emito a minha opinião no sentido de concordar ou discordar da opção feita.

Quando estou perante um facto, posso discordar as vezes que quiser dele que não altera a sua natureza: é um facto; e nada do que disser altera essa realidade.

Sendo curioso, e levantando questões, tenho que, à partida, no momento em que o faço, aceitar como boas as justificações e explicações que me venham a ser prestadas.

Vem isto a propósito do Cineteatro de Castro Verde e do Parque de Campismo de Castro Verde.

Assumindo que ninguém contesta a importância relevante que estes equipamentos representam para o concelho, um em termos culturais, outro em termos económicos e turisticos.

O cinema foi construído há cerca de duas décadas, segundo um projecto que obedecia às regras de construção da altura, com as soluções técnicas disponíveis, com os matérias normalmente utilizados e com os equipamentos à altura existentes no mercado. Ah! Já me esquecia: foi, por razões de economia, equipado com cadeiras oriundas de um cinema que entretanto encerrou, portanto, usadas. Por favor, se estou enganado quanto a este aspecto, corrijam-me.

Foi uma obra de um volume considerável, que serve o concelho e a sua população desde a sua construção, quando ainda há concelhos que lutam por ter um equipamento semelhante.

Portanto tem tido uma utilização razoável, em termos de frequência, pelo que o desgaste dela derivado é plenamente justificado.

As pessoas queixam-se, com razão, do mau estado das cadeiras e do deficiente funcionamento do ar condicionado. Quanto às cadeiras, desde há uns poucos anos está prevista a sua substituição. Só que, pelo menos parece, é do desconhecimento geral, que a substituição das cadeiras do cinema é empreitada para custar entre 150 a 200 mil euros. Os tais 200 mil que Manuel António Domingos referiu algures. Quanto ao ar condicionado, o de origem, a sua substituição para além de ser extremamente dispendiosa, não resolveria a questão, dado que o problema não é tanto do equipamento mas sim da sua colocação no contexto do edifício (por baixo da zona do palco).

A estes dois problemas, surgiram, entretanto, questões relacionadas com a climatização do edifício, com a segurança, designadamente derivada da utilização de materiais menos adequados, etc, etc., e, porque não, as novas soluções entretanto surgidas que tornaram as existente mais ou menos obsoletas.

Por aquilo que sei, a obra que ser levada a efeito, vai corrigir todos os problemas que referi, e mais alguns, vai modernizar o equipamento, tornando-o quase novo, até ficar irreconhecível.

Apareceu por aí, na blogosfera, uma senhora numa lamento indignado por, exteriormente, se tratar de uma obra de propaganda contínua à CDU, devido aos hexágonos das fachadas. Fique descansada (e eu também porque, esteticamente, detesto aquela decoração), que aquilo vai desaparecer. Mas, já agora, gostava de a esclarecer que os hexágonos deixaram de ser o símbolo da CDU no princípio dos anos 90, muito antes de o cinema ser construído, pelo que não estou a ver a utilidade de se fazer propaganda com um símbolo que já não é usado.

Relativamente ao parque de campismo, por diversas vezes levantei a questão da sua não abertura, e deixei de fazê-lo porque me disseram que existiria um problema de carácter técnico que dificultava a ligação eléctrica à rede. Esta é uma explicação plausível e aceitável, não se compreendendo que se duvide da sua veracidade, havendo que alvitrasse o recurso, presume-se que em permanência, ao gerador de emergência, que serve para ser usado nessas situações.

Goste-se, ou não, as coisas são claras: as obras precisam de ser feitas, e são feitas quando é possível fazê-las. Há imponderáveis que dificultam a concretização, sem que se possa, de boa fé, atribuir culpas a quem quer que seja. Quem não aceita que assim seja...
Vem isto a propósito da curiosidade e do perguntar. É que, se não têm a predisposição para aceitar resposta e justificações plausíveis, não vale a pena perguntar nada a ninguém, e ganham mais em deitar essa raiva toda para forma de uma forma mais afirmativa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sócrates reeleito Secretário-Geral do PS

Os militantes do Partido Socialista reelegeram José Sócrates para Secretário-Geral do PS, nas eleições que decorreram entre sexta-feira e ontem.

José Sócrates foi eleito com 96,43% dos votos, tendo-se registado 2,79% de votos em branco e 0,76% nulos.

Na eleição para delegados ao XVI Congresso Nacional do PS, a moção de José Sócrates, “PS: A Força da Mudança”, obteve 1700 delegados, a de Fonseca Ferreira, “Mudar para Mudar”, obteve 21, e a de António Brotas, “Democracia e Socialismo”, elegeu um delegado.

Estes resultados correspondem ao apuramento de 711 das 718 secções de voto ficando oito delegados por atribuir de um total de 1730.

Estão ainda por apurar as secções de Chateauxbriand (França), Suíça e Winnipeg (Canadá). A votação não se realizou em Dortmund (Alemanha) e Belo Horizonte (Brasil).

As eleições serão repetidas nas secções de Pampilhosa da Serra e Vila Nova de Poiares, ambas na Federação do PS/Coimbra.

A repetição do acto eleitoral terá lugar a 20 de Fevereiro, à mesma hora, no mesmo local.

Maria Manuela Augusto reeleita Presidente do Departamento das Mulheres Socialistas



15-Fev-2009
Maria Manuela Augusto foi reeleita Presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas por cerca de 97 % das militantes que participaram no acto eleitoral que se realizou sexta-feira e sábado, no Continente, Regiões Autónomas e nos círculos da Europa e fora da Europa.
Aos actos eleitorais para eleição da Presidente e do Conselho Político do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, foi apresentada uma única candidatura, a da actual Presidente do Departamento, Maria Manuela Augusto. À hora do fecho das urnas, e quando está já apurada a totalidade dos resultados nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, em onze das Federações (Aveiro, Braga, Castelo Branco, Évora, Algarve, Guarda, Leiria,Portalegre, Santarém, Viseu e Regional Oeste) e na maioria das Secções das restantes oito Federações, é já possível informar de que a lista por esta apresentada para o Conselho Político foi eleita por cerca de 95% das militantes de todo o país. De salientar que estes são resultados provisórios, uma vez que não foram ainda apurados os resultados de várias secções, nomeadamente nas Federações da Área Urbana de Lisboa (FAUL) e no Porto, as duas maiores do Partido Socialista.

Partido Socialista quer impor obrigatoriedade da educação sexual nas escolas



13-Fev-2009
O PS entregou ontem, no Parlamento, um projecto para impor a inclusão obrigatória da educação sexual nos projectos educativos das escolas, assim como uma carga horária mínima de 12 horas por ano lectivo.
Além da exigência da inclusão obrigatória da educação sexual nos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, o diploma impõe também a existência de um professor coordenador para esta matéria e que, designadamente no secundário, seja dado conhecimento aos jovens da legislação e serviços "a que podem recorrer no âmbito da saúde sexual reprodutiva".O diploma prevê a existência de parcerias entre escolas, comunidades locais e autarquias, e propõe que cada agrupamento de escolas ou escola não agrupada dedique um dia por ano lectivo à educação sexual. Entre outros aspectos, o projecto do PS também descreve que matérias de educação sexual devem ser ensinadas nos diferentes graus de ensino.A Confederação Nacional das Associações de Pais já considerou "positivo" o projecto do PS para impor a obrigatoriedade da educação sexual nas escolas: "Tornar obrigatória esta oferta educativa nas escolas públicas é extremamente importante e desse ponto de vista é uma medida positiva", afirmou o presidente da Confederação, Albino Almeida.
Comentário
Eis três notícias do Partido Socialista, sem qualquer intervenção da minha parte, a não ser o símbolo. Sim, por que aqui, neste blogue, não temos problemas em colocar o símbolo oficial do Partido Socialista.
Apenas para deixar nota da eleição de Sócrates para novo mandato como Secretário-Geral dos socialistas (???), e de Maria Manuela Augusto para liderar as Mulheres socialistas (???).
A pedido de um participante, solicita-se informação acerca dos resultados da votação em Castro Verde, dado que ainda não constam no blog da concelhia, e não é possível colocar questões naquele espaço, democraticamente, fechado à participação pública.
A terceira, porque se trata de uma medida que apoio inteiramente - educação sexual no ensino público -, e apenas trago à colação pela forma como é noticiada. Aquele "impor" na epígrafe mostra bem o sentido democrático do Partido Socialista e do malhador-mor do reino que dirige a comunicação do PS.
Portanto ficamos a saber que o PS não vai tornar a educação sexual obrigatória do ensino público, como matéria curricular, mas, democraticamente, vai impor o ensino daquela matéria.
Toma lá que já levaste!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Malhar nos Portugueses

Quando a coisa corria mal a Guterres, o contra-ataque vinha no registo trauliteiro que o país conhecia em Jorge Coelho. "Quem se mete com o PS leva", imortalizou-o nos anais da ameaça política em Portugal. Com Sócrates, o ex-dono do aparelho do PS tem vários candidatos a sucessor. Santos Silva, por exemplo, quer fazer esquecer Coelho na arte da agressão verbal e da ofensa política sem sentido.Ao ameaçar "malhar no PCP", Santos Silva recupera a "escola de Extrema-Esquerda" em que se formou, quando já então acusava os comunistas de "conservadores e reaccionários".
Quem tem idade suficiente ainda se lembra do carinho com que a Direita e a Extrema-Direita ouviam estes e outros mimos discursivos...
Mas, tal como antes, Santos Silva sabe bem quanto este estilo visa desviar as atenções do que mais certeiramente atinge o poder instalado. O que Santos Silva quis foi que os militantes do PS não reflectissem sobre o "medo de falar no interior do PS" (denunciado por um deles em reunião partidária), impedindo assim o efeito de contágio desta acusação; o que Santos Silva sobretudo quer é impedir que o país perceba a real dimensão daquilo em que estão a transformar o PS em Portugal.
Aliás, o Governo já não governa. Limita-se a tapar buracos e a desviar as atenções para aparecer como anjinho nas próximas eleições. Para isso se prepara, mais que governa.
De um lado, Mário Lino exige às empresas meio milhão de euros por cerimónia corta-fitas, a organizar pelo núcleo de propaganda do Governo e a pagar, é claro, por todos nós…; de outro lado, ao mesmo tempo que desperdiça meios e oportunidades, Sócrates repete até à exaustão a urgência de agir e apresentar caminhos enquanto rejeita tudo o que se lhe apresenta e propõe, insistindo em vitimizar-se e usando até as revistas cor-de-rosa para adocicar a imagem.
Parafraseando Santos Silva, afinal em quem é que o PS quer malhar? No PCP ou nos portugueses?




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Igreja de Nossa Senhora da Esperança vai ser recuperada


Notícia Rádio Pax


Igreja de Nossa Senhora da Esperança vai ser recuperada.


Esta intervenção surge devido ao avançado estado de degradação em que se encontram o altar de talha dourada e o arco triunfal da Igreja de Nossa Senhora da Esperança, em Entradas, a Fábrica da Igreja Paroquial de Entradas.A recuperação surge numa parceria entre a Câmara Municipal de Castro Verde e a Junta de Freguesia de Entradas.A constante exposição a humidades, calor e infiltrações de água têm provocado a fragilidade das estruturas são as principais razões que motivam a urgente intervenção.O início da obra de restauro está previsto ainda para o mês de Fevereiro, e terá como objectivos principais a valorização do património da comunidade, e abrir um caminho para dotar a vila de Entradas com um pólo de atracção turística, a que brevemente se juntará o Museu da Ruralidade, e de dignificação da malha urbana onde a Igreja se integra. Paralelamente a toda a situação, a Fábrica da Igreja Paroquial de Entradas lançou uma campanha de angariação de fundos. Numa carta dirigida a todos os entradenses, a instituição apela à boa vontade de todos, para que seja possível concretizar a obra de restauro.




Comentário


Mais um monumento, debaixo da alçada do IPPAR, que vai ser intervencionado pelas autarquias.



Notícia do sítio do Município de Castro Verde


Altar da Igreja de Nossa Senhora da Esperança vai ser recuperado9/2/2009


Tendo em conta o avançado estado de degradação em que se encontram o altar de talha dourada e o arco triunfal da Igreja de Nossa Senhora da Esperança, em Entradas, a Fábrica da Igreja Paroquial de Entradas, em parceria com a Câmara Municipal de Castro Verde e a Junta de Freguesia de Entradas, vão levar a cabo um trabalho de recuperação das áreas afectadas.
A constante exposição a humidades, calor e infiltrações de água têm provocado a fragilidade das estruturas são as principais razões que motivam a urgente intervenção, orçada em cerca de 15.000 euros.
A Capela encontra-se classificada como Imóvel de Interesse público, e dadas as dificuldades financeiras da Fábrica da Igreja e a ausência de apoios financeiros por parte do Poder Central, a Autarquia decidiu assumir algumas das despesas dos trabalhos de restauração do imóvel, tendo atribuído um apoio financeiro na ordem dos 10.000 euros.
A Junta de Freguesia de Entradas encontra-se também disponível para colaborar nos trabalhos de recuperação, nomeadamente no que respeita a obras, limpeza do telhado, etc.
É de salientar, ainda, a importância que este imóvel tem no património arquitectónico do concelho, e também para a própria população entradense.
O início da obra de restauro está previsto ainda para o mês de Fevereiro, e terá como objectivos principais a valorização do património da comunidade, e abrir um caminho para dotar a vila de Entradas com um pólo de atracção turística, a que brevemente se juntará o Museu da Ruralidade, e de dignificação da malha urbana onde a Igreja se integra.
Paralelamente a toda a situação, a Fábrica da Igreja Paroquial de Entradas lançou uma campanha de angariação de fundos. Numa carta dirigida a todos os entradenses, a instituição apela à boa vontade de todos, para que seja possível concretizar a obra de restauro.


Obediência a orientações partidárias e “barrigas de aluguer”


Com a devida vénia, transcrevo o seguinte post da autoria de Lopes Guerreiro, publicado no "nosso" Alvitrando ( quem qualquer sombra de abuso ou tentativa de apropriação)


"Obediência a orientações partidárias e “barrigas de aluguer”


O PS em Beja veio a público acusar os eleitos da CDU de obediência às orientações do PCP e de não cumprirem as promessas eleitorais, a propósito da sua ausência da cerimónia de adjudicação do IP8.
A utilização destes argumentos parece indiciar que lhe faltam outros, quer para defender o Governo que apoia quer para criticar a autarquia em que é oposição. Apesar disso, a tomada de posição do PS em Beja sugere-me algumas reflexões.
Esta cerimónia foi essencialmente mais um acto de propaganda do Governo que já se deslocou ao Distrito de Beja uma dúzia de vezes para anunciar vários actos do processo mas que não foi capaz de construir a estrada em quatro anos e que a não vai construir até à fronteira e, ainda por cima, decidiu que vai ser portajada.
Ao valorizar tanto a ausência dos eleitos da CDU naquela cerimónia o PS tenta fazer esquecer as suas responsabilidades neste processo e nas suas consequências para a região. O mérito da adjudicação desta empreitada não pode fazer esquecer tudo o que ficou para trás com consequências no presente e no futuro da região.
Quando alguém é eleito numa lista partidária assume um duplo compromisso com os eleitores: Respeitar as orientações partidárias, uma vez que foi escolhido pelo partido para se candidatar, e cumprir as promessas eleitorais que apresentou ao eleitorado que o elegeu. Idealmente, os dois compromissos são tão semelhantes que se confundem num só. Mas, na prática, nem sempre é fácil equilibrar esses dois compromissos pelo que, sempre que o conflito surge, deve ser bem ponderado qual o que deve prevalecer em função da situação em concreto.
Tal não deve significar obediência cega às orientações partidárias mas também os eleitos em listas partidárias não devem esquecer esse enquadramento e comportarem-se como se fossem independentes eleitos por listas independentes.
Os partidos, e o PS em particular, não podem comportar-se como “barrigas de aluguer”, cedendo a sigla, estrutura e apoios a candidatos independentes (e até militantes seus), que se apresentam ao eleitorado como se nada tivessem a ver com o partido que os apoia.
Isto só acontece, quando acontece, por oportunismo de ambas as partes, que, temendo assumir plenamente as suas responsabilidades, procuram tirar partido da situação aparentando o que não são. O que começa numa mentira não deve merecer a confiança dos eleitores."


Comentário

Pois se estou completamente de acordo, nada há mais a acrescentar.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Karl Marx em 1867



Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado.


In O Capital, 1867






From: http://movimentodaspalavrasarmadas.blogspot.com/2009/02/karl-marx-in-o-capital-em-1867.html

Comentário


Não fui eu que disse. Eu só transcrevi...

Está bem... façamos de conta




Está bem... façamos de conta
Ontem
Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média.
Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo.
Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus.
Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.
Comentário
Mário Crespo volta a surpreender-me.
É um texto muito forte, que dá que pensar.

Morreu Eluana Englaro


Notícia Diário de Notícias 10-02-2009

Itália. Eluana Englaro, a italiana que se encontrava em estado vegetativo persistente desde 1992, quando sofreu um acidente de automóvel, morreu ontem à noite. Tinha deixado de ser alimentada artificialmente há três dias. O pai não quis falar. O Governo lamentou não ter chegado a tempo. O Vaticano pediu perdão para os responsáveis

Eluana Englaro, de 38 anos, morreu ontem à noite na clínica La Quiete, em Udine, apenas três dias depois de ter deixado de ser alimentada e hidratada artificialmente pelos médicos, conforme tinham ordenado diversos tribunais. A morte da italiana que, desde 1992, estava num estado vegetativo persistente aconteceu mais cedo do que os médicos previram. E na altura em que os senadores italianos tinham começado a discutir o projecto de lei que foi apresentado pelo Governo de Silvio Berlusconi, no sentido de impedir que uma pessoa em coma possa deixar de ser alimentada artificialmente.
Ao tomarem conhecimento daquela notícia, guardaram um minuto de silêncio.
O pai de Eluana, Beppino Englaro, que durante anos lutou nos tribunais italianos e europeus para que este dia chegasse, pediu aos jornalistas que o deixem em paz a partir de agora. "Não quero dizer nada. Quero estar sozinho", disse Beppino que, segundo os media italianos, estava visivelmente comovido.
O Vaticano, que durante os últimos meses fez forte pressão para conseguir travar esta morte assistida, manifestou, como seria de esperar, a reacção mais dura ao desaparecimento de Eluana. "Que o Senhor perdoe aos que são responsáveis por isto", disse o ministro da Saúde do Vaticano, o cardeal Javier Lozano Barragan. O primeiro-ministro italiano, por sua vez, disse lamentar não ter evitado esta morte. "A nossa amargura é grande porque a acção do Governo não conseguiu salvar uma vida", declarou Berlusconi, citado pela AFP, numa referência à lei que tentou fazer aprovar de forma relâmpago para inverter a ordem dos tribunais.
Na passada sexta-feira, o Governo, conservador, deparou-se com a recusa do chefe do Estado italiano, Georgio Napolitano, em assinar a lei que exigia a realimentação de Eluana. O Presidente considerou que a lei era inconstitucional e violava as decisões tomadas pela justiça. Foi então que Berlusconi recorreu às duas câmaras do Parlamento, iniciando uma corrida contra o tempo para que senadores e deputados aprovassem a lei.
Mas não a ganhou. Eluana partiu. A italiana ficou em estado vegetativo persistente, há 17 anos, quando sofreu um acidente de automóvel. O pai iniciou desde então uma luta para que os tribunais permitissem que deixasse de ser alimentada artificialmente e viu a autorização final chegar em 2008, dos tribunais italianos e europeu. Mas a concretização da decisão judicial arrastou-se porque o Governo italiano ameaçou com o encerramento qualquer clínica que aceitasse cortar a ligação de Eluana da vida. La Quieta, ou seja, A Tranquila, decidiu fazê-lo.
Quanto aos cidadãos italianos, esses, estão divididos sobre o controverso caso, segundo as sondagens divulgadas nos últimos dias. Mas a maioria, revelaram os mesmos estudos, é contra a aprovação de uma lei que obrigue as pessoas em coma a serem alimentadas à força. A eutanásia e a morte assistida são proibidas na Itália, país muito religioso, com uma ligação muito forte à Igreja Católica.


Comentário


Se outras provas faltassem, o facto de Eluana Englaro ter falecido ao fim de 3 dias, quando os médicos previam que (ainda) suportasse duas semanas sem estar ligada aos equipamentos de suporte de vida, veio demonstrar o quanto esta jovem deve ter sofrido para satisfação da hipocrisia serôdia dos Berlusconis e Ratzingers deste Mundo.

Maria de Belém Roseira, deputada do Partido Socialista, trouxe, novamente, à luz do dia uma proposta empoeirada de 2 anos para legalização do chamado testamento vital, documento através do qual pode ser manifestada, de forma consciente e informada, quais os tratamentos que uma pessoa aceita que lhe sejam ministrados em caso de doença ou acidente que a leve a estado terminal ou vegetativo, evitando, assim, a perpetuação de estados de sofrimento do próprio e de terceiros.

Eu apoio firmemente esta iniciativa e apenas lamento o atraso que leva já a sua aprovação.

Numa época em que, cristã e caridosamente, se incentiva a, humanamente, se evitar o sofrimento dos animais, ainda se invoca o nome de Deus para provocar o sofrimento às pessoas que sofrem atrozmente com situações terminais irreversíveis.

Devemos condenar veementemente a mera presunção de Berlusconi e Ratzinger de que estão, neste momento, a sofrer mais que qualquer um dos pais de Eluana Englaro.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Crise? Qual Crise???!

No princípio dos anos noventa, em pleno furor bolsista, em que os bancos emprestavam dinheiro, de uma forma absurda, para a especulação mobiliária, Cavaco Silva, então primeiro-ministro, foi à televisão e apenas disse isto: atenção, portugueses que investem na bolsa de Lisboa, não estejam a comprar gato por lebre.

Em resultado daquela declaração, que não com estas palavras, com aquele sentido, a Bolsa de Lisboa entrou em crash, e em resultado, alguns títulos nunca regressaram à pujança de então, até porque era resultado de meros movimentos especulativos.

Recordo que se estava no segundo terço desta fase do capitalismo neo-liberal, fortemente influenciado pelas teorias de Milton Friedman, que defendia a ausência de regulação estatal da economia, e que transmitiu a seu filho David Friedman, defensor do anarco-capitalismo que defende, pela via da ausência de regulação, a sucessiva privatização das actividades que são apanágio do Estado, até à privatização das áreas relativas à justiça e à segurança interna.

Onde é que eu já vi estas ideias serem postas em prática?

Foi um período que se iniciou nos anos oitenta, passando por diversos crashes, com o nascimento de off-shores por tudo quanto é lugar exótico e com estados fracos, e que nos conduziu à actual crise.

Esta é a mãe de todas as crises, que tornou obsoletos os manuais escolares no que toca à Depressão de 1929, que perde, de longe, o qualificativo de Grande, para ser apenas um sobressalto no caminho do sistema capitalista.

No entanto, aquilo que verificamos é que os estados optaram por intervir lançando no mercado aquilo que os detentores do poder económico, e primeiros responsáveis pela actual situação, mais gostam: DINHEIRO.

Trataram de apagar o fogo lançando gasolina para cima das chamas.

De facto, ao lançar no mercado biliões e biliões de euros, que entregaram aos bancos e aos grandes grupos que vão tratar do investimento público, sem estabelecerem as regras dos mercados de capitais e financeiros, que alegremente foram sendo afastadas e anuladas, estão a criar condições para que os grandes responsáveis consigam reforçar as fortunas cuja construção foi feita à custa das classes médias, e causadores do desastre para onde o mundo foi conduzido.

Assim, a injecção de capitais nos bancos, com o intuito de espevitar a actividade produtiva, deixando às entidades bancárias a liberdade de poderem extrair ainda mais lucro das suas actividades de crédito, poderá gerar, no futuro, resultados duvidosos e consequências perniciosas.

Entretanto, as classes médias vêem-se perante a situação caricata de, tendo suportado as medidas impostas pelas contenções orçamentais, verificam que, insuspeitadamente, os países têm dinheiro a rodos, estão agora a sofrer as consequências da crise e a ver, de antemão, quem vai suportar os custos futuros da situação actual.

É que, infelizmente, os pobres são os menos afectados pela crise, porque sendo pobres a situação pouco pode piorar.

Por seu lado, os detentores do capital, são os mais afectados, mas porque ainda vão ficar mais ricos e com mais poder económico que antes.

Imaginem só os juros da dívida dos estados aos bancos que avançaram com os empréstimos para os investimentos, quando voltarem à taxa normal, aquela que eles hão-de determinar, com os spreads que bem entenderem.

Creio que, e oxalá esteja enganado, que esta para além de ser a mãe de todas as crises, é também, apenas e só, a primeira de muitas que se seguirão, se não forem rapidamente corrigidos os erros do passado que a ela conduziram.

Digo eu...

Mário Crespo vs Maria José Morgado

Mário Crespo convidou, para a sua entrevista desta noite, a procuradora Maria José Morgado.

Foi uma entrevista interessante.

Se se reparar bem, estiveram frente a frente, dois inquiridores natos, com larga experiência cada um na sua área, obviamente, mas ambos com méritos reconhecidos.


Mais uma vez, Mário Crespo me surpreendeu pela positiva, pela demonstração da sagacidade com que colocou as questões.

Maria José Morgado manteve-me o alento em certos e determinados sectores da Justiça, apontando claramente o garantismo excessivo do nosso sistema penal para a dilação excessiva e para o eterno arrastar dos processos mais complicados.

Mas vá lá alguém dizer que está errada a opção de condenar apenas e só quando estiverem afastadas todas as dúvidas acerca da culpabilidade do arguido, mesmo que isso signifique anos a fio sem uma decisão definitiva.

Voltando à componente subjectiva da entrevista, ou seja, aos entrevistadores, apenas para dizer isto: Mário Crespo é um jornalista e entrevistador experiente que mostrou hoje as dificuldades que se colocam na entrevista de quem leva a sua vida fazendo perguntas que exigem respostas inconfessáveis, alguém que está habituada a inquirir os mais inqualificáveis meliantes da praça, capazes de atribuir as culpas dos seus actos de ontem à bisavó falecida há mais de quarenta anos.

Mário Crespo viu-se perante uma entrevistada esfíngica, que apenas libertou o que queria libertar, o que tornou o sumo da conversa não muito abundante, mas muito mais saboroso pela manha necessária para o retirar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

MALHAÇÃO

Ontem, no Largo do Rato

Edmundo Pedro: há quem não se pronuncie no PS porque tem medo
05.02.2009 - 09h11 PÚBLICO


O histórico do PS Edmundo Pedro afirmou ontem numa reunião socialista na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa, que dentro do PS há quem não se pronuncie sobre a vida interna do partido porque tem medo."Verifiquei um total desinteresse, generalizado, notei outro fenómeno de pessoas que estão no aparelho de Estado que me diziam 'não posso pronunciar-me, porque tenho medo'; não é admissível no partido”, disse o militante histórico na reunião que serviu para debater a moção de José Sócrates ao congresso socialista, no círculo lisboeta.


Edmundo Pedro tentou puxar a discussão para o debate interno da situação no partido.

"Sou provavelmente a única pessoa interessada em discutir numa sessão de debate entre moções, aberta, as questões de governança interna e de pequena ou micro escala de um partido político", disse. Mas, segundo a TSF, a tentativa do histórico esbarrou na mediação feita por Augusto Santos Silva, que preferiu canalizar a discussão para a crítica externa.


"Eu cá gosto é de malhar na direita e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam de facto à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheço e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique", afirmou.





Santos Silva «comovido» com rapidez de Alegre a corrigir camaradas
Hoje às 08:51

Em resposta às declarações de Manuel Alegre, sobre as palavras do ministro dos Assuntos Parlamentares acerca dos partidos à esquerda do PS, esta sexta-feira, Augusto Santos Silva afirmou que o deputado socialista está mais preocupado com os outros do que com os membros do próprio partido.

Ministro Augusto Santos Silva responde a Manuel Alegre considerando que se preocupa mais com os outros do que com os seus camaradas

O deputado socialista Manuel Alegre não gostou das palavras usadas pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, ao qualificar de conservadores e reaccionários os partidos que estão à esquerda do PS.
Manuel Alegre acusou ainda o ministro socialista de ter entrado em ruptura com o espírito do PS.
Em resposta, Augusto Santos Silva afirmou que o deputado socialista parece mais preocupado com os outros, do que com os membros do seu próprio partido.
«Fico sempre muito comovido com a celeridade com que o deputado Manuel Alegre corrige qualquer deslize de camaradas seus, o que contrasta às vezes com o vagar com que se pronuncia quando por exemplo os seus camaradas são insultados», justificou o ministro.
A menos de um mês do Congresso do Partido Socialista está instalada a polémica entre Augusto Santos Silva e Manuel Alegre.





Santos Silva "não tem estatuto" para afastar Manuel Alegre do PS
12h34m


Manuel Alegre criticou a forma como Santos Silva se referiu à oposição e às questões internas do PS, considerando que este "não tem estatuto político" para o afastar do PS. O ministro socialista reconheceu que é "um pigmeu" quando comparado ao histórico socialista.
"O dr. Santos Silva não tem estatuto no Partido Socialista para me poder fazer afastar ou aproximar do PS. Tal como o Edmundo Pedro, eu sou uma referência para o PS, para o seu eleitorado, muito grande, como se viu nas eleições presidenciais", afirmou Manuel Alegre, questionado pela Agência Lusa.
Confrontado com estas declarações do ex-candidato presidencial, Santos Silva disse "concordar em absoluto".
"Comparado com o Manuel Alegre, com a sua história, com o seu futuro, sinto-me um pigmeu à beira de um gigante", afirmou, em declarações à saída da Assembleia da República. "O estatuto político de Manuel Alegre é imcomparável e a sua casa política é o PS. O partido e a Democracia devem-lhe muito", disse o ministro.
Em relação às críticas de Alegre, Santos Silva não teme que signifiquem um afastamento do partido, antes "pelo contrário".
"Prezo suficientemente a democracia para saber o que é um debate vivo e leal. Não abdico do meu direito de exercer o debate e a crítica política, da mesma forma que reconheço ao Manuel Alegre o direito de criticar tudo o que acha criticável, no partido e no mundo", disse. "Esse debate só enriquece o PS", acrescentou Santos Silva.
Na quarta-feira à noite, numa sessão de apresentação da moção de José Sócrates ao Congresso do PS, o dirigente socialista (e ministro dos Assuntos Parlamentares) Augusto Santos Silva disse gostar de "malhar na direita", deixando também críticas aos partidos à esquerda do PS.
"Eu cá gosto é de malhar na direita, e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam, de facto, à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheci na minha vida, e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique. Refiro-me, obviamente, ao PCP e ao Bloco de Esquerda", afirmou Santos Silva, que se referiu às questões internas do partido como "minudências".
Na mesma sessão, o histórico militante socialista Edmundo Pedro disse haver no PS quem não se pronuncie por medo, palavras que mereceram o elogio de Manuel Alegre.
"Em primeiro lugar queria dizer que a atitude do meu camarada Edmundo Pedro, com os seus 90 anos, é um exemplo para aqueles que se calam por oportunismo, por conveniência, por medo. É uma grande lição", elogiou Alegre, sublinhando que a discussão da situação interna do partido "não são minudências".
Por outro lado, o dirigente socialista lamentou o tom usado por Santos Silva numa reunião partidária aberta.
"Não tem a ver com a nossa cultura, nós combatemos politicamente, em democracia não há inimigos, há adversários, não é normal numa reunião política daquela responsabilidade vir falar numa linguagem daquelas, é uma questão de educação mas é também de formação política", considerou.
Também à Lusa, Santos Silva salientou que, na reunião de quarta-feira, saudou as três moções socialistas e atacou "politicamente a direita, o PCP e o BE", como "uma linguagem própria de quem está numa reunião partidária".
"Disse que numa sessão aberta, como era aquela, não iria tratar de questões de governança interna do partido", afirmou o também ministro dos Assuntos Parlamentares.




Henrique Neto diz que há medo no PS e critica "ministro da propaganda" Santos Silva
16h54m


O socialista Henrique Neto considerou esta sexta-feira existir "de facto medo" no PS, fazendo duras críticas "à obsessão da fidelidade ao líder" de Augusto Santos Silva, a quem chama "ministro da propaganda".
"Há de facto medo no PS e na sociedade portuguesa, pelos mais variados motivos", diz o empresário Henrique Neto, numa carta aberta ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, e ao deputado socialista Manuel Alegre, enviada à Lusa.
"Têm medo os empresários de que não sejam permitidos os apoios, os funcionários públicos relativamente aos chefes de nomeação política ou os professores da avaliação", concretiza Henrique Neto.
A carta aberta de Henrique Neto surge na sequência da intervenção do dirigente do PS e ministro dos Assuntos Parlamentares quarta-feira à noite, numa sessão de apresentação da moção de José Sócrates ao Congresso do partido onde disse gostar de "malhar na direita", deixando também críticas aos partidos à esquerda do PS.
"Eu cá gosto é de malhar na direita, e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam, de facto, à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheci na minha vida, e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique. Refiro-me, obviamente, ao PCP e ao Bloco de Esquerda", afirmou Santos Silva, que se referiu às questões internas do partido como "minudências".
Na mesma sessão, o histórico militante socialista Edmundo Pedro disse haver no PS quem não se pronuncie por medo, palavras que mereceram o elogio de Manuel Alegre, ao mesmo tempo que criticou o tom utilizado por Augusto Santos Silva.
Hoje, na carta aberta, Henrique Neto declara o seu "apoio e concordância" a Manuel Alegre, considerando que "as sucessivas intervenções do ministro da propaganda do PS, caracterizam-se pelo dogmatismo, pela política da verdade única e pela incapacidade de compreender que um partido politico moderno é mais de que a arregimentação de militantes passivos, que por seguidismo, necessidade, ou medo, deixaram de ter ideias e vontade próprias".
"No momento em que se prepara mais um congresso do Partido Socialista, a missão de Augusto Santos Silva é matar à nascença qualquer veleidade de debate livre e de novas ideias para o PS e para Portugal", critica, considerando que o ministro dos Assuntos Parlamentares se distingue "na obsessão da fidelidade ao líder".
"Augusto Santos Silva está apenas interessado em" malhar neles", começando logo por malhar nos militantes do PS", acrescenta ainda Henrique Neto, lamentando que o PS da liberdade e do debate político já não exista.
Menos duro que Henrique Neto, o deputado socialista Paulo Pedroso rejeitou a existência de medo no PS, apesar de reconhecer que "existe menos debate do que devia".
"Medo não há, há menos debate do que devia. Seria bom mais debate sempre", disse, em declarações à Lusa.
Contudo, acrescentou, num ano de eleições como é 2009, "o PS deve concentrar-se em debater as propostas para o país e não em disputas internas".
Questionado sobre as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Paulo Pedroso disse que o próprio Augusto Santos Silva "reconhecerá que 'malhar' não é o verbo mais elegante", apesar de ter sido utilizado em "sentido figurado".




COMENTÁRIO


Apenas duas ou três palavrinhas:


Quem tem telhados de vidro...


Com ministros destes, nada nos consegue livrar de um triste destino enquanto país.


É um Ministro do Partido Socialista, claro.


Porreiro, pá!


Prémio Vilalva


O Prémio Vilalva de 2008 foi hoje oficialmente entregue pela Gulbenkian ao Departamento do Património Histórico e Arquitectónico da Diocese de Beja, assinalando "o seu contributo para a defesa do património artístico da região".
Este prémio tem assinatura. Ou, melhor, assinaturas: a de José António Falcão, o professor de história da arte que dirige o DPHADB desde o seu nascimento em 1984, e a de D. Manuel Falcão, o bispo que o chamou para fundar um gabinete eclesiástico único no país.
Eram anos difíceis. O Baixo Alentejo perdia gente, a pouca que tinha, e a Igreja perdia fiéis, os poucos que tinha. Em consequência da dupla fuga, dezenas de igrejas, capelas e ermidas foram fechadas ao culto, por vezes longe de qualquer povoação. Muitas degradaram-se até à ruína ou foram pura e simplesmente pilhadas pelo tráfico de arte sacra.
José António Falcão fez do caos uma oportunidade. Recuperou o que podia, organizou cursos de conservação e restauro, fundou uma rede de museus paroquiais com as obras de arte sobreviventes, realizou um inventário do valioso e mal conhecido espólio da diocese, escreveu e editou monografias sobre os mais diversos aspectos do património local, organizou exposições, visitas e até um festival de música clássica para animar templos perdidos pela vasta geografia alentejana. E tudo isto sabe Deus (ou o Bispo) com que dinheiro...
O prémio com que hoje a Fundação Gulbenkian distingue este trabalho notável e silencioso não podia ser mais justo. Mas é também uma chamada de atenção para a responsabilidade da Igreja, dos particulares, do Estado, de todos nós, afinal, na defesa do património.
(Na imagem, a ermida de Nossa Senhora de Aracelis, em Castro Verde - um belíssima ilustração do que acabo de escrever.)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Iluminado


Notícia Rádio Castrense


"Política: Luís Pita Ameixa lamenta atitude de autarcas da CDU"


“A forma concertada dos autarcas da CDU que não compareceram à cerimónia de assinatura do contrato de concessão da auto-estrada A26 é uma má imagem para a região” – foi desta forma que, em comunicado, o presidente da Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS criticou a ausência dos autarcas comunistas na cerimónia do passado sábado, 31 de Janeiro, em Ferreira do Alentejo, que contou com a presença do primeiro-ministro José Sócrates.Refere Luís Pita Ameixa que esta atitude “mostra que os autarcas da CDU agem subjugados a estratégias partidárias, em vez de representarem os interesses das populações”.Acrescenta o comunicado do líder socialista que “num momento de grande importância para o desenvolvimento nacional, as câmaras CDU alhearam-se do acontecimento”, sublinhando que a “representação” de autarquias ligadas à CDU na cerimónia esteve a cargo do autarca de Sines, Manuel Coelho, que, recorde-se, na passada semana se desvinculou do PCP.A finalizar o comunicado, Pita Ameixa congratula a assinatura do contrato de concessão do IP8/ A26, considerando-o “um investimento do Estado na região que acresce, fortemente, a centralidade de Beja”.
Comentário
Há muitos anos que se ouve os pedidos insistentes dos autarcas alentejanos para a construção do IP8, ou a sua actualização-
Aconteceu agora, apesar de promessas infindas dos candidatos a autarquias e à Assembleia da República, de que no mandato a que se propunham é que seria.
Foi desta, e mesmo assim, só metade.
Claro que o Primeiro-Ministro, veio por aí abaixo para cerimónia, e aproveitou para anunciar mais um dos seus famosos pacotes.
Ainda acaba o Zezito dos Pacotes. Já esteve mais longe.
Bom, a notícia no entanto, para a Castrense (who else?), não é a assinatura da concessão, nem sequer o facto de a mesma ter acontecido em Ferreira do Alentejo (where else?), e não na capital do distrito e seu término. Nem sequer o Pita Ameixa, esse iluminado dos sete costados, de aquém e além mar.
Não. Metade da notícia é a ausência dos autarcas da CDU na cerimónia, e das mazelas que daí advêm para a imagem da região (lembram-se do deserto ao sul do Tejo?). A outra metade, foi a presença de Manuel Coelho, recentemente saído do PCP, que, quem escreveu a notícia, não teve pejo em adjectivar de "representação" das autarquias da CDU.
Primeiro duvido que Manuel Coelho neste momento represente seja o que for, com ou sem aspas. Acho até que nem representa a população do seu concelho. Pelo menos a sua vontade livre e democrática, expressa nas últimas eleições, ele não representa.
Segundo, isso sim é que seria notícia, poderia ter sido anunciado o nascimento de mais uma candidatura do partido Socialista, mas, claro, de génese independente.
Por último, claro que esta cerimónia, neste local, não foi uma manobra de propaganda demagógica, como se passa em Castro Verde com o cinema, ou em Mértola, com as propostas da CDU para a rede de economia local.
Não. Trata-se de cumprir o calendário normal do Governo.
Porreiro, Pá!

Luzes de Mértola


"Os eleitos da CDU - Coligação Democrática Unitária na Câmara de Mértola apresentaram, em reunião de Câmara, uma proposta de criação de uma rede para a economia local. Lamentam contudo, o facto do plano em causa "não ter chegado a ser discutido" e de ter sido "relegado para mais tarde". O presidente da autarquia mertolense diz que "o plano apresentado pelos vereadores da CDU é demagógico" e que "tem fins eleitoralistas".
Os eleitos da CDU - Coligação Democrática Unitária na Câmara Municipal de Mértola apresentaram ontem, em reunião de Câmara, uma proposta de criação de uma rede para a economia local. Os vereadores da CDU lamentam contudo, o facto "do Executivo socialista não ter aprovado o plano" e do mesmo "não ter sido sequer discutido, na medida em que foi relegado para mais tarde".

Jorge Revez, eleito da CDU na Câmara de Mértola, identificou as propostas efectuadas, realçando que "as mesmas consistem em três conjuntos de medidas, nomeadamente: a criação de um Gabinete Técnico para trabalhar a tempo inteiro nas matérias destinadas aos pequenos comerciantes e produtores, de um grupo de acompanhamento, com entidades locais e regionais, para desenvolver a sua actividade no âmbito do desenvolvimento e mais 25 medidas destinadas às empresas e aos munícipes". Explicou igualmente que "o plano tem um carácter extraordinário" e que "se destina a ser aplicado e a ter impacte no corrente ano". Nas palavras de Jorge Revez, "a autarquia mertolense não tem sabido desenvolver uma estratégia que vise a resolução dos problemas que os homens do sector do comércio e da produção enfrentam". Acrescentou que "as propostas que o plano contempla têm como objectivo minorar os efeitos da crise que se vive" e que "a mesma tem tido um efeito muito acentuado no concelho de Mértola". "Os vereadores da CDU prometem", nas palavras de Jorge Revez, "continuar a alertar para a implementação destas medidas e a lutar para que as mesmas sejam colocadas em prática de forma rápida e eficaz".

Jorge Rosa, presidente da autarquia mertolense, frisou que "sempre foi desenvolvida pela Câmara de Mértola uma estratégia para o desenvolvimento do comércio local", que "algumas das medidas propostas pelos vereadores da CDU não fazem sentido" e que "outras até já foram implementadas". Adiantou igualmente que "vai ser apresentada em breve uma estratégia objectiva e sem demagogias sobre esta matéria". Jorge Rosa disse ainda que o plano em causa "é demagógico" e que "tem fins eleitoralistas"."




COMENTÁRIO

Repare-se na profundidade e objectividade do último parágrafo, e, já agora, para a lucidez e isenção do actual edil mertolense. O que ele descobriu. Claro que se trata de uma manobra dos malfadados comunistas marxistas-leninistas para, primeiro, dominar, e depois, destruir o comércio local de Mértola.

Impressionante.

Jorge Rosa para o Ministério da Economia! Já!

Os mertolenses dispensam a vinda de Manuel Pinho. Nem para caçar patos.
Porreiro, Pá!

Iluminados

Tenho visitado, com alguma frequência, o sítio da candidatura do Partido Socialista, que vem noticiando afincadamente os contactos que vem mantendo com diversas associações do concelho, designadamente a Associação de Agricultores do Campo Branco, a mesma a quem o anterior Presidente da Câmara vendeu um terreno a preço de custo, para construção da nova sede, que tanto alarido tem causado junto daquela candidatura e seus instrumentos de propaganda, e que tanta comichão causou aos eleitos do, pasme-se, mesmo Partido Socialista quando a referida venda foi efectuada, relativamente à qual se opuseram e levantaram suspeições.

Basta consultar as actas da Câmara, e da Assembleia Municipal.
Enquanto uns prometem apoiar, outros apoiam efectivamente.
E para não dizerem que estou a dar uma reviravolta na minha opinião, reitero a minha discordância, não quanto à venda, mas quanto à localização do edifício.
Fez-se, por aqueles sítios, outra promessa: iluminar os nossos monumentos.
Claro que eles estão às escuras devido aos ateus comunistas que não puseram "uma dúzia de luzes" apontadas aos ditos.
A verdade, e é pena que se esqueçam disso, é que devido aos entraves levantados levantados pelo inefável IPPAR, há muitos anos que a Câmara e a Diocese não conseguem colocar a tão desejada iluminação na Basílica e na Igreja dos Remédios.
Aliás, devido a esses senhores, quase nem podemos tossir a menos de 50 metros de distância dos ditos monumentos.
Já me esquecia. Quem manda no IPPAR são os senhores do Partido Socialista. Claro que devem ser do outro, não do de Castro Verde.
Sabiam que, os mesmos senhores, do mesmo IPPAR, do mesmo Partido Socialista, levantam tantos problemas que, no edifício onde funcionou inicialmente o jardim infantil, que os proprietários que o adquiriram para abrir uma unidade hoteleira, acabaram por o vender, sendo hoje uma casa particular.
Assim se apoia o desenvolvimento local.
Outra coisa que me apraz verificar, é o crescimento da lista de apoio, que tem gente de toda a parte do país e, mesmo do Brasil. São salutares estas manifestações de castrenses que se encontram fora, mesmo no Brasil (???) onde se encontra um castrense chamado Lalo, esse nome tão português.

Para acabar de vez com os rumores de censura, que eu próprio verifiquei, e não não apenas rumores, acabaram-se, de vez, as hipóteses de voltar a acontecer tal coisa: não há comentários para ninguém, logo não há nada a censurar. Apenas são permitidos comentários de apoio, na zona de inscrição para a lista de apoiantes.

Como se pode verificar, tudo se resume a uma questão de luzes, melhor, de uma dúzia de luzes.