sábado, 26 de julho de 2008

O Partido Socialista em Castro Verde


O Partido Socialista em Castro Verde passa 99% do ano em profunda hibernação, a ganhar fôlego para a a batalha seguinte que, invariavelmente, só acontece de 4 em 4 anos.


Nos últimos três meses fez três aparições:


- Insurgiu-se contra Caeiros se ter congratulado com a implementação de uma medida do Poder Central em Castro Verde, salvo erro, o balcão casa pronta, ou semelhante.


- Insurgiu-se com a saída de Caeiros para o PORA.


- Insurge-se contra o facto de terem deixado de haver 4 vereadores com pelouro, para haverem 3 e um em regime de não permanência.


É complexo.


Em vez de encarar como positivo o apoio de um eleito local, de um partido da oposição, a uma iniciativa governamental, vem para a rua gritar aqui d´el rei que alguém se está a aproveitar de algo.


Durante 32 anos lutaram contra Caeiros sem nada conseguirem, a não ser a soma de derrota atrás de derrota, num total de 9, e agora que ele se vai embora, alto lá que não tem nada que sair daqui.


Mudou o presidente, e é natural que, sendo pessoa diversa, entenda conferir ao seu executivo os contornos que entender, e vem criticar, apenas por criticar, por, com menos 1 vereador, tentar cumprir o programa, esquecendo-se que pode ser uma opção do eleito de entra, ou até mesmo, estar-se perante uma situação em que 3 são de menos e 4 são demais.


Sumo disto tudo: estamos a 1 ano das eleições, e o PS tem que aparecer, nem que seja para fazer a critica fácil própria dos políticos de 15ª linha. Eu acho que o Partido Socialista pode aparecer dando voz ao seu programa e com a crítica construtiva que se espera de um partido de poder.


É tudo uma questão de opções. Há quem opte por optar mal...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Mercado Municipal de Castro Verde

O Mercado Municipal, no local onde se encontra, foi uma conquista dos castrenses, que ganharam um edifício novo e mais "dentro de portas".

Com os anos, e a abertura das superfícies comerciais, os compradores foram-se afastando, as lojas foram encerrando, e agora temos uma infra-estrutura quase às moscas.

Será que não se consegue levar o consumidor ao mercado municipal?

Será que não se conseguem criar as condições para haver, com regularidade, mercados de "produtos da terra", directamente do produtor ao consumidor, e a preço justo?



Será que não é possível criar naquele local um pólo comercial dedicado a produtos artesanais, indicado pelo gabinete de Turismo aos viajantes que por cá passam?

Será que merece a pena pensar em manter a actividade comercial naquele espaço?

Se a resposta for negativa, então que destino poderemos dar àquele espaço?
Dar-lhe uma utilização Administrativa, dado que se encontra perto das oficinas municipais?
Dar-lhe uma utilização cultural? Um auditório intermédio entre o cine-teatro e o fórum municipal?

Penso que é altura de reflectir que destino dar àquele espaço, porque é muito triste ver o espectáculo a que o Mercado chegou, e será lamentável ficarmos com aquela estrutura abandonada.

Estamos no Verão, tempo de férias, porque não dedicarmos 2 minutos do nosso tempo a pensar neste, e noutros, assuntos da nossa terra, e contribuirmos com ideias para bem da comunidade.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Inquérito à População de Castro Verde

Como todos estarão recordados, durante o mês de Abril de 2008 decorreu um inquérito junto da população castrense, alegadamente acerca das suas preocupações, as suas prioridades, enfim, acerca das suas perspectivas para o futuro e qual o seu entendimento acerca da acção futura do Município.
Julho está no fim, e nunca mais se ouviu falar em tal inquérito, mais estranho ainda se tornando pelo facto de ter sido a uma agência externa, supostamente com experiência no assunto.

Bom, a verdade é que também não sabemos quais os critérios utilizados, nem na escolha da agência, nem na análise dos dados.

Seria bom, digo eu, que neste momento de acalmia, houvesse um esclarecimento acerca deste assunto.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Um País a Duas Velocidades

MAIS UM EXEMPLO DE UM PAÍS A DUAS VELOCIDADES...

««quem utiliza a banda larga no Litoral e nos grandes centros urbanos pode vir a pagar menos do que o resto do País por este serviço da Portugal Telecom, de acordo com uma proposta da entidade reguladora (Anacom). O Governo concorda com a segmentação geográfica do País, mas o PSD alerta para o facto de os cidadãos de alguns concelhos irem pagar "mais 57 por cento pelo acesso à banda larga do que um cidadão que resida em Lisboa"»»

««Caminha, Pombal, Santarém, Castro Verde e Sines são alguns dos concelhos que podem pagar mais do que os lisboetas ou algarvios pelo acesso à internet de banda larga»» in: correio da manhã

O "choque tecnológico" parece que ainda não chegou a todo o país, ou melhor, chegou mas mais caro em certas zonas, por muito que se esforcem vai sempre haver um país dividido, ou seja, Portugal Interior, e o Portugal Litoral, isto fruto de uma política que já vem dos anos 60, onde se investiu, mas sempre no mesmo sítio, e os resultados aí estão...


In http://wwwbragablog.blogspot.com/2008/07/mais-um-exemplo-de-um-pas-duas.html



Gaspacho e Tomatada são "senhores" nas mesas do Baixo Alentejo

Gaspacho e Tomatada são "senhores" nas mesas do Baixo Alentejo


Vários tipos de pratos frios e quentes à base de tomate "enriquecem" até domingo as ementas de 43 restaurantes do distrito de Beja, durante a segunda Semana Gastronómica do Gaspacho e Tomatada.Numa altura em que o tomate é "rei" nos campos e às mesas do Alentejo, a iniciativa, promovida pela Área Regional de Turismo do Alentejo, envolve os concelhos de Aljustrel, Alvito, Beja, Castro Verde, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Odemira, Ourique, Serpa e Vidigueira.Além dos pratos frios, como o gaspacho e vários tipos de saladas, alguns restaurantes oferecem também pratos quentes de carne e peixe confeccionados com tomate, como costeletas de cabrito de tomatada ou javali em molho tomate.

coipiado de Correio Alentejo in http://www.correioalentejo.com/index.php?diaria=2273

Aniversário da Batalha de Ourique

869º Aniversário da Batalha de Ourique

No âmbito das comemorações do 869º Aniversário da Batalha de Ourique, a Câmara Municipal de Castro Verde, a Câmara Municipal de Ourique e o Exército Português associam-se para, nos dias 24 e 25 de Julho de 2008, assinalar a data lendária, com algumas iniciativas evocativas, a decorrer nas vilas de Castro Verde e Ourique.
O local de S. Pedro das Cabeças, no concelho de Castro Verde, considerado por muitos o palco onde, em 1139, D. Afonso Henriques terá travado a Batalha que conferiu a Portugal o estatuto de Reino, tem sido desde há muitos anos o local escolhido para celebrar, a 25 de Julho, o dia da Batalha, que ultimamente tem estado também associado às comemorações do dia do Exército.
A importância da Batalha de Ourique prende-se com o facto de ter sido sinónimo de uma importante viragem na história de Portugal, visto que é também a partir desta que surge o novo conceito de Portugalidade, classificando, assim, o nosso país como um dos mais antigos do mundo, e o mais antigo da Europa.
Inserida no programa das comemorações está a apresentação pública do livro “A Tradição Lendária de Afonso Henriques e as Memórias do Rei Fundador em Castro Verde”, da investigadora do Centro de Tradições Populares Portuguesas Maria de Lourdes Cidraes, numa edição da Câmara Municipal de Castro Verde. O evento decorrerá no dia 24, pelas 18 horas, na Basílica Real de Castro Verde, e conta com a participação do Grupo Coral “Os Ganhões de Castro Verde. A obra comporta uma análise aprofundada à tradição lendária patente na coroação de D. Afonso Henriques, tendo por base a Lenda do Milagre de Ourique e o mito fundador português.
Mais informações no Programa disponível no sítio do Município de Castro Verde in http://www.inesting.org/cm_castroverde/noticias/detalhe.asp?id=95.

Eu quero aplaudir!!!

Eu quero aplaudir as alterações efectuadas na sinalização vertical de trânsito, nomeadamente na zona do cemitério de Castro Verde com a substituição de uma imensa floresta de sinais STOP por sinais de perda de prioridade.

De facto, a rotunda ao fundo da Rua de Santa Bárbara era um absurdo de sinais STOP, devendo ser a única rotunda que o não era, apesar da forma, pela ausência de sinal de obrigatoriedade de contornar a dita, ou, ao invés, a única rotunda do país com STOP em todas as suas entradas.

Mais se torna importante esta alteração em virtude da entrada em vigor das novas regras do Código da Estrada. que prevêem a cassação da carta por não respeito do sinal de STOP, sendo certo que muita gente, devido ao absurdo da sua colocação, e à sua não justificação, não faziam a obrigatória paragem que se impõe.

De parabéns o Vereador com o pelouro do trânsito, uma das áreas que apenas é comentada para denegrir e que ninguém refere quando há motivos para elogiar.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Pela Recuperação da EN 123


Adelino Coelho, Deputado Municipal de Castro Verde, eleito pelo Bloco de Esquerda, e autor do blog Cortevicentino, deixou um comentário, que se transcreve na íntegra, apelando-se, desde já, à adesão de todos os castrenses.


"Está a decorrer um abaixo assinado, que já conta com algumas centenas de assinaturas exigindo um novo tapete para esta estrada. a adesão das populações a esta iniciativa tem sido total, e no próximo sabado estarei em frente à cooperativa de Castro Verde durante a manhã a fazer a recolha de assinaturas, para no final deste mês serem enviadas para o Ministro das obras publícas e comunicações, Governador civil de Beja e a todos os grupos parlamentares na Assembleia de República."

Abaixo Assinado Contra o Licenciamento da Suinicultura da Herdade da Serrana, em Castro Verde



Abaixo-assinado apela ao não Licenciamento da “Exploração Suinícola da Herdade da

Tendo em conta que se encontra em fase de consulta pública o “Estudo de Impacte Ambiental da Exploração Suinícola da Herdade da Serrana”, está a circular no concelho de Castro Verde, um Abaixo-assinado, dirigido ao Director-Geral da Agência Portuguesa do Ambiente, de forma a apelar ao não licenciamento da exploração.

A “Herdade da Serrana”, situada nas proximidades da vila de Castro Verde, e em plena ZPE (Zona de Protecção Especial), desde há cerca de duas décadas que tem causado um impacte bastante negativo, do ponto de vista ambiental. A qualidade do ar e dos recursos hídricos tem sido profundamente afectada, o que provoca consequências a nível da conservação da natureza.

O referido Abaixo-assinado apela ainda para que todos os esforços sejam feitos, no sentido de obrigar ao encerramento urgente da exploração suinícola, que em muito tem afectado toda a população de Castro Verde.
Quem estiver interessado em contribuir com a sua assinatura para este Abaixo-assinado, deverá dirigir-se ao edificio da Junta de Freguesia de Castro Verde.

Festa de Entradas - Noites de Santiago 2008


A partir de 25 de Julho, na Vila de Entradas, numa iniciativa da Câmara Municipal de Castro Verde, da Junta de Freguesia de Entradas e das associações locais, irão decorrer as tradicionais festas de Entradas, designadas por Noites de Santiago.

Irão haver espectáculos, tourada, com alguma programação cultural, para além das tasquinhas e restaurantes.

De salientar a inauguração do Pólo de Entradas da Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, ao fim de quase quatro anos de se ter iniciado o processo, e que já noutro blog tinha chamado a atenção para a demora que se estava a verificar.

Enfim, mais vale tarde ...

Nova Composição da Câmara Municipal de Castro Verde


Por sugestão, boa, por sinal, do Manuel António Domingos, assíduo participante deste blog, aqui fica a nova composição do executivo camarário de Castro Verde, após a suspensão de mandato por Fernando Caeiros, Presidente eleito, e novamente eleito para representar os municípios no Programa Operacional da Região Alentejo, como administrador executivo.

Presidente da Câmara - Francisco José Caldeira Duarte - PCP-PEV / CDU

Vice-Presidente - António João Fernandes Colaço - PCP-PEV / CDU

Vereador - João Alberto Fragoso - PS

Vereador - Paulo Jorge Maria Nascimento - PCP-PEV / CDU

Vereadora - Maria de Fátima Silva - PCP-PEV / CDU

O Vereador João Alberto Fragoso não tem pelouros atribuídos e a Vereadora Maria de Fátima Silva, exercerá funções de coordenação da área do ensino e acção social, mas apenas a tempo parcial.

A todos, desejos de um bom resto de mandato, e, em especial à nova vereadora, muitas felicidades neste novo desafio.

Mais um corte no abastecimento de água


É normal haver problemas na rede (envelhecida) de abastecimento de água. Aliás, já por diversas vezes me referi a esse tema à real imperatividade de um levantamento das condições da rede e posterior intervenção profunda.


Nas últimas semanas, os cortes de água voltaram, o que, aliado à má qualidade da água, acentuada pelo calor e diminuição do volume armazenado na Barragem da Rocha, é um dos paradigmas do nosso Verão.

Hoje, neste momento, à hora em que, naturalmente, quando se prepara a refeição da noite, nos lares de Castro Verde, de onde se esperava que saísse um caudal de cristalina água, sai um sumido fio de água, anunciando mais um corte de abastecimento.

Sendo normal, porque venho eu aqui falar nisso?

Primeiro, porque ainda não compreendi porque é que uma rotura, concerteza num dos sectores de distribuição, não tem, necessariamente que afectar toda a Vila.

Depois, para relembrar que isto é assim sem Cavandela. Imaginem outra Vila de dimensões superiores às de Castro Verde, com um consumo muito mais elevado de água, no Verão, quando tiverem que preterir o consumo humano em favor da relva dos campos de golfe, quem é que irá penar? Os turistas do complexo? Esperemos que sim.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Rotunda na Estrada de Mértola


A rotunda da Estrada de Mértola, em Castro Verde, está a ser, em definitivo, construída.



Até que enfim, apesar de tudo indicar que a mesma não será muito maior que o donut que acima se apresenta, até mesmo porque não há espaço suficiente para mais.


Tragam já um químico!!!!

Retirado do blog do meu homónimo conimbricense Nuno sequeira, "hoje Apetece-me", in: http://hojeapetece-me.blogspot.com/

Hoje apetece-me...

perguntar,

Num exame de Química:

- Qual a diferença entre solução e dissolução?Resposta do aluno:- Se colocarmos um membro do governo em ácido sulfúrico e esperarmos que se dissolva, temos uma dissolução; se fizermos o mesmo com o governo inteiro obtemos a solução.
Comentário:
Tragam já ácido sulfúrico e um químico!
Chegámos nós a este ponto com uma solução tão fácil!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novos Tempos


Depois da azáfama da mudança dos titulares do Poder Local em Castro Verde, em simultâneo com as Festas da Vila, chegou a hora de entrar em mares mais calmos, conferindo aos autarcas que vão levar o mandato até às próximas eleições a confiança necessária para que possam mostrar o que valem, sem as limitações a que anteriormente estavam sujeitos.

Eu confiro-lhes a minha confiança para esse fim.

E como se trata de um período muito curto, para além de prepararem obras de maior vulto já previstas, e de acompanharem atentamente o desenrolar do "dossier Cavandela", sugiro-lhes que levem a efeito, aquelas pequenas intervenções que há muito todos esperamos e que nunca mais saem.

Indico, para já, apenas três:

1 - Construção da Rotunda do Cruzamento da Estrada Nacional 123 com a Rua de Mértola.

2 - Demolição do muro do Jardim Público (Parque Infantil)

3 - Regulação do trânsito, com as necessárias mudanças na sinalização.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Entrevista de Fernando Caeiros ao Correio Alentejo


Passadas que estão as Festas da Vila ´08, e o Abrunhosa se retirou após a sua grande exibição, levando consigo os seus óculos escuros, é tempo de ler com óculos de ver ao perto as palavras do auto-suspenso Presidente da Câmara, em "viagem" até Évora, na entrevista que concedeu ao Director do Correio Alentejo, António José de Brito.

É uma entrevista engraçada de se ler, com tempo, e nas entrelinhas diz muito mais que em todas as palavras que a compõem.

Transcreve-se a entrevista quase na íntegra, dixando para outras núpcias a parte respeitante à "polémica do lar".

Se eu fosse presunçoso, o que a minha religião proíbe terminantemente, diria que o guião da entrevista foram as questões que, desde há um ano a esta parte, tenho vindo a levantar na blogosfera. Como não sou, digamos que o Directos do Correio do Alentejo tem dúvidas semelhantes às minhas.

Acerca da Cavandela

Correio Alentejo (CA): "O cidadão comum é muito céptico em relação a estes investimentos."

Fernando Caeiros (FC): "É uma atitude compreensível por parte do cidadão comum, dado o conjunto de projectos desta natureza que foram anunciados ao longo dos anos e não foram concretizados. (...). Nós, o que preconizámos em termos de programação da execução foi no sentido de ser dada alguma prioridade à componente agrícola e hoteleira, aquela que é mais vincadamente turística. Isto quer dizer que durante 2009, o promotor terá de apresentar o projecto de execução da unidade hoteleira, por exemplo."
CA: "O cepticismo faz sentido face à grande dimensão do projecto?"

FC: "É uma dimensão grande mas o projecto será desenvolvido durante década e meia. Por outro lado eu não sinto que haja tanto cepticismo assim."

CA: "Faz sentido criar um parque empresarial junto a uma unidade turística?"

FC: "Na nossa opinião faz todo o sentido e, em termos de programação, considerámos que essa deve ser uma etapa prioritária no plano. Não poderá ser relegada para 20015 ou depois. Tem de entrar logo no início da programação. E admitimos até que possa ser desenvolvida uma parceria público-privado para acelerar esse processo do parque empresarial."

CA: "Que actividades vão ser localizadas ali?"

FC: "O que se pretende é a instalação de serviços a empreendimentos desta natureza. E chamo a atenção que a propriedade onde assenta o empreendimento está fisicamente separada da zona empresarial pelo ramal ferroviário de Neves-Corvo. Por outro lado, haverá uma regulamentação específica no sentido de que só acolherá actividades compatíveis com os usos adjacentes."

Comentário:

Perceberam? Eu também não.

Por um lado é normal o cepticismo, mas afinal não há assim tanto como isso.

Para combater o cepticismo, dá-se prioridade à componete agrícola e turística e, também, à empresarial.

Recorre-se a parcerias público-privadas, para o parque empresarial. Mas isto não é, na prática uma parceria público-privada?. Então a zona empresarial não era uma contrapartida? Ainda por cima, uma zona empresarial dedicada a serviços a prestas a actividades relacionadas com, subentende-se, o complexo adjacente.

Começo a perceber: a zona empresarial, que é uma contrapartida do promotor ao Município, afinal é um elemento de suporte do complexo que o promotor vai explorar, e, ao mesmo tempo, vai escoar a produção da componente agrícola. Boa contrapartida para o ... promotor, obviamente.

Já agora uma perguntinha: muito antes de se olhar para a Cavandela como a galinha dos ovos de ouro, Castro Verde debatia-se com a falta de uma zona de actividade económicas. Para onde vai isso? Não me digam que vã plantá-la no meio de uma qualquer nova urbanização como fizeram com o edifício da Associação de Agricultores.

Aliás isto é a prova de que duas coisas tão diferentes podem viver em conjunto: os do Bairro dos Bombeiros têm o armazém separado das casas por uma estrada; os turistas da Cavandela estão separados do parque industrial pela linha do comboio.

Não compliquem as coisas.


Os Impostos da Somincor


CA: "Castro Verde tem um território fácil e uma mina que paga bons impostos. São vantagens que, terá de reconhecer, muito importantes para o concelho face a outros da região?

FC: "Há aqui vários factores. Os impostos têm algum peso, não direi que não tenham. Mas em 20 anos de actividade, a Câmara recebeu impostos 5 ou 6 anos. Não me parece que seja o mais determinante de tudo. Os fundos comunitários, por exemplo, Têm um peso muito mais expressivo do que a Somincor."

CA: "Mas comparativamente com outros concelhos, os impostos da Somincor têm sido muito importantes."

FC: "Sim, está bem. Mas há aqui mais de duas décadas em que não houve receitas nenhumas pela via da Somincor. Mas devemos ter presentes vários factores. Castro Verde tem a melhor posição geográfica do distrito de Beja e tem, por exemplo, as melhores acessibilidades da região. Por outro lado, não deve ser desprezada a estabilidade política local, porque ajuda e dá confiança. Sente-se estabilidade e a autarquia conseguiu nestes anos uma boa capacidade de diálogo e até de parceria com entidades e interesses contraditórios. Isso é uma verdade inegável."

Comentário:

Não respondeu a nenhuma das perguntas.

Enalteceu a sua obra, que tem os seus méritos, obviamente. Daí a negar a importância dos montantes entrados nos cofres municipais, oriundos da derrama da Somincor, já é uma abuso.

É óbvio que a verbas comunitárias são extremamente importantes. Mas essas verbas apenas cobrem parte dos investimentos a que se destinam. O resto tem que ser posto pela autarquia. E, aí, venham dizer que não pesaram os dinheirinhos da Somincor.

Adorei a segunda resposta, aquela da excelente localização e coiso e tal. Mas quantas empresas é que se localizaram aqui por via desse facto? O Centro de Inspecções? No meio de uma zona urbana? Fixe.

O final do parágrafo, então, está sublime. Abstraiam-se de quem proferiu estas palavras. Agora imaginem o Primeiro Ministro a dizê-las, a louvar a maioria absoluta, a concertação (social) de interesses contraditórios. Porreiro, pá!


Finanças Municipais


CA: "Qual é o quadro financeiro da Câmara neste momento?"

FC: "Traduzido em números, se a Câmara tivesse de pagar a quem deve, não teria dívidas de curto prazo. Ficaria só com os empréstimos à banca. Por outro lado, temos a capacidade de endividamento liberta acima de 60% e um prazo de pagamentos inferior a 60 dias. Posso dizer que, quando sair da Câmara, vou deixar nos cofres dois milhões de euros a render.


Comentário:

Pagam-se as dívidas de curto prazo, as tais dos 60 dias de pagamento, e ainda ficam por pagar os empréstimos, que se saldam acima dos 30% da capacidade de endividamento.

É assim que quem gere a coisa pública deve pensar: já pedi emprestado um terço daquilo que posso pedir, e não, ainda posso pedir dois terços daquilo que me é permitido pedir.

Portanto, o dois milhões que ufanamente anuncia que ficam a render, pagam as dividas de curto prazo, e ficam por pagar os milhões de médio e longo prazo.

Depois de receber milhões, três anos seguidos, ficar satisfeito com este resultado é, por assim dizer, um bocado triste, mas enfim.

O MAD concerteza nos poderá elucidar do montante dos empréstimos a pagar, já que o entrevistado o não quis fazer.


Rede Viária Municipal


CA: "Falemos da rede viária municipal. Não acha que há debilidades e promessas por cumprir?"

FC: "Sob o ponto de vista das necessidades , circulação e segurança das pessoas e da actividade económica, temos uma rede que corresponde às necessidades. Admito que gostaríamos de ter uma melhor qualidade de pavimento nas estradas Castro Verde - Casével e Castro Verde - Santa Bárbara de Padrões."

CA: "Entre Castro Verde e Santa Bárbara, sendo uma via de acesso a Neves-Corvo, não devia haver outra atenção?"

FC: "Nunca deverá ser a principal via de acesso ao complexo mineiro. Essa via deve servir para circulação estritamente interna, entre freguesias."

CA: "Mesmo para isso está muito má"

FC: "Reconheço que é uma estrada que carece de alguma melhoria ao nível do pavimento e do percurso transversal. Precisa de um alargamento de sensivelmente um metro da faixa de rodagem e de um pavimento mais moderno."
CA: " Quando vão ser feitas essas obras?"

FC: "A Câmara está a preparar o lançamento da empreitada para o percurso entre Santa Bárbara e Neves-Corvo. E teve um concurso para beneficiar o trajecto de Castro Verde até Santa Bárbara, mas não está em condições de poder adjudicar a obra porque as propostas não reuniam as condições. Em princípio vamos ter que fazer novo concurso."


Comentário:

Até que enfim Fernando Caeiros admite, por escrito, que a estrada de santa Bárbara necessita de ser intervencionada, sem ter que fazer uma auto-estrada. Mas, ainda assim, está difícil de aceitar bem a coisa.

Não tive conhecimento do lançamento de qualquer concurso de empreitada pra o troço referido, mas até admito que tenha passado. O incrível é o troço até Neves Corvo avançar primeiro que o troço até Santa Bárbara.

Recordam-se que a população de Santa Bárbara deixou cair a estrada até Castro Verde para ter um Lar? Pois então parece que, tem o Lar e o troço até Neves Corvo, de brinde.

Não que discorde, porque, contrariamente ao auto-suspenso Presidente, eu acho que, sendo uma via de ligação a Neves Corvo, aquela via tem que ser intervencionada, ainda para mais com a abertura do poço do Lombador.

O que se lamenta é o diz não diz até dar a mão à palmatória.

No fim disto tudo, fica-se a saber que as duas vias municipais com relevância, Casével e Santa Bárbara, carecem ambas de intervenções profundas no traçado e no pavimento.

Mas, apesar de tudo, satisfazem as necessidades.


Eleições Autárquicas de 2009


CA: "Porque é que decidiu aceitar o convite para representar os municípios na gestão do QREN?"

FC: "Confesso que, quando me foi feita uma sugestão para admitir essa possibilidade, disse que não e disponibilizei-me para ajudar a encontrar algum consenso entre municípios. Penso que é um pouco desajustado partidarizar esta situação e temos de fazer um esforço para ser o máximo consensuais quando estão em causa questões relevantes para o Poder Local no seu conjunto."

CA: "Terá de concordar que existe a ideia de que foi encontrada uma porta nobre para a sua saída da Câmara?"

FC: "Não se pode dizer que tenha sido uma oportunidade para a minha saída. É uma situação que, sob o ponto de vista pessoal, acabei por considerá-la como interessante enquanto mais um contributo para afirmar o Poder Local, agora num outro nível de responsabilidade. Em termos pessoais, honra-me o facto de poder ser, de alguma forma, o representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses e de toda a área do Alentejo e da Lezíria.

CA: "O que é que representa para si, em termos sentimentais, sair da Câmara ao fim de 31 anos e meio. Deixar este gabinete, estas pessoas..."

FC: "O tempo o dirá! Foi uma vida inteira, nestes espaços com estas pessoas. Isto não é o Presidente e os funcionários. Somos um grupo de companheiros, grande, que fazemos disto o nosso dia-a-dia. Certamente que se irá sentir uma mudança grande na vida de cada um de nós ..."

CA: "Sentia falta de mudar de vida?"

FC: "Em tudo na vida é assim. Um dia acontecem-nos estas coisas e, no que respeita à vida autárquica, eu acho que as coisas não podem durar mesmo muito mais tempo. A gente nunca sabe o que pode acontecer amanhã, porque não adivinhamos o futuro. E não podemos cercear o nosso dever cívico, de poder ser concorrentes ou não, em eleições autárquicas ou noutras quaisquer. É um direito que nos assiste e que podemos usar em qualquer momento. Mas isto nas autarquias é como em qualquer outra actividade ... Eu lembro-me daquele toureiro com quarenta e tal anos que andava diante das vacas e não havia nenhuma que não lhe desse uma marrada! Devia-se ter retirado dentro do tempo ...
Aqui na vida autárquica existem ciclos e este está a aproximar-se do fim.

CA: "Exclui a possibilidade de regressar?"

FC: "O dia de amanhã ninguém abe, mas não estou claramente orientado nesse sentido."

CA: "E ser candidato à Câmara em 2009?"

FC: " Também não perspectivo que tal possa acontecer."

CA: "Sabe que a CDU em Castro Verde vai querer que seja o candidato"

FC: "A CDU tem muita gente capaz de assumir uma candidatura. Só uma alteração política da própria CDU é que poderá ser mais perniciosa para a CDU local do que propriamente a minha saída."

CA: "É o PCP que está a impor esta saída para renovar a equipa?"

FC: "A questão de haver mudanças em Castro Verde no próximo mandato foi anunciada por mim próprio."

CA: "E que alternativas aponta?"

FC: "Há sempre meia dúzia de candidatos possíveis. Com a minha saída vai ficar constituída uma equipa na Câmara de malta "porreirinha", desculpem esta expressão, e gente capaz de fazer andar isto bem."


Comentário:

Isto resume-se assim:

FC vai para Évora, mas quando quiser volta, e se quiser, volta a candidatar-se, porque o jornalista assim o disse.

É bom que o PCP esteja quietinho, não tente tomar a CDU de assalto, porque senão a coisa azeda, e os independentes candidatam-se por outras vias.

Portanto, ficam cá os guardiães do templo, conhecidos pelos "Porreirinhos Squad", que eu alvitro sejam estes: M. F., Sr. N., P. E., M. R., N. P., A. C. (nomes de código dos "porreirinhos").

Portanto, o actual Presidente e o seu Vice, podem ir já fazendo as malinhas, que no próximo mandato...


A Despedida de Fernando Caeiros

Por uma ou duas vezes, participantes neste blog perguntaram se a saída de Fernando Caeiros, definitiva ou não, da Câmara de Castro Verde, ao fim de 31 anos de exercício do poder, desta forma tão apagada, não seria desprimorosa, para o próprio e para o cargo que desempenhou.
Eu, na minha modesta e insignificante opinião, o que tenho respondido é que, em termos oficiais, não costuma haver nenhuma cerimónia especial, mas que nada impedia os seus apoiantes de o fazerem, e como tal, essa decisão estaria nas suas mãos.
Apenas sugiro, faça-se ou não cerimónia, ou festa, ou lá o que for, é que o homenageado aproveite para se redimir e pedir públicas desculpas a todos os funcionários, colaboradores políticos, eleitos e não eleitos, pelo mal que lhes causou ao longo do seu longo mandato. E entre os ofendidos estão os traídos, os desconsiderados, os desapoiados, os acusados pelas calinadas que o eleito cometeu, os dispensados, os abusados, os preteridos, etc., etc.
É que já vai sendo tempo de deixar cair a máscara de bonomia que usou para construir a imagem que tem junto dos eleitores, e mostrar a imagem real de intolerante, autoritário, controlador, manipulador, irascível e macambúzio que quem trabalha e com ele trabalhou tão bem lhe conhecem.
Infelizmente deixou quem lhe suceda nessas qualidades, apesar de muito mais novo e de uma geração diferente.
Aproveite para fazer uma pausa nesta peça de teatro.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Soldado de Castro Verde Trasladado ao fim de 35 anos

As cerimónias fúnebres de três portugueses mortos há 35 anos em combate junto a Guidaje, no norte da Guiné-Bissau, estão marcadas para o próximo dia 26 na Capela dos Jerónimos, em Lisboa.

A transladação para Portugal dos restos dos três soldados vem culminar um esforço iniciado há dois anos pela Liga dos Combatentes com o apoio da União de Pára-quedistas Portugueses, e dando sequência ao desejo manifestado pelas famílias de recuperar os restos dos três militares.


Os restos dos três soldados pára-quedistas tinham sido sepultados, juntamente com os de outros sete militares caídos na batalha de Guidaje, em Maio de 1973, junto ao antigo quartel português naquela localidade.

Os três militares, soldados da Companhia pára-quedista 121, foram mortos no dia 23 de Maio de 1973 quando foram vítimas de uma emboscada montada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) junto a Guidaje.

O processo de recuperação dos restos dos militares portugueses caídos em Guidaje vai prosseguir, estando ainda em curso o processos de exames laboratoriais com vista à identificação definitiva dos restos de outros soldados sepultados em Guidage.

Os três militares caídos há 35 anos anos na Guiné-Bissau serão então alvo de uma derradeira homenagem militar sendo depois entregues às famílias para serem definitivamente sepultados nos cemitérios das localidades onde residiam, respectivamente em Castro Verde, Caxinas (Vila do Conde) e Cantanhede.


O Soldado Paraquedista António das Neves Vitoriano era natural de Castro Verde.

Maria Filomena Mónica Desanca Valter Lemos

Maria Filomena Mónica escreveu, na edição de hoje do Público, um artigo de opinião, intitulado "Os testes de Português podiam ser substituídos por uns papeluchos como os do Totobola" , acerca dos Exames Nacionais de Português do 12.º, em que, pura e simplesmente, arrasa a política do Ministério da Educação, nomeadamente em matéria de avaliação, apontando directamente o dedo a Maria de Lurdes Rodrigues e a Valter Lemos.

Devido à extensão do artigo, apenas transcrevo alguns excertos, mais políticos, aconselhando, vivamente, a leitura integral do texto, em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1334392&idCanal=58

"A responsabilidade pelo desastre – porque é de um desastre que se trata – deve ser atribuída a quem ocupa o poder, isto é, em primeiro lugar, a Maria de Lurdes Rodrigues, uma ministra cujo objectivo passou a consistir em baixar o insucesso escolar por via burocrática. Qualquer dia até o meu neto, de seis anos, é capaz de responder satisfatoriamente às provas do final da escolaridade. Uma vez que já sabe escrever o seu nome e que responde prontamente a quem lhe pergunta quanto são dois mais dois, penso que não vale a pena matriculá-lo na 1ª classe, deixando-o no recreio até aos 15 anos, altura em que se poderá apresentar a exame como aluno externo. Nem a família terá de se dar à maçada de o levar à escola nem o Estado será forçado a gastar dinheiro com a sua educação. Aliás, foi isso que, após ter realizado o exame de Português, nos disse Felipe Hasslocher: “Não estudei; a Português ou se sabe ou não vale a pena estudar” ("Diário de Notícias", 19-06-2008). De facto, é assim: ou se aprende em casa ou não vale a pena ir às aulas."

"Faltava-me ler, com atenção, as instruções que o Ministério enviou aos professores encarregues de corrigir os exames. Escolhi o caso do exame de Português do 12.º ano. O que vi – quadradinhos com “níveis de desempenho”, listas com os “cenários de resposta” e grelhas com a “correspondência correcta” – deixou-me estarrecida. É certo que as instruções foram transcritas pelos jornais, mas, desacompanhadas dos exames, o leitor não tinha oportunidade de se aperceber da monstruosidade do esquema."

"Demorei-me a analisar este texto porque, de entre todos – e como viram a escolha não é fácil – foi o que mais me escandalizou. Deste novo mundo, labiríntico, burocrático, totalitário, desapareceu a autonomia dos docentes, o dever de julgar e até o estímulo para separar os alunos marrões dos criativos. Se as perguntas de escolha múltipla já me tinham irritado, mais furiosa fiquei ao ver que o método era aplicado ao que antigamente se chamava uma redacção. Em grande medida, estas loucuras derivam da filosofia de avaliação expressa na obra de Valter Lemos, "O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da Aprendizagem" (1986)."

"Se isto choca nas chamadas Ciências Exactas, o facto é, nas Humanidades, uma anormalidade, uma vez que analisar um texto literário não é o mesmo que resolver um problema de Química. Nos anos 1960, a crítica literária teve de se defrontar com o marxismo e, depois, e em rápida sequência, com o estruturalismo, o post-modernismo e a semiótica, correntes demasiado exotéricas para que delas possa, ou queira, falar. A partir de então, a crítica literária foi tida como uma espécie de ciência. Tudo ficou de pernas para o ar, não me devendo eu espantar que a Língua Portuguesa tenha sido separada da História da Literatura nem que a análise do texto o seja dos respectivos autores. A coroar o disparate, o ministério optou por elaborar exames cujo objectivo é escamotear o facto de estarmos a formar uma geração incapaz de pensar, de falar e de escrever."
"À volta da elite burocrática sediada no Ministério da Educação, existe hoje um enxame de “especialistas” que determina o que é, ou não, “correcto”. Os exames que elaboram poderiam ser substituídos por uns papeluchos como os do Totobola, nos quais os alunos fariam ao acaso umas cruzinhas, sendo estas posteriormente contadas por uma máquina. O actual secretário de Estado da Educação e os seus anões não pertencem à tradição humanística que fez a glória da cultura ocidental, mas a uma corrente pedagógica que vê o aluno como um robot e o professor como uma máquina registadora. O Português não é a sua pátria."

No País do Faz-de-conta

Li hoje que o consumo de pão decresceu cerca de 20%, no último ano, e 50% nos três últimos anos.

Como é sabido, o pão é um alimento base do regime básico alimentar básico mediterrânico, e, como tal, esta informação constitui um sinal de que a vida está mesmo pelas horas da amargura.

Diga-se de passagem que esta informação não vai ao encontro da entrevista do Sr Sócrates, na passada 4.ª Feira, em que, no final da mesma, me questionei se aquele senhor eram mesmo o Primeiro Ministro deste país, tal era o cenário cor-de-rosa por ele pintado.

Dessa entrevista tirei suas conclusões:

1º Tudo de mal que os portugueses sentem na pele, é a bem do país; tudo o que ele acha que é positivo, acontece por seu mérito.

2.º O senhor não é arrogante, e considera a opinião dos portugueses que se manifestam nas ruas, mas ainda considera mais as suas próprias opiniões, pelo que ignora a dos outros.

Voltando ao pão.

Alguns jornais aventam, designadamente o DN, outra palavra não se aplica, a hipótese de tal redução no consumo se dever ao aumento do consumo de máquinas domésticas de fazer pão.

Esta faz lembrar aquela célebre estória, que não sei se é verdadeira, segundo a qual, quando o povo francês, nos idos do séc XVIII, se manifestava em Versalhes, Maria Antonieta terá perguntado a razão do descontentamento, ao que alguém lhe respondeu: O povo não tem pão para comer, Alteza.
A Rainha terá retorquido: se não tem pão, porque não como brioche?.

Por cá, aparentemente, alguns jornalistas entendem que deixou de se comprar pão para comprar as máquinas que o fabricam.

Enfim, parece que por cá vivemos num país de faz-de-conta.

Falta saber em qual deles: no do Primeiro Ministro ou no dos Jornalistas.

Castro Verde: Festas da Vila ´08, Começam Hoje

Hoje, e durante o fim-de-semana, a Vila de Castro Verde vai estar em festa.

Esta noite, vamos ter Expensive Soul e Pedro Abrunhosa e os Bandemónio.

Dois espectáculos a não perder.

Com Restaurantes, tasquinhas e bares, para além dos divertimentos de feira, o Largo da Feira, o local onde se realiza a tradicional e secular Feira de Castro, vais estar aberto a todos aqueles que queiram vir a Castro Verde divertir-se e partilhar alguns momentos de boa disposição.

A entrada é grátis.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A Esquerda Tem Que Ser Bem-disposta



Não pelo conteúdo, mas pela forma bem disposta com que aborda o tema, trancrevo aqui um texto retirado do blog http://toneldiogenes.blogspot.com/, porque também nos podemos divertir com coisas sérias.


A esquerda, pá!


Para assinalar o meu despousio vou transcrever (tenho usado mais acertadamente o verbo roubar), de Novembro de 2000, um texto de autor contemporâneo que, para não variar, não vou identificar para não facilitar que me processe.“Preocupados com o passado, o presente e o futuro da agricultura, reuniram-se num colóquio em Mértola Cláudio Torres (apoiante do Bloco de Esquerda e da CDU), Constantino Piçarra (apoiante só do Bloco de Esquerda) e um ex-ministro da Agricultura, considerado próximo só do PCP. O encontro foi anunciado há semanas em Castro Verde por Fernando Rosas, candidato bloquista à Presidência, mas na realidade foi organizado pelo Campo Arqueológico de Mértola, dirigido por Cláudio Torres, mandatário nacional de Rosas. Ou seja, o Bloco Agrícola de Mértola anda a realizar, empenhadamente, iniciativas no domínio da arqueologia de esquerda. Que escrevo eu? Há qualquer coisa que não soa bem aqui. Re-escrevamos: o Campo Arqueológico de Esquerda promoveu, no passado dia 4, e em conjunto com o Bloco de Mértola, um colóquio sobre Agricultura. Não, bolas, também não foi assim. Quem promoveu o encontro foi o Bloco Arqueológico de Mértola em conjunto com o Campo de Esquerda. Também não. Acho que me enganei outra vez… O colóquio foi uma iniciativa da Esquerda Arqueológica no Campo com a colaboração de Mértola em Bloco. Se calhar também não foi exactamente isso. Vamos então tentar de novo. Realizou-se recentemente um encontro promovido pelo Bloco do Campo Agrícola em conjunto com alguns elementos da Esquerda Arqueológica. Não, caramba, enganei-me outra vez. Até parece mentira! Vamos à última tentativa: a Agricultura Arqueológica da Esquerda conspirou recentemente com membros do Campo de Mértola. Bem, desisto. Fiquemos por aqui.No fundo, acho que toda a gente percebeu. Foi uma iniciativa gira, pá. Isso é que interessa. Foi assim uma coisa de esquerda, pá. Da esquerda caviar mais da esquerda tractorista. Da esquerda folclórica e da esquerda descontraída. Da esquerda de camisa aos quadrados à esquerda da boina guevarista. Da esquerda mais ou menos animada à esquerda mais ou menos coerente. No fundo, não interessa muito se foi o Bloco de Mértola, a Arqueologia Agrícola ou o Campo da Esquerda quem organizou a iniciativa. No fundo, o importante é a esquerda. A esquerda , pá."

Castro Verde : Câmara Pede Reabilitação da Ponte da Ribeira Maria Delgada


Ribeira "Maria Delgada", foto de José Branco in http://olhares.aeiou.pt/ribeira_de_maria_delgada/foto158563.html


Castro Verde : Câmara pede reabilitação urgente de ponte secular com anomalias e trânsito condicionado
03-jul-2008
A Câmara de Castro Verde pediu hoje à Estradas de Portugal a "reabilitação urgente" de uma ponte do concelho com "tráfego intenso de veículos pesados", na qual foram detectadas anomalias e o trânsito está condicionado.
Trata-se da ponte sobre a ribeira Maria Delgada e situada na Estrada Nacional 2, que liga Castro Verde ao concelho de Almodôvar e às minas de Neves Corvo.A ponte, "com mais de um século" e por onde, só para os serviços afectos ao complexo mineiro, "passam, em média, 775 viaturas por mês, com pesos de 38 a 42 toneladas", apresenta "estragos na protecção ao encontro direito e fissuras na abóbada da laje", que foram causados pelas intempéries que afectaram o concelho em Novembro de 2006."A EP está a preparar o concurso público para a concessão do projecto de reabilitação da ponte, mas a demora típica destes processos, que chegam a durar largos meses, não é compatível com a urgência da intervenção", disse hoje à agência Lusa o presidente do município de Castro Verde, Fernando Caeiros.No último dia como presidente da Câmara, já que hoje suspendeu o mandato para representar os municípios na direcção do órgão que gere os novos fundos comunitários no Alentejo e na Lezíria do Tejo, Fernando Caeiros lançou uma última reivindicação.Devido às anomalias detectadas na ponte, ao volume de tráfego da EN2 e aos "impactos negativos" do condicionamento do trânsito, "a EP deveria suspender as formalidades processuais do concurso público e avançar de imediato com a urgente reabilitação da ponte", disse o autarca.




In Diana FM

Fernando Caeiros Deixa Câmara de Castro Verde



Fernando Caeiros já não é presidente em Castro Verde


Trinta e um anos depois, Fernando Caeiros deixa esta quinta-feira, 3, a presidência da Câmara de Castro Verde para assumir funções de vogal executivo na comissão directiva do Programa Operacional Regional do Alentejo (PORA).A nomeação do autarca castrense foi esta quinta-feira publicada em “Diário da República”, tendo efeito imediato.Fernando Caeiros sucede no cargo ao presidente da Câmara de Rio Maior, Silvino Sequeira, e é rendido na presidência da autarquia de Castro Verde pelo vereador e vice-presidente Francisco Duarte, enquanto que Maria de Fátima Silva, quinta na lista em 2005, assume o cargo de vereadora.Na edição do "Correio Alentejo" desta sexta-feira, 4, pode ler uma grande entrevista a Fernando Caeiros, onde o autarca faz o balanço dos seus 31 anos de governação na autarquia de Castro Verde e fala sobre fala os grandes projectos previstos para o concelho.


In Correio Alentejo


Comentário


Não concordo com o título do Correio Alentejo porque não é presidente em outro lugar, e nada impede que o volte a ser em Castro Verde, assim o queira ele e os castrenses, latu sensu.


Para completar a notícia, falta dizer que o lugar não ficou vago, tendo sido substituído pelo seu Vice-Presidente, Francisco Duarte.
A Oeste, tal como a Leste, nada de novo.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Nós e os Outros



Desde há uns anos a esta parte adoptei um lema que me acompanha todos os dias: nunca esquecer, e relembrar diariamente, o mal e o bem que nos fazem.



"A Persistência da Memória", de Salvador Dali